REDAÇÃO SAPESP
O efeito dominó já começa a fazer efeito nos quatro cantos do futebol brasileiro após a paralisação dos jogadores do Grêmio Barueri na última sexta-feira, que resultou no primeiro W.O de um clube no Campeonato Brasileiro por atraso de salários dos atletas. A medida foi articulada pelo Sindicato de Atletas de São Paulo amparada na Lei Pelé.
Em situação parecida, o elenco do Icasa-CE também recorreu ao sindicato local, o Safece, comandado pelo ex-atacante Marcos Gaúcho. Os jogadores do clube cearense entraram em campo nesta terça-feira com uma faixa de protesto enviada pela Fenapaf. "Viemos a campo em respeito ao torcedor. Mais que calendário, nós precisamos de salário em dia", dizia a mensagem.
Há três meses sem receber salários, o elenco conversa com o Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado do Ceará (Safece) e a chance de paralisação no jogo contra o Vasco da Gama se torna ainda maior após o alerta desta terça-feira.
A iniciativa se baseia no artigo 32, da Lei 9.615/98: "É lícito ao atleta profissional recusar competir por entidade de prática desportiva quando seus salários, no todo ou em parte, estiverem atrasados em dois ou mais meses". Essa, inclusive, foi a mesma justificativa usada pelos jogadores do Grêmio Barueri, para não entrar em campo em jogo da Série D, contra Operário-MT.
ADVERSÁRIO TAMBÉM PODE PARAR
A exemplo do que acontece no Icasa-CE, os salários dos atletas do Paraná Clube (adversário desta terça-feira) também estão atrasados. O elenco cogita a paralisação, já que em alguns casos os atletas não recebem há sete meses. Uma reunião com o SAPEPAR – Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado do Paraná pode ser realizada nesta quarta-feira para definir o tema.