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"Clandestinos" dobram em sete anos

<div>O n&uacute;mero de jogadores brasileiros &quot;clandestinos&quot; no exterior dobrou em&nbsp;sete anos. Segundo levantamento do Departamento de Registro da CBF,&nbsp;797 atletas sem registro na entidade deixaram o pa&iacute;s em 2008. Em 2001,&nbsp;363 atletas nessa condi&ccedil;&atilde;o foram embora para se aventurar no exterior.</div><div><br />Apesar de atuarem de forma legal nos pa&iacute;ses onde est&atilde;o radicados, eles&nbsp;recebem o r&oacute;tulo de &quot;&quot;clandestinos&quot; pelo fato de as transfer&ecirc;ncias&nbsp;terem se concretizado, inicialmente, sem o conhecimento da CBF, que&nbsp;atua como uma esp&eacute;cie de cart&oacute;rio do futebol brasileiro.<br /><br /></div><div>A entidade s&oacute; consegue identificar os atletas no exterior porque seus&nbsp;clubes procuram registr&aacute;-los no Brasil depois de contrat&aacute;-los. A&nbsp;<br />maioria atuava na v&aacute;rzea e n&atilde;o tinha v&iacute;nculo com clubes no Brasil.</div><div><br />&quot;&Eacute; uma vida muito dif&iacute;cil. J&aacute; conheci alguns atletas que fizeram&nbsp;isso. &Eacute; sofrido, mas mostra uma for&ccedil;a de vontade muito grande&quot;, disse&nbsp;<br />o meia Lincoln, que atua desde 2001 no futebol europeu e jogou em 2008&nbsp;no Galatasaray, da Turquia.<br /><br /></div><div>A sa&iacute;da dos jogadores &quot;clandestinos&quot; do pa&iacute;s revela tamb&eacute;m que a&nbsp;exporta&ccedil;&atilde;o de &quot;p&eacute;s-de-obra&quot; brasileiros no mundo da bola &eacute; bem maior&nbsp;do que as estat&iacute;sticas oficiais mostram.<br /></div><div>No ano passado, a CBF registrou que 1.176 atletas deixaram o pa&iacute;s&nbsp;oficialmente.</div><div>&nbsp;</div><div>Contabilizados os &quot;clandestinos&quot;, o Brasil mandou para fora 1.973&nbsp;jogadores de futebol somente em 2008.<br /><br /></div><div>Na maioria das vezes, estes atletas s&atilde;o agenciados diretamente por&nbsp;empres&aacute;rios no pa&iacute;s e ganham sal&aacute;rios modestos para o padr&atilde;o da Europa.<br /><br />&quot;Muitos passam por dificuldades incr&iacute;veis. Sem a estrutura de um&nbsp;clube grande e sofrendo com o clima dif&iacute;cil da Europa, muitos voltam&nbsp;<br />logo. Posso dizer que 95% voltam r&aacute;pido, mas n&atilde;o se pode fazer nada.&nbsp;</div><div><br />Eles t&ecirc;m toda a liberdade de buscar o seu futuro&quot;, falou o meia&nbsp;mineiro, que foi &iacute;dolo no Schalke 04, da Alemanha.</div><div><br />O recorde de sa&iacute;da de &quot;clandestinos&quot; foi em 2007, quando a entidade&nbsp;que controla o futebol no pa&iacute;s registrou a transfer&ecirc;ncia de 847&nbsp;<br />jogadores.</div><div><br />A primeira vez que a CBF come&ccedil;ou a levantar os atletas &quot;clandestinos&quot;&nbsp;foi em 1998. Na ocasi&atilde;o, 253 jogadores foram descobertos nessa situa&ccedil;&atilde;o.<br /><br />Os pa&iacute;ses da Europa s&atilde;o os destinos preferidos dos brasileiros.&nbsp;<br /><br />Alemanha, Portugal e Su&iacute;&ccedil;a s&atilde;o os principais redutos.<br /><br /></div><div>A maioria dos jogadores &quot;clandestinos&quot; tamb&eacute;m deixa o pa&iacute;s para jogar&nbsp;em clubes de periferia no exterior.<br /><br /></div><div>No caso da Alemanha, quase todos foram atuar em times que disputam&nbsp;ligas regionais. At&eacute; o dia 14, 242 atletas, que n&atilde;o tinham registro no&nbsp;Brasil, j&aacute; haviam viajado para jogar em clubes do exterior.<br /><br /></div><div>&quot;Apesar dos problemas, alguns d&atilde;o muito certo. O Cacau, que foi&nbsp;convocado para a sele&ccedil;&atilde;o alem&atilde;, come&ccedil;ou praticamente nesse esquema&quot;,&nbsp;afirmou o meia. &quot;Ele era totalmente desconhecido no Brasil, foi jogar&nbsp;na sexta divis&atilde;o da Alemanha e agora &eacute; um dos destaques do futebol de&nbsp;l&aacute;. Por isso, a transfer&ecirc;ncia para o exterior encanta a quase todos.&quot;</div><div>&nbsp;</div><div>Por S&eacute;rgio Rangel<br />Folha de S. Paulo, 20/07/2009</div>

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