Como se concluiu no estudo realizado que foi elaborado e executado pela entidade nacional conjuntamente com o Dr. Turíbio Leite e equipe, o nível de gravidade é extrema no que diz respeito ao risco de morte que os futebolistas se depararão quando nos jogos organizados nos horário das 13h, sobretudo no Nordeste e Centro Oeste brasileiro.
Se constatou que nem sempre os futebolistas, mesmo estando em suas melhores condições físicas, têm suas temperaturas centrais chegando, e às vezes ultrapassando, os 40º Célsius e que nem mesmo a hidratação, em determinados casos, deu ao jogador a condição de sair da situação de risco.
Como a Justiça Federal de SP indeferiu o pedido alegando ilegitimidade e como o outro ente que pode atuar é o Ministério Publico do Trabalho – responsável pela aplicação da lei, principalmente no que diz respeito à saúde dos trabalhadores. A Fenapaf remeteu para esse órgão a responsabilidade.
“Diante da negativa da Justiça Federal de São Paulo em proteger a saúde dos Atletas que trabalharão na Copa do Mundo do Brasil, em jogos agendados para as 13 horas, a FENAPAF apresentou, hoje, denúncias formais em 7 cidades sede (Natal, Fortaleza, Recife, Salvador, Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro) junto ao Ministério Público do Trabalho, de modo não só a registrar os riscos a que estão sujeitos os Jogadores, como também requereu as medidas protetivas da espécie. E, ainda, para que, caso haja algum infortúnio, que o LAUDO científico realizado sirva de base para as apurações das responsabilidades públicas e privadas. Nós não descansaremos enquanto alguma medida não for tomada e que o futebolista passe a ter importância definitiva no futebol. Essa discussão não vai parar por aqui, depois discutiremos na OIT”, salientou Rinaldo Martorelli, presidente da Federação.
Cabe agora ao MPt a incumbência de seguir no procedimento porque tem todas as informações e o laudo conclusivo para o desenvolvimento do trabalho a ser feito.
A Fenapaf espera que o MPt também não se acovarde como fez a Justiça Federal de SP porque sabe quão difícil é se envolver com questão de tamanha repercussão. A Fenapaf se sente com o sentimento de dever cumprido até aqui porque não esmoreceu nunca e procurou de todas as formas defender o ser humano que entrará em campo porque avalia ser esse o bem mais precioso do esporte.
A Fenapaf torce e espera que não haja nenhum acontecimento trágico com nenhum futebolista que possa tirar, ainda mais, o brilho do evento.