<div><font face=’Verdana’ size=’2′>A escolha do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos de 2016 coroou o esforço de nossas autoridades governamentais e esportivas para trazer ao Brasil, na próxima década, uma série de megaeventos esportivos, que inclui os V Jogos Mundiais Militares, em julho de 2011, no Rio de Janeiro, que reunirá mais de 7 mil participantes entre atletas, técnicos e delegados de mais de 100 países; em 2013 a Copa das Confederações, organizada pela FIFA, reunindo seleções de futebol de todos os continentes; em 2014 a Copa do Mundo; e, finalmente, as Olimpíadas Rio 2016.<br /><br /></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>O rastro de desenvolvimento econômico, social, cultural e esportivo que estes eventos têm deixado é inegável, fazendo com que cidades e países travem uma disputa acirrada para atrai-los.<br /><br /></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Até 1984, a história era diferente. Os Jogos Olímpicos de Montreal (1976), bancados essencialmente pelo poder público, deixaram uma conta para o contribuinte canadense pagar – sob a forma de impostos – até 2000. Isto desanimou os californianos que não queriam os jogos em Los Angeles (1984). Foi aí que surgiu o empreendedor, advogado de formação, Peter Ueberroth, convencendo o prefeito da cidade de que era possível atrair a iniciativa privada para patrocinar este evento e o governo se encarregaria somente das obras de infraestrutura. Foi a primeira edição dos jogos olímpicos a dar lucro e tivemos neste momento o marco da aplicação do marketing no esporte.<br /><br /></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Em 1987, a Copa União (Campeonato Brasileiro de Futebol), realizada pelo Clube dos 13, foi o primeiro grande evento esportivo no País viabilizado – exclusivamente – com recursos da iniciativa privada após a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) declarar que não haveria campeonato por falta de verba para viagens e estadias, até então custeadas, principalmente, com recursos da loteria esportiva. Como vice-presidente do Flamengo na época, tive o privilégio de desenvolver o projeto de marketing e comercializá-lo com a ajuda de Celso Grellet – diretor de marketing do São Paulo. Em seguida, o Clube dos 13 nos profissionalizou, sendo, talvez, o primeiro caso de profissionalização de dirigentes voluntários no Brasil.<br /><br /></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Neste ponto é que devemos nos atentar para a necessidade de profissionalização das entidades esportivas, como fator crítico de sucesso, aproveitando estes megaeventos em sua plenitude para o desenvolvimento esportivo do País.<br /><br /></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Nosso modelo de gestão, que funcionou bem até os anos 1970, era formado por torcedores e sócios de um lado e dirigentes voluntários do outro. A partir dos anos 1980 houve uma profunda mudança com a entrada massiva da televisão, dos anunciantes-patrocinadores, dos investidores dos anos 1990 e dos agentes de jogadores de várias modalidades.<br /><br /></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Recentemente, demos uma demonstração no Flamengo ao aplicar um modelo de gestão moderno e que provou eficácia, com a ajuda de alunos de cursos de gestão e marketing esportivo, trabalhando em tempo integral no clube. De fevereiro a junho, colocamos os salários do time de basquete em dia, após assumirmos com quatro meses atrasados, captando a maioria dos recursos na iniciativa privada e em ações promocionais com torcedores do Flamengo. A equipe se sagrou campeã Sul-americana em março e bi-campeã Brasileira em junho.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Este novo mercado demandará por recursos humanos preparados para que possamos ter um desempenho tão bom fora das quadras, campos e piscinas, quanto dentro delas.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><span style=’FONT-SIZE: 12pt’><font face=’Verdana’ size=’2′>Por João Henrique Areias</font></span>