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Direito de Arena

Direito de Arena da Série B: a CBF sendo CBF

O Futebol Brasileiro carrega uma maldição, salvo algumas exceções, de não ter dirigentes competentes (que entendem minimamente o terreno que pisam) e comprometidos em fazer o melhor para a modalidade.

A Confederação Brasileira de Futebol – CBF, agora sob a batuta de Ednaldo Rodrigues, dá mais uma clara demonstração dessa incapacidade, entre tantas outras.

O valor do Direito de Arena, conquistado a duras penas sob a liderança do Sindicato de Atletas SP, passa em algumas competições pelos cofres da entidade encarregada pelo futebol nacional, porque ela detém a delegação de poder dos clubes para administrá-lo.

Em nome deles (clubes), negocia os valores no mercado para depois repassar às agremiações, consequentemente para os sindicatos via Federação Nacional de Atletas Profissionais de Futebol – FENAPAF.

Essa operação se tornou um problema para os atletas, mas não para os clubes.

Os valores referentes ao Campeonato Brasileiro Série B/2024 foram repassados à FENAPAF somente no final do mês de janeiro de 2025. A partir de então são enviados os sindicatos, que realizam os pagamentos aos atletas.

Aí temos dois sérios problemas. Esses valores deveriam ter sido quitados antes do fim da competição, no final de novembro de 2024, e não no final de janeiro de 2025; e o total foi bem aquém do esperado em relação ao ano de 2023, cerca de 40% (quarenta porcento) menor.

Para piorar, Ednaldo Rodrigues havia se comprometido a quitar tais valores e deu como prazo final o dia 10 de dezembro de 2024. Ednaldo Rodrigues, que tem mostrado sua face de fiel descumpridor de obrigações, coisa que jamais se esperaria de uma figura que ocupa cargo de relevo no Futebol Brasileiro.

Com a insatisfação de toda a situação demonstrada pelos sindicatos através da FENAPAF, que argumentava que não entendia tanto desprezo aos direitos dos atletas, no dia 21 de fevereiro de 2025, a CBF enviou uma comunicação oficial assinada por seu diretor jurídico, André Matos, argumentando que a “receita amealhada com o direito de transmissão foi significativamente inferior à registrada no ciclo anterior, o que impactou diretamente nos valores a serem pagos a título de direito de arena.” (leia o comunicado da CBF).

Porém, com informações obtidas em off com alguns dirigentes, sabe-se que os clubes, mesmo nessa condição fundamentada de “receita significativamente inferior”, receberam em 2024 valores similares a 2023.

Questão que demonstra claramente que a CBF, assim como outras entidades dirigentes do futebol, tem a visão tão tacanha que não consegue enxergar que o futebol que ela representa não é feito somente de clubes, é feito também de atletas, que também estão sob seu guarda-chuva.

A CBF, através de sua diretoria comandada por Ednaldo Rodrigues, não tem a mínima ideia do segmento que comanda.

É de se lamentar que a instituição esteja em mãos tão despreparadas.

É por essas e outras que vimos o futebol brasileiro perdendo sua credibilidade a cada dia.

O Sindicato de Atletas SP enviou ofício à FENAPAF para que a mesma, responsável pelos recebimentos e repasses aos sindicatos, tome medidas cabíveis e traga mais esclarecimentos a respeito desse extremo descaso com os direitos dos atletas.

Quando houve a última troca de comando na entidade, a expectativa era que a administração do Futebol Brasileiro não poderia piorar.

Ledo engano.

É a CBF sendo CBF.

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