Pelé causou polêmica na terça-feira, durante um evento publicitário, ao classificar como "burrice" o fato de jogadores "se atrelarem" a empresários como se atrelavam antes a clubes, na época em que ainda existia o "passe" – extinto após uma lei criada justamente por ele, em 1998. Rinaldo Martorelli, presidente do Sindicato dos jogadores profissionais do Estado de São Paulo, tem opinião diferente: "Burrice é se atrelar a um agenciador ruim."
Para o sindicalista, não há nada de errado no fato de um jogador ter um agente ao seu lado, com contrato assinado inclusive. "Nós até preferimos que o atleta tenha um gestor de carreira", diz Martorelli. "Em geral, o jogador não tem uma boa formação cultural. Por isso, a figura de um gestor de carreira passa a ser muito importante." Casos recentes no futebol brasileiro mostram que a relação entre jogador e empresário pode ser maléfica, sim, como pregou Pelé, mas também benéfica para muitos outros, como cita Martorelli. "Isso depende do empresário. Ou melhor, do gestor da carreira do jogador."
Fonte: FutebolTotal.com