O Pacto “Ninguém se Cala” foi idealizado pelo Ministério Público do Trabalho em parceria com o Ministério Público de São Paulo para incentivar a conscientização do enfrentamento da violência contra a mulher em bares, baladas, restaurantes, casas de espetáculos, eventos e similares.
Na última quarta-feira (27), sede da PRT2, em São Paulo, as entidades anfitriãs se reuniram para roda de conversas com diversas entidades de classe, entre elas o Sindicato de Atletas São Paulo.
Representado pelo presidente Rinaldo Martorelli, o sindicato paulista aderiu ao Pacto e agora planeja criar ações informativas para contribuir com essa prevenção.
“Mais que uma possibilidade, essa é uma obrigação de todos aqueles que lutam por uma sociedade pacífica em todas as escolhas sejam respeitadas. Nós, atletas profissionais, também conhecemos na pele a violência da discriminação, uma violência velada na conivência do torcedor que não se importa com a liberdade do trabalhador esportivo em defender seus interesses, se esse trabalhador estiver o alegrando quando consegue satisfazer sua paixão clubística. Estamos mais que na hora de trabalharmos por um mundo mais plural e nos reconhecermos, todos, como cidadãos com os mesmos direitos e obrigações”, opinou Martorelli.
ENTIDADES EM PESO
Além do Sindicato de Atletas SP, também estiveram presentes e aderiram ao pacto todas as Centrais Sindicais, Federação de Volleyball, Associação dos Secretários Municipais de Esporte e Lazer do Estado de São Paulo e a Associação B. Mulheres – LBTIs.
LEIS VIGENTES
A iniciativa tem como objetivo buscar efetividade das leis (Lei Federal nº 14.786/2023 e Leis Estaduais nº 17.621/2023 e nº 17.653/2023), que definem as novas obrigações para o setor de lazer e competições esportivas no combate à violência contra mulher e no acolhimento das vítimas, em interlocução com o mundo do trabalho, especialmente, entidades sindicais, CIPA e comitês internos de investigação de assédio.