NOTÍCIAS

NULL

Caso Oscar: Justiça do trabalho desmente o Sâo Paulo FC

<div><strong><font face=’Verdana’ size=’2′>Da Reda&ccedil;&atilde;o do Sapesp</font></strong></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>No &uacute;nico caso julgado – Oscar dos Santos Emboaba – pela Justi&ccedil;a do Trabalho a decis&atilde;o demonstra que o S&atilde;o Paulo FC mentia no notici&aacute;rio quando dizia que ganhava os casos contra os atletas profissionais e revela que a estrat&eacute;gia que pretendia &quot;prender&quot; jogadores &eacute; ilegal.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>A Justi&ccedil;a do Trabalho restabeleceu o direito de liberdade contratual do atleta Oscar na discuss&atilde;o judicial que travava com o S&atilde;o Paulo FC quando definiu que as altera&ccedil;&otilde;es contratuais impostas pelo clube ocasionavam graves danos ao trabalhador e reconheceu como rescindido o contrato possibilitando que o atleta se transferisse livremente.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Oscar foi o &uacute;nico atleta que esperou pela decis&atilde;o final da justi&ccedil;a sendo que os casos dos jogadores Diogo e Lucas Piazon somente n&atilde;o tiveram o mesmo destino porque o clube ofereceu vultosas quantias para que esses atletas renovassem seus v&iacute;nculos. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>O clube contava tamb&eacute;m com a estrat&eacute;gia que confiava &agrave; lentid&atilde;o da justi&ccedil;a, quando negou as liminares requeridas nos dois casos, que estabeleciam em cada trabalhador a d&uacute;vida e ansiedade pr&oacute;pria desta carreira profissional quando n&atilde;o h&aacute; defini&ccedil;&atilde;o quanto ao fato de o atleta poder desenvolver sua atividade.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Mas, ao final se confirmou a possibilidade de livre escolha do atleta profissional de acordo com a defesa que o Sapesp vem fazendo h&aacute; muito em prol da categoria.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Leia abaixo a &iacute;ntegra da senten&ccedil;a:</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>——————————————————————————–</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>PODER JUDICI&Aacute;RIO </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>JUSTI&Ccedil;A DO TRABALHO </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2&ordf; REGI&Atilde;O&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Processo/Ano: 2770/2009&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Comarca: S&atilde;o Paulo – Capital&nbsp;Vara: 40&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Data de Inclus&atilde;o: 14/06/2010&nbsp;Hora de Inclus&atilde;o: 15:30:36&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>TERMO DE AUDI&Ecirc;NCIA</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Processo n&ordm; 02770-2009-040-02-00-1</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Aos onze dias (6&ordf; feira), do m&ecirc;s de junho, do ano de dois mil e dez, &agrave;s 17:12 horas na sala de audi&ecirc;ncia desta Vara, foram, por ordem da MM. Ju&iacute;za do Trabalho, EUMARA NOGUEIRA BORGES LYRA PIMENTA, apregoados os litigantes:</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>OSCAR DOS SANTOS EMBOABA J&Uacute;NIOR, reclamante</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>S&Atilde;O PAULO FUTEBOL CLUBE, reclamado.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Ausentes as partes.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Prejudicada a proposta final de concilia&ccedil;&atilde;o.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Submetido o processo a julgamento, foi proferida a seguinte:</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>S E N T E N &Ccedil; A</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>OSCAR DOS SANTOS EMBOABA J&Uacute;NIOR, qualificado na inicial, prop&otilde;e reclama&ccedil;&atilde;o trabalhista em face de S&Atilde;O PAULO FUTEBOL CLUBE, alegando que, em 2004, recebeu proposta para atuar como atleta amador do reclamado; que, a fim de garantir sua profissionaliza&ccedil;&atilde;o, o reclamado adotou medidas agressivas, tendo sido mantido na Espanha, no per&iacute;odo que antecedeu seu anivers&aacute;rio de 16 anos e firmando pacto laboral antes do embarque, quando ainda contava com 15 anos; que o contrato celebrado possu&iacute;a vig&ecirc;ncia pelo per&iacute;odo de 03 anos e a evolu&ccedil;&atilde;o salarial que indica; que a vig&ecirc;ncia contratual pelo prazo m&aacute;ximo de tr&ecirc;s anos observava exig&ecirc;ncias da FIFA e da CBF; que o reclamado, em 19.11.07, determinou que sua m&atilde;e efetuasse sua emancipa&ccedil;&atilde;o, visando burlar as normas administrativas que impediam a celebra&ccedil;&atilde;o de contrato com atleta menor de 18 anos, por prazo superior a tr&ecirc;s anos; que, efetuada a emancipa&ccedil;&atilde;o, o contrato inicialmente celebrado foi substitu&iacute;do por outro, com vig&ecirc;ncia at&eacute; 04.12.2012; que as altera&ccedil;&otilde;es contratuais representaram grave preju&iacute;zo, em afronta &agrave;s disposi&ccedil;&otilde;es do art. 468 da CLT, implicando em posterga&ccedil;&atilde;o do reajuste salarial convencionado, majora&ccedil;&atilde;o de cl&aacute;usula penal internacional e prorroga&ccedil;&atilde;o da vig&ecirc;ncia contratual; que devem ser consideradas nulas as altera&ccedil;&otilde;es contratuais levadas a efeito; que, em raz&atilde;o das altera&ccedil;&otilde;es prejudiciais, houve atraso na concess&atilde;o de reajustes pactuados, ocasionando a mora salarial parcial, nos moldes do art. 31, &ldquo;caput&rdquo;, da Lei 9.615/98, devendo ser declarada a rescis&atilde;o indireta de seu contrato de trabalho; que, ainda, o reclamado n&atilde;o providenciou a contrata&ccedil;&atilde;o de seguro acidente de trabalho, nos moldes do art. 45, do mesmo diploma legal, evidenciando a falta de preocupa&ccedil;&atilde;o e dilig&ecirc;ncia; que &eacute; credor das verbas rescis&oacute;rias que aponta; invoca a liberdade do exerc&iacute;cio de trabalho; requer a concess&atilde;o de tutela antecipada, assegurando a rescis&atilde;o indireta do contrato e a libera&ccedil;&atilde;o do v&iacute;nculo desportivo existente entre as partes. Pleiteia os t&iacute;tulos e valores elencados na inicial, al&eacute;m de honor&aacute;rios advocat&iacute;cios. D&aacute; &agrave; causa o valor de R$ 50.000,00. Juntou procura&ccedil;&atilde;o e documentos.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Concedida antecipa&ccedil;&atilde;o parcial de tutela, &agrave;s fls. 54. A decis&atilde;o mencionada teve seus efeitos suspensos, at&eacute; a realiza&ccedil;&atilde;o de audi&ecirc;ncia, por for&ccedil;a de liminar obtida pelo reclamado em virtude da impetra&ccedil;&atilde;o de Mandado de Seguran&ccedil;a (fls. 57/58).</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&Agrave;s fls. 60/191, juntada peti&ccedil;&atilde;o de requerimento de reconsidera&ccedil;&atilde;o formulado pelo reclamado junto ao Plant&atilde;o Judici&aacute;rio.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Manifesta&ccedil;&otilde;es do reclamante acompanhadas de documentos, &agrave;s fls. 241/357 e 375.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>O reclamado, em defesa, aduz, preliminarmente, que deve ser evitada a utiliza&ccedil;&atilde;o do Poder Judici&aacute;rio como instrumento de negocia&ccedil;&atilde;o de vantagens para terceiros; que o reclamante ingressou em sua base em 14.01.05, sendo considerado como grande revela&ccedil;&atilde;o do futebol nacional; que, em virtude do reconhecimento de seu talento, foi celebrado contrato de trabalho com o pagamento de luvas e sal&aacute;rio acima da m&eacute;dia nacional; que &eacute; not&oacute;rio no mercado de futebol o ass&eacute;dio de empres&aacute;rios e clubes de maior poderio econ&ocirc;mico, o que teria se concretizado no caso destes autos, eis que, ap&oacute;s cinco anos de pr&oacute;spera e respeitosa rela&ccedil;&atilde;o, o reclamante vinculou-se ao empres&aacute;rio que menciona e passou por radical transforma&ccedil;&atilde;o de comportamento, nos moldes que indica; que outros atletas de base, vinculados ao mesmo empres&aacute;rio, tamb&eacute;m ingressaram com reclama&ccedil;&otilde;es trabalhistas; que os fatos apontados indicariam que o reclamante estaria sendo usado por empres&aacute;rio em virtude da recusa do reclamado em negociar novo contrato com cess&atilde;o de 30% em caso de venda futura; invoca a prescri&ccedil;&atilde;o bienal; diz, ainda, que, nos meses que se seguiram &agrave; celebra&ccedil;&atilde;o do primeiro contrato de trabalho e ap&oacute;s r&aacute;pida negocia&ccedil;&atilde;o com a fam&iacute;lia do autor, as partes, em 05.12.2007, assinaram novo contrato; que o contrato vinha sendo cumprido normalmente, todavia, em dezembro/09, o reclamado foi procurado pelo empres&aacute;rio do autor postulando reajuste salarial e cl&aacute;usula para cess&atilde;o, a qual n&atilde;o foi aceita pela diretoria; que o reclamante n&atilde;o pretendia deixar o clube reclamado e sua pretens&atilde;o est&aacute; viciada pela vontade de terceiros; no m&eacute;rito, que, em virtude do ass&eacute;dio sofrido pelo reclamante e que vinha prejudicando sua concentra&ccedil;&atilde;o, reclamado e a fam&iacute;lia do atleta decidiram pela antecipa&ccedil;&atilde;o da viagem &agrave; Espanha, onde o reclamante participaria do campeonato que indica; que, ap&oacute;s o campeonato, o reclamante permaneceu naquele pa&iacute;s conhecendo importantes pontos tur&iacute;sticos, at&eacute; retornar ao Brasil, no dia de seu anivers&aacute;rio; que o pr&oacute;prio reclamante, &agrave; &eacute;poca, reconheceu que o per&iacute;odo de viagem foi agrad&aacute;vel e proveitoso; que a m&atilde;e do reclamante lavrou em cart&oacute;rio escritura de emancipa&ccedil;&atilde;o e n&atilde;o h&aacute; prova de que esta tenha sido exigida pelo reclamado; que a contrata&ccedil;&atilde;o observa a legisla&ccedil;&atilde;o p&aacute;tria, a qual permite que jovens a partir dos 16 anos de idade pactuem livremente contrato de trabalho, sem necessidade de assist&ecirc;ncia, n&atilde;o havendo que se falar em aplica&ccedil;&atilde;o do Regulamento da FIFA; que a emancipa&ccedil;&atilde;o formal apenas deu publicidade a uma situa&ccedil;&atilde;o que j&aacute; existia; que n&atilde;o houve a alega&ccedil;&atilde;o altera&ccedil;&atilde;o prejudicial, mas a assinatura de um novo contrato de trabalho, a partir de 05.12.07; que o primeiro contrato foi objeto de distrato; que o aumento do prazo de vig&ecirc;ncia n&atilde;o pode ser tido como prejudicial, eis que o esp&iacute;rito do Direito do Trabalho &eacute; a manuten&ccedil;&atilde;o do v&iacute;nculo empregat&iacute;cio; que a cl&aacute;usula penal foi livremente convencionada pelas partes; que o reclamante recebeu luvas pela assinatura do novo contrato, em montante bem superior ao preju&iacute;zo salarial alegado; que as alega&ccedil;&otilde;es do autor n&atilde;o observam a imediatidade; que a liberdade de exerc&iacute;cio de profiss&atilde;o n&atilde;o &eacute; absoluta, estando limitada &agrave;s normas legais aplic&aacute;veis &agrave; contrata&ccedil;&atilde;o; que s&atilde;o indevidas as verbas postuladas em inicial; que indevida a antecipa&ccedil;&atilde;o de tutela. Pediu a improced&ecirc;ncia. Juntou procura&ccedil;&atilde;o e documentos.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&Agrave;s fls. 421/444, o reclamante postula a ratifica&ccedil;&atilde;o da tutela anteriormente concedida ou, sucessivamente, a concess&atilde;o de liminar para a rescis&atilde;o do contrato de trabalho. Os requerimentos foram indeferidos &agrave;s fls. 532/533.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Manifesta&ccedil;&atilde;o do reclamante sobre a defesa e documentos, &agrave;s fls. 535/595.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Ouvidos os depoimentos pessoais das partes (fls. 596/598).</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Sem outras provas, encerrada a instru&ccedil;&atilde;o processual.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Raz&otilde;es finais pelo reclamante (fls. 599/613) e do reclamado (fls. 615/621).</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Propostas conciliat&oacute;rias rejeitadas. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&Eacute; o relat&oacute;rio.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>D E C I D O</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>DA JUNTADA DE DOCUMENTOS</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>O reclamado, &agrave;s fls. 596, manifestou sua insurg&ecirc;ncia quanto &agrave; juntada de documentos com a r&eacute;plica.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>O Ju&iacute;zo possui ampla liberdade na dire&ccedil;&atilde;o do processo (artigos 765, da CLT, e 130, do CPC), podendo autorizar a produ&ccedil;&atilde;o das provas que entenda necess&aacute;rias &agrave; forma&ccedil;&atilde;o de sua convic&ccedil;&atilde;o.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>No caso dos presentes autos, a juntada de documentos que visam esclarecer fato controverso, mesmo ap&oacute;s a apresenta&ccedil;&atilde;o de defesa, h&aacute; que ser deferida, em prest&iacute;gio ao princ&iacute;pio da busca da verdade real &ndash; que deve se sobrepor &agrave; meramente formal.Ressalte-se que ao reclamado foi dada oportunidade para manifesta&ccedil;&atilde;o sobre a prova produzida, n&atilde;o havendo que se falar em preju&iacute;zo ao contradit&oacute;rio.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Importante destacar, neste ponto, a li&ccedil;&atilde;o de Ant&ocirc;nio Cl&aacute;udio da Costa Machado, in C&oacute;digo de Processo Civil Interpretado, 4&ordf; Edi&ccedil;&atilde;o, p&aacute;ginas 529/530:</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&ldquo;Malgrado o estreito limite em que &eacute; posto o cabimento da produ&ccedil;&atilde;o da prova documental superveniente de acordo com a literalidade da prescri&ccedil;&atilde;o deste art. 397, tem-se entendido doutrin&aacute;ria e jurisprudencialmente que a regra n&atilde;o pode deixar de ser interpretada de forma extensiva e liberal, de sorte que permita &agrave;s partes a juntada, a qualquer tempo (em primeira ou segunda inst&acirc;ncia), de documentos novos ou n&atilde;o, para a prova tanto dos fatos articulados como daqueles que ocorrem depois dos articulados, sejam ou n&atilde;o para contrap&ocirc;-los a documentos j&aacute; produzidos. A flexibilidade interpretativa &eacute; de todo justific&aacute;vel para que n&atilde;o fiquem tolhidos o direito processual de provar e a pr&oacute;pria efetividade jurisdicional&rdquo;.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Destarte, os documentos juntados &agrave;s fls. 568/584, consignada a discord&acirc;ncia manifestada pelo reclamado, permanecer&atilde;o nos autos e seu valor probat&oacute;rio ser&aacute; apreciado no momento oportuno.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Saliente-se, neste ponto, que jurisprud&ecirc;ncia pode ser colacionada aos autos a qualquer momento, n&atilde;o havendo que se cogitar acerca da tempestividade da juntada dos documentos de fls. 585/595.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>DA PRESCRI&Ccedil;&Atilde;O </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>N&atilde;o existem, &ldquo;in casu&rdquo;, parcelas alcan&ccedil;adas pela prescri&ccedil;&atilde;o, com fundamento no artigo 7&ordm;, XXIX, da Constitui&ccedil;&atilde;o Federal.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Ressalte-se que o autor postula a declara&ccedil;&atilde;o da nulidade de altera&ccedil;&otilde;es contratuais levadas a efeito, a partir de 05.12.07, com a celebra&ccedil;&atilde;o de pacto laboral que permanece em vig&ecirc;ncia.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>A presente reclama&ccedil;&atilde;o trabalhista foi ajuizada em 16.12.09, ou seja, dentro do quinqu&ecirc;nio subsequente &agrave; efetiva&ccedil;&atilde;o das alegadas modifica&ccedil;&otilde;es. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Inaplic&aacute;vel, portanto, a prescri&ccedil;&atilde;o total invocada em defesa.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>DOS FATOS QUE ANTECEDERAM A PROPOSITURA DA A&Ccedil;&Atilde;O</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>O reclamado, em defesa, aduz, em s&iacute;ntese, que a presente a&ccedil;&atilde;o tem por intuito salvaguardar interesses de terceiros, sendo o reclamante utilizado na obten&ccedil;&atilde;o de vantagens financeiras.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Em depoimento, o reclamante asseverou que &ldquo;pelos diretores do reclamado foi prometido ao depoente que, quando passasse a atuar no time profissional, seria celebrado novo contrato de trabalho&rdquo;, &ldquo;come&ccedil;ou a atuar em alguns jogos e, ent&atilde;o, procurou seu empres&aacute;rio para conversar sobre a possibilidade de negocia&ccedil;&atilde;o&rdquo;, &ldquo;o empres&aacute;rio do depoente, at&eacute; ent&atilde;o, n&atilde;o tinha ci&ecirc;ncia dos termos de seu contrato e, quando teve, disse que havia &lsquo;coisas erradas&rsquo;&rdquo;, &ldquo;seu empres&aacute;rio passou a conversar com a diretoria do clube para discutir um novo contrato, mas n&atilde;o chegaram a bom termo&rdquo;, &ldquo;o depoente chegou a procurar a diretoria para conversar, mas n&atilde;o foi atendido&rdquo; e &ldquo;decidiu ent&atilde;o ingressar com a presente a&ccedil;&atilde;o&rdquo;.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Os fatos narrados demonstram, t&atilde;o-somente, que o atleta, antes de buscar esta Justi&ccedil;a Especializada, procurou solucionar o conflito diretamente com o reclamado &ndash; o que n&atilde;o foi poss&iacute;vel.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Ressalte-se, outrossim, que o autor demonstra, de forma convicta, sua contrariedade &agrave; manuten&ccedil;&atilde;o do pacto laboral.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>H&aacute; que se destacar, neste passo, que a interfer&ecirc;ncia de terceiros, embora possa ser sopesada na aprecia&ccedil;&atilde;o da rescis&atilde;o indireta pretendida pelo autor, n&atilde;o tem o cond&atilde;o de afastar do Poder Judici&aacute;rio a aprecia&ccedil;&atilde;o das les&otilde;es alegadas.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Deste modo, passa-se &agrave; aprecia&ccedil;&atilde;o dos demais pontos suscitados na lide.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>DO PRIMEIRO CONTRATO DE TRABALHO</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>O reclamante ingressou no clube reclamado em 14.01.05, quando contava com treze anos, sendo que, &agrave;s v&eacute;speras de completar dezesseis anos, teve in&iacute;cio a negocia&ccedil;&atilde;o para celebra&ccedil;&atilde;o de seu primeiro contrato como atleta profissional.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>O autor, de fato, permaneceu na Espanha, pelo per&iacute;odo que antecedeu em cerca de um m&ecirc;s seu anivers&aacute;rio de 16 anos.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Dos depoimentos prestados, depreende-se que o reclamado e a m&atilde;e do reclamante (sua representante legal &agrave; &eacute;poca) optaram pela antecipa&ccedil;&atilde;o da viagem, a fim de que o reclamante permanecesse distante de &ldquo;ass&eacute;dio desmedido, especialmente de empres&aacute;rios&rdquo; (v. depoimento pessoal do reclamado). </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Ressalte-se que n&atilde;o se vislumbra nenhuma irregularidade no procedimento adotado, de comum acordo, pelas partes, mormente se considerado que o autor confirmou que, naquele pa&iacute;s, enquanto aguardava o in&iacute;cio de Campeonato e a chegada do restante da equipe, realizou passeios e participou de treinamentos.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Todavia, a documenta&ccedil;&atilde;o carreada aos autos demonstra, de forma inequ&iacute;voca, a aus&ecirc;ncia de veracidade das afirma&ccedil;&otilde;es do preposto do reclamado, no sentido de que o contrato de trabalho, ora analisado, tenha sido assinado no dia 09.09.07 (ou seja, exatamente, no dia de anivers&aacute;rio do reclamante), quando do desembarque do atleta em S&atilde;o Paulo. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Com efeito, o documento de fls. 576/577 evidencia que o reclamante apenas deixou a Espanha, em 10.09.07, n&atilde;o podendo, portanto, assinar o contrato, em S&atilde;o Paulo, em data anterior.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>H&aacute; que se concluir, destarte, que o contrato, efetivamente, foi assinado antes que o autor completasse 16 anos, o que, a rigor, caracterizaria a inobserv&acirc;ncia do artigo 5&ordm;, da Lei 6.354/76, que estipula, expressamente, &ldquo;ao menor de 16 (dezesseis) anos &eacute; vedada a celebra&ccedil;&atilde;o do contrato, sendo permitido ao maior de 16 (dezesseis) anos e menor de 21 (vinte e um) anos, somente o pr&eacute;vio e expresso assentimento de seu representante legal&rdquo;.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Mencione-se que n&atilde;o se verifica nenhum preju&iacute;zo quanto &agrave; aplica&ccedil;&atilde;o da referida norma legal, no que tange ao menor de 16 anos, ap&oacute;s a vig&ecirc;ncia do C&oacute;digo Civil de 2002.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Entretanto, a assinatura antecipada n&atilde;o trouxe outras consequ&ecirc;ncias ao atleta, eis que o contrato profissional apenas teve vig&ecirc;ncia a partir do implemento da exig&ecirc;ncia legal.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>No mais, acrescente-se que o autor nada postula em virtude dos fatos noticiados e ora apreciados.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Assim, h&aacute; que ser tido como v&aacute;lido o primeiro contrato de trabalho celebrado entre as partes, com anu&ecirc;ncia da m&atilde;e do reclamante e sem a participa&ccedil;&atilde;o de intermedi&aacute;rio (agente ou advogado), com as seguintes estipula&ccedil;&otilde;es: a) vig&ecirc;ncia para o per&iacute;odo de 09.09.07 a 09.09.10; b) sal&aacute;rio de R$ 7.500,00, durante o primeiro ano, R$ 8.500,00, no segundo ano, e R$ 9.500,00, no terceiro ano; c) cl&aacute;usula penal internacional de US$ 40.000.000,00 (quarenta milh&otilde;es de d&oacute;lares americanos).</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Frise-se que, em virtude da assinatura deste contrato, o reclamante recebeu R$ 70.000,00 (setenta mil reais), a t&iacute;tulo de luvas.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>DO SEGUNDO CONTRATO DE TRABALHO</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>A documenta&ccedil;&atilde;o carreada aos autos demonstra que, em 05.12.07 – menos de tr&ecirc;s meses ap&oacute;s a assinatura do primeiro contrato de trabalho -, as partes levaram a efeito distrato, celebrando, imediatamente, novo pacto laboral.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Contudo, para a formaliza&ccedil;&atilde;o da nova aven&ccedil;a, foi providenciada a emancipa&ccedil;&atilde;o do reclamante, &agrave; &eacute;poca, ainda, com 16 anos.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>H&aacute; que se esclarecer, inicialmente, que, conforme demonstrado pelo reclamante, em que pese haver autoriza&ccedil;&atilde;o legal para a celebra&ccedil;&atilde;o de contrato de trabalho com vig&ecirc;ncia por cinco anos para o atleta menor de 18 anos, regras administrativas, firmadas pela FIFA e pela Confedera&ccedil;&atilde;o Brasileira de Futebol, impedem o registro do pacto estabelecido nestes termos.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Neste aspecto, destaque-se o depoimento pessoal do reclamado, asseverando que &ldquo;ap&oacute;s a assinatura do primeiro contrato, o reclamado, confirmando o potencial do reclamante, sugeriu a celebra&ccedil;&atilde;o de novo contrato, com prazo maior e recebimento de novas luvas&rdquo;, &ldquo;o reclamante j&aacute; possu&iacute;a condi&ccedil;&otilde;es de maioridade eis que contava com remunera&ccedil;&atilde;o e sustentava a fam&iacute;lia&rdquo;, &ldquo;eventualmente, de forma indireta, pode ter sido comentada na negocia&ccedil;&atilde;o do segundo contrato a necessidade de emancipa&ccedil;&atilde;o por exig&ecirc;ncia administrativa da CBF para registro de contrato superior a tr&ecirc;s anos, quando o jogador est&aacute; na faixa dos 16 aos 18 anos&rdquo;, &ldquo;o contrato poderia ser celebrado e n&atilde;o registrado, se n&atilde;o houvesse comprova&ccedil;&atilde;o da maioridade&rdquo;, &ldquo;a comprova&ccedil;&atilde;o de maioridade, de forma administrativa, poderia ser feita por outros meios que n&atilde;o apenas a emancipa&ccedil;&atilde;o&rdquo; e &ldquo;o habitual &eacute; a apresenta&ccedil;&atilde;o de documento de emancipa&ccedil;&atilde;o, eis que facilita o processo de registro&rdquo;.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>N&atilde;o se discute, na presente a&ccedil;&atilde;o, a licitude da emancipa&ccedil;&atilde;o realizada pela m&atilde;e do reclamante, todavia inevit&aacute;vel constatar que o ato teve sua finalidade desvirtuada, eis que n&atilde;o caracterizou mera formaliza&ccedil;&atilde;o de emancipa&ccedil;&atilde;o t&aacute;cita preexistente &ndash; como pretende fazer crer o reclamado &ndash; mas, t&atilde;o-somente, visou possibilitar o registro do contrato de trabalho no &oacute;rg&atilde;o competente (dever patronal insculpido no artigo 34, da Lei 9.615/98).</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Entretanto, novamente, o reclamante nada postula em virtude dos fatos que envolveram a negocia&ccedil;&atilde;o deste segundo contrato. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Deste modo, &eacute; certo que entre as partes, em 05.12.07, foi celebrado novo contrato de trabalho, com a participa&ccedil;&atilde;o da m&atilde;e do reclamante, inclusive como testemunha, e sem a interfer&ecirc;ncia de terceiros (advogado ou agente), restando estabelecidas as seguintes condi&ccedil;&otilde;es: a) vig&ecirc;ncia para o per&iacute;odo de 05.12.07 a 04.12.12; b) sal&aacute;rio de R$ 7.500,00, durante o primeiro ano, R$ 8.500,00, no segundo ano, R$ 9.500,00, no terceiro ano, R$ 12.000,00, no quarto ano, e R$ 16.000,00, no quinto ano; c) cl&aacute;usula penal internacional de E$ 40.000.000,00 (quarenta milh&otilde;es de euros).</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Em raz&atilde;o da assinatura deste contrato, o reclamante recebeu o montante de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), em tr&ecirc;s parcelas, respectivamente, em 10.01.08, 10.07.08 e 10.12.08.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>DAS ALTERA&Ccedil;&Otilde;ES CONTRATUAIS </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Da an&aacute;lise das condi&ccedil;&otilde;es contratuais supramencionadas, conclui-se, de forma inequ&iacute;voca, que as altera&ccedil;&otilde;es pactuadas resultaram em preju&iacute;zo ao atleta.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Primeiramente, h&aacute; que se considerar que as condi&ccedil;&otilde;es de trabalho devem ser apreciadas em paralelo, posto que o primeiro contrato estava em plena vig&ecirc;ncia, quando deu lugar &agrave; celebra&ccedil;&atilde;o de novo pacto, sem que houvesse sequer solu&ccedil;&atilde;o de continuidade na presta&ccedil;&atilde;o laboral. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>N&atilde;o se tratava, portanto, de contrato cumprido e extinto pelo t&eacute;rmino do prazo estipulado.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Ademais, a possibilidade de resili&ccedil;&atilde;o prevista no art. 21, da Lei 6.354/76, n&atilde;o pode interpretada como autoriza&ccedil;&atilde;o para distrato com a imediata recontrata&ccedil;&atilde;o, em inobserv&acirc;ncia a disposi&ccedil;&otilde;es legais.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Com efeito, reza o artigo 468, da CLT, que &ldquo;nos contratos individuais de trabalho s&oacute; &eacute; l&iacute;cita a altera&ccedil;&atilde;o das respectivas condi&ccedil;&otilde;es por m&uacute;tuo consentimento, e ainda assim desde que n&atilde;o resultem, direta ou indiretamente, preju&iacute;zos ao empregado, sob pena de nulidade da cl&aacute;usula infringente desta garantia&rdquo;.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>O segundo contrato trabalho celebrado, todavia, ocasionou n&iacute;tidos preju&iacute;zos ao reclamante, de forma direta e indireta, eis que elasteceu o prazo de vincula&ccedil;&atilde;o, postergou a majora&ccedil;&atilde;o salarial e aumentou a cl&aacute;usula penal internacional.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>O primeiro ponto a ser analisado &eacute; a dura&ccedil;&atilde;o do pacto laboral.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Com efeito, embora o aumento do prazo de vig&ecirc;ncia do contrato, em an&aacute;lise superficial, n&atilde;o se mostre prejudicial, n&atilde;o podem ser afastadas as peculiaridades que envolvem a carreira do atleta profissional de futebol.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>N&atilde;o &eacute; por outra raz&atilde;o que o pr&oacute;prio legislador, ao fixar as normas espec&iacute;ficas para a contrata&ccedil;&atilde;o de atleta profissional, contrariando as normas celetistas (que privilegiam a aus&ecirc;ncia de predetermina&ccedil;&atilde;o de prazo), estabeleceu, como regra, a fixa&ccedil;&atilde;o de prazo, com limites m&iacute;nimo e m&aacute;ximo de dura&ccedil;&atilde;o. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Veja-se que o artigo 30, da Lei 9.615/98, estabelece que &ldquo;o contrato de trabalho do atleta profissional ter&aacute; prazo determinado, com vig&ecirc;ncia nunca inferior a tr&ecirc;s meses nem superior a cinco anos&rdquo;.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Outrossim, o mesmo diploma legal, conquanto permita a celebra&ccedil;&atilde;o de contrato de trabalho por cinco anos com menor de 16 anos, em seu artigo 29, &sect; 3&ordm;, prev&ecirc; que &ldquo;a entidade de pr&aacute;tica desportiva formadora detentora do primeiro contrato de trabalho com o atleta por ela profissionalizado ter&aacute; o direito de prefer&ecirc;ncia para a primeira renova&ccedil;&atilde;o deste contrato, cujo prazo n&atilde;o poder&aacute; ser superior a dois anos&rdquo;.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Deste modo, h&aacute; que se concluir que o pr&oacute;prio legislador, ao tratar da mat&eacute;ria, teve o intuito de reduzir e n&atilde;o de prorrogar o prazo de vig&ecirc;ncia dos contratos celebrados com atletas.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>No que tange &agrave; posterga&ccedil;&atilde;o da majora&ccedil;&atilde;o salarial, o preju&iacute;zo exsurge de forma cristalina.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Ora, o reclamante teria, por for&ccedil;a do contrato inicial, seus sal&aacute;rios reajustados, em 09.09.08 e 09.09.09. Contudo, de acordo com a nova cl&aacute;usula, os primeiros aumentos salariais apenas ocorreram em 05.12.08 e 05.12.09. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Ressalte-se que as partes, quando celebraram o novo contrato de trabalho fixaram os mesmos valores salariais, sem nenhum &ldquo;plus&rdquo; ao reclamante. Ao contr&aacute;rio, os sal&aacute;rios deixaram que ser aumentados nas datas inicialmente garantidas.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>A alega&ccedil;&atilde;o do reclamado, no sentido de que n&atilde;o houve preju&iacute;zo, eis que o valor pago a t&iacute;tulo de luvas teria superado, em muito, as diferen&ccedil;as salariais geradas pelo atraso na concess&atilde;o do aumento salarial, n&atilde;o pode ser acolhida pelo Ju&iacute;zo. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>De se mencionar que o pagamento de luvas, previsto no art. 12 da Lei n&ordm; 6.354/76, decorre da assinatura do contrato de trabalho do atleta profissional de futebol, sendo a ele inerente e n&atilde;o se confundindo com os sal&aacute;rios ajustados.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Finalmente, h&aacute;, na segunda contrata&ccedil;&atilde;o, consider&aacute;vel aumento da cl&aacute;usula penal internacional, em virtude da altera&ccedil;&atilde;o da moeda adotada.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>A an&aacute;lise da quest&atilde;o deve levar em conta que, com base na jurisprud&ecirc;ncia sedimentada desta Justi&ccedil;a Especializada, a cl&aacute;usula penal, ora analisada, apenas &eacute; devida pelo atleta que rescinde antecipada e imotivadamente o contrato de trabalho, sendo certo que a entidade de pr&aacute;tica desportiva, em caso de desligamento antecipado sem justa causa, dever&aacute; arcar, apenas, com indeniza&ccedil;&atilde;o nos moldes do art. 479 da CLT (artigos 28, &sect; 2&ordm;, e 31, &sect; 3&ordm;, da Lei n&ordm; 9.615/98.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Portanto, por &oacute;bvio, tendo sido a cl&aacute;usula penal internacional alterada de US$ 40.000.000,00 (quarenta milh&otilde;es de d&oacute;lares) para E$ 40.000.000,00 (quarenta milh&otilde;es de euros), houve, tamb&eacute;m sob este prisma, les&atilde;o ao obreiro.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Deste modo, com base nos artigos 9&ordm; e 468 da CLT, declara-se a nulidade das altera&ccedil;&otilde;es levadas a efeito em 05.12.07, devendo prevalecer as condi&ccedil;&otilde;es estipuladas no primeiro contrato de trabalho, no que tange &agrave; dura&ccedil;&atilde;o do pacto, aos sal&aacute;rios estabelecidos e &agrave; cl&aacute;usula penal internacional.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>DA RESCIS&Atilde;O INDIRETA </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>O reclamante, em inicial, postula a declara&ccedil;&atilde;o da rescis&atilde;o indireta de seu contrato de trabalho, aduzindo que o reclamado n&atilde;o efetuou o pagamento integral dos sal&aacute;rios que lhe eram devidos e por n&atilde;o haver sido contratado seguro de vida.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Em defesa, o reclamado aduz que n&atilde;o houve preju&iacute;zo ao atleta e que a imputa&ccedil;&atilde;o &eacute; destitu&iacute;da de imediatidade. Assevera, ainda, que contratou seguro de vida.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Nos termos da fundamenta&ccedil;&atilde;o expendida, caracterizada a prejudicialidade, foram consideradas nulas as altera&ccedil;&otilde;es contratuais levadas a efeito, inclusive aquela que resultou na posterga&ccedil;&atilde;o da majora&ccedil;&atilde;o salarial.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Destarte, h&aacute; que se considerar que o reclamado pagou, incorretamente, os sal&aacute;rios devidos ao reclamante, nos meses de setembro a novembro/08 e de setembro a novembro/09, restando demonstrada a mora salarial parcial, por per&iacute;odo superior a tr&ecirc;s meses, nos moldes do art. 31, da Lei n&ordm; 9.615/98.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Saliente-se que o legislador foi espec&iacute;fico e rigoroso ao tipificar a mora salarial no contrato de trabalho do atleta profissional.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Cabe destacar o previsto no mencionado dispositivo legal: </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&ldquo;Art. 31. A entidade de pr&aacute;tica desportiva empregadora que estiver com pagamento de sal&aacute;rio de atleta profissional em atraso no todo ou em parte, por per&iacute;odo igual ou superior a tr&ecirc;s meses, ter&aacute; o contrato de trabalho daquele atleta rescindido, ficando o atleta livre para se transferir para qualquer outra agremia&ccedil;&atilde;o de mesma modalidade, nacional ou internacional, e exigir a multa rescis&oacute;ria e os haveres devidos.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&sect; 1&ordm;. S&atilde;o entendidos como sal&aacute;rio, para efeitos do previsto no caput, o abono de f&eacute;rias, o d&eacute;cimo terceiro sal&aacute;rio, as gratifica&ccedil;&otilde;es, os pr&ecirc;mios e demais verbas inclusas no contrato de trabalho&rdquo;.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Ademais, o documento de n&ordm; 37 do Volume apartado (certificado emitido em 27.01.10), revela que o reclamado apenas providenciou a contrata&ccedil;&atilde;o de seguro de vida para o per&iacute;odo de 01.11.09 a 31.08.10, n&atilde;o dando cumprimento integral &agrave; determina&ccedil;&atilde;o do art. 45 da legisla&ccedil;&atilde;o aplic&aacute;vel.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>A aus&ecirc;ncia de imediatidade invocada em defesa n&atilde;o pode ser acolhida pelo Ju&iacute;zo, mormente se considerado o reclamante, embora emancipado expressa ou tacitamente, contava com 16 anos, &agrave; &eacute;poca dos fatos. De se concluir que o autor, conforme descrito em seu depoimento pessoal, apenas teve ci&ecirc;ncia da inequ&iacute;voca da les&atilde;o a seus direitos em setembro ou outubro/09.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Ainda que assim n&atilde;o fosse, a les&atilde;o decorrente da n&atilde;o observ&acirc;ncia dos sal&aacute;rios pactuados renova-se a cada ano contratual.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Desta forma, declara-se a rescis&atilde;o indireta do contrato de trabalho do reclamante, a partir desta data, com base nos artigos 31, da Lei n&ordm; 9.615/98 e 483, al&iacute;nea &ldquo;d&rdquo;, da CLT, em virtude de mora salarial parcial e descumprimento de obriga&ccedil;&atilde;o contratual (manuten&ccedil;&atilde;o de seguro de vida).</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Procede, assim, o pedido de pagamento de diferen&ccedil;as salariais dos meses de setembro a novembro dos anos 2008 e 2009, com reflexos no FGTS.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Defere-se, ainda, o pedido de multa prevista no art. 479 da CLT, correspondente &agrave; metade do que o reclamante teria direito no per&iacute;odo compreendido entre a presente decis&atilde;o e o termo do contrato (09.09.10 &ndash; em raz&atilde;o da nulidade reconhecida).</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Indevida a multa prevista no art. 467 da CLT, eis que a rescis&atilde;o contratual apenas restou reconhecida com a presente decis&atilde;o.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Procede o pedido de baixa na CTPS do reclamante, que dever&aacute;, para tanto, junt&aacute;-la aos autos nos cinco dias subseq&uuml;entes &agrave; intima&ccedil;&atilde;o da presente decis&atilde;o, e o reclamado dever&aacute; proceder &agrave; baixa, com data de 11.06.10, nos cinco dias subsequentes, ficando determinado, em caso de descumprimento da obriga&ccedil;&atilde;o, o procedimento &acute;ex officio&acute; pela Secretaria da Vara.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>DA EXPEDI&Ccedil;&Atilde;O DE OF&Iacute;CIOS </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Expe&ccedil;am-se, de imediato, of&iacute;cios &agrave; Federa&ccedil;&atilde;o Paulista de Futebol e &agrave; Confedera&ccedil;&atilde;o Brasileira de Futebol, noticiando a rescis&atilde;o indireta do contrato de trabalho havido, a partir de 11.06.10, e a conseq&uuml;ente libera&ccedil;&atilde;o do v&iacute;nculo desportivo havido entre as partes.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>DA CORRE&Ccedil;&Atilde;O MONET&Aacute;RIA </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Nos moldes da jurisprud&ecirc;ncia majorit&aacute;ria cristalizada na S&uacute;mula 381 do C. TST, a corre&ccedil;&atilde;o monet&aacute;ria incidir&aacute; a partir da data em que o t&iacute;tulo se tornou exig&iacute;vel, considerando-se como &eacute;poca pr&oacute;pria para pagamento, quanto &agrave;s parcelas com vencimento mensal, o quinto dia &uacute;til do m&ecirc;s subseq&uuml;ente ao da presta&ccedil;&atilde;o de servi&ccedil;os, com base no art. 459 da CLT. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>DOS DESCONTOS PREVIDENCI&Aacute;RIOS E FISCAIS</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Ficam autorizados os descontos previdenci&aacute;rios e fiscais cab&iacute;veis, nos moldes da S&uacute;mula 368 do C. TST, mediante comprova&ccedil;&atilde;o nos autos, observadas as estipula&ccedil;&otilde;es da Consolida&ccedil;&atilde;o dos Provimentos da Corregedoria Geral da Justi&ccedil;a do Trabalho. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>DOS HONOR&Aacute;RIOS ADVOCAT&Iacute;CIOS </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Indevidos os honor&aacute;rios advocat&iacute;cios, vez que ausentes os requisitos da Lei 5.584/70, nos termos da S&uacute;mula 329 do C. TST.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>PELO EXPOSTO, julgo PROCEDENTE EM PARTE a a&ccedil;&atilde;o para, nos termos da fundamenta&ccedil;&atilde;o supra, declarar a rescis&atilde;o indireta do contrato de trabalho havido entre as partes, a partir de 11.06.10, e condenar o reclamado, S&Atilde;O PAULO FUTEBOL CLUBE, a pagar ao reclamante OSCAR DOS SANTOS EMBOABA J&Uacute;NIOR: diferen&ccedil;as salariais dos meses de setembro a novembro dos anos 2008 e 2009, com reflexos no FGTS; multa do art. 479 da CLT.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Dever&aacute; o reclamado efetuar a baixa na CTPS do reclamante, que dever&aacute;, para tanto, junt&aacute;-la aos autos nos cinco dias subseq&uuml;entes &agrave; intima&ccedil;&atilde;o da presente decis&atilde;o, e o reclamado dever&aacute; proceder &agrave; baixa, com data de 11.06.10, nos cinco dias subsequentes, ficando determinado, em caso de descumprimento da obriga&ccedil;&atilde;o, o procedimento &acute;ex officio&acute; pela Secretaria da Vara.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>O montante devido ser&aacute; apurado em regular liquida&ccedil;&atilde;o de senten&ccedil;a, observados os termos da fundamenta&ccedil;&atilde;o aduzida.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Juros e corre&ccedil;&atilde;o monet&aacute;ria na forma da lei. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Ficam autorizados os descontos previdenci&aacute;rios e fiscais cab&iacute;veis, mediante comprova&ccedil;&atilde;o nos autos, na forma da lei.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Expe&ccedil;am-se, de imediato, of&iacute;cios &agrave; Federa&ccedil;&atilde;o Paulista de Futebol e &agrave; Confedera&ccedil;&atilde;o Brasileira de Futebol.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Custas pelo reclamado, calculadas sobre o valor da condena&ccedil;&atilde;o, ora arbitrado em R$ 25.000,00, no importe de R$ 500,00.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Intimem-se.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Nada mais.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>EUMARA NOGUEIRA BORGES LYRA PIMENTA</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>JU&Iacute;ZA DO TRABALHO</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>http://trt.trtsp.jus.br/cgi-bin/db2www/sint/consulta_adv_concilia2.mac/resposta</font></div>

Compartilhar:

+ NOTÍCIAS

Institucional

WhatsApp Image 2025-06-16 at 20.06.42

Martorelli se reúne com novo presidente da CBF, Samir Xaud

Institucional

WhatsApp Image 2025-06-15 at 17.49.11

Sindicato de Atletas SP participa de reunião com presidente da FIFA, Gianni Infantino

Social

WhatsApp Image 2025-04-23 at 16.10.37 (1)

Sindicato de Atletas SP recebe visita de representantes do projeto social Meninas em Campo