Por Rinaldo Martorelli
O futebol ficou mais triste, e perdeu um pouco da alegria. Marcos Roberto Silveira Reis é o típico caipira do interior paulista – no bom sentido -, sorriso fácil e sempre disposto a dois dedos de prosa, sempre com um “causo” engraçado para contar.
Aquela história, ou estória, em que qualquer um contaria com o desinteresse do interlocutor, pelas suas palavras recebe detalhes que escapariam aos olhos do espectador mais atento. Nessa sua característica peculiar encontra-se também sua sabedoria ímpar.
Ao longo de todos os embates havidos em defesa da categoria pelo Sindicato, Marcos – ou São Marcos, como desejam os palmeirenses – sempre esteve ao lado, seja apenas para se inteirar do assunto, ou assumindo a própria defesa.
Marcos soube interpretar a figura do Sindicato como ele o é: um instrumento em defesa dos atletas, mas que para surtir efeito é necessária a participação dos mesmos. Cobrando a participação do Sindicato, o quê acabaria legitimando nossa atuação.
Com a saída do amigo Marcos das quatro linhas, e principalmente, debaixo das traves, o futebol perde uma das suas maiores figuras. Um indivíduo que a grandeza profissional e humana se confundem. Não apenas um atleta iluminado, mas um ser humano iluminado.
A tristeza nos consome por saber que não o veremos dentro de campo para defender não apenas o seu clube do coração, mas também a honestidade e fair play que devem nortear o esporte.
Entretanto, ficamos felizes por saber que teremos mais tempo para ouvir seus “causos”. Obrigado Marcos.
Um abraço do amigo Martorelli e dos seus amigos do SAPESP