Alguns dias antes do anúncio realizado por 75 jogadores na terça-feira, o Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo teve sinalização positiva da Rede Globo para o calendário do futebol brasileiro. Não para o próximo ano, mas sim para 2015.
De acordo com Luís Eduardo Pinella, diretor do Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo, a emissora estava disposta a ceder para mudar o calendário do futebol brasileiro. A informação já teria sido confirmada por Marcelo Campos Pinto, diretor executivo da Globo Esportes.
No possível novo formato que se estenderia aos principais estados do Brasil, todas as competições teriam início apenas no mês de fevereiro. Essa adequação permite 30 dias de férias aos jogadores e realização de pré-temporada mais adequada. No calendário de 2014, a CBF prevê quatro dias entre a volta de férias e o início dos estaduais.
Na reunião com Rinaldo Martorelli, presidente do Sindicato, a Rede Globo havia sinalizado que a programação de 2014 seria exatamente idêntica ao divulgado na última semana. A CBF definiu o calendário a portas fechadas, sem as presenças das lideranças sindicais. Também não há esperanças concretas de nenhuma das partes envolvidas sobre a chance de alterações a curto prazo. Nem mesmo entre os jogadores, sobretudo Alex e Paulo André, que criaram o Bom Senso F.C.
Nos próximos dias, o Sindicato dos Atletas Profissionais e a Federação Nacional dos Atletas Profissionais (Fenapaf) devem levar adiante a ideia de ir à Justiça do Trabalho para assegurar os 30 dias de férias ininterruptos a que os jogadores têm direito. A CBF havia feito proposta de 34 dias (24 entre dezembro e janeiro e outros dez durante a Copa do Mundo), mas a classe não aceitou.
Outra medida extrema considerada pela Fenapaf contra o calendário de 2014 é de realizar greve nas duas rodadas finais do Campeonato Brasileiro. "Mandei essa mensagem a todos os capitães colocando isso. Levamos a proposta do manifesto", explicou Alfredo Sampaio, vice-presidente, ao Terra. "Ou se muda isso imediatamente ou entramos em greve. Essa é a proposta do sindicato", afirmou.
O Terra entrou em contato com a Rede Globo para comentar o assunto, mas não teve retorno nas ligações. Já a CBF, por meio de sua assessoria de imprensa, informou desconhecer a informação de um calendário com menos jogos para 2015.
Colaborou: Felipe Held