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POLÊMICA, VENDA DE JOGADORES É A MAIOR FONTE DE RECEITA

Vender jogadores faz parte da atividade do clube de futebol? A regra diz que sim, mas a polêmica é grande.
A norma do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) para clubes de futebol diz que a receita da venda deve ser registrada como "receita operacional", ou seja, faz parte da operação do clube.
De fato, 857 jogadores brasileiros foram negociados em 2004, segundo dados da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Neste ano, já foram 316. Um levantamento feito pela Casual Auditores mostra que 2004 a transferência de atletas gerou receita de R$ 192 milhões para os principais clubes do país.
"Se algum clube registrar a venda como não operacional, vou considerar certo", diz Carlos Aragaki, sócio da Casual, que em 2002 auditou os balanços do Corinthians e do São Caetano. Ele já discutiu a questão com o Ibracon, entidade que reúne os auditores de balanços e tem o poder emitir normas para profissão. "Houve uma boa recepção", afirma.
Até o relator da norma do CFC, Marcio Martins Villas, considera a questão discutível. "Em princípio, jogador é para jogar, e não para vender", diz.
O debate contábil chama a atenção para a dependência que os clubes têm da negociação de atletas. Segundo Amir Somoggi, professor de marketing esportivo da Universidade Paulista (Unip), os times precisam trabalhar em outras frentes para arrecadar mais. A ocupação dos estádios, em média de 20%, é baixíssima se comparada aos números da Europa. "Lá, a média está acima dos 50%", afirma. "O Manchester tem 100% de ocupação."
Violência, falta de organização e transmissão pela TV são fatores que espantam os torcedores, mas ele avalia que os clubes podem começar a mudar esse panorama investindo mais na infra-estrutura dos estádios.
"Não vamos chegar ao patamar dos europeus, mas há capacidade para dobrar o faturamento", afirma Somoggi.
Manter o jogador por mais tempo no país também ajudaria. "O craque vende camisas e leva pessoas ao estádio", diz. Dagoberto Fernando dos Santos, diretor executivo dos Santos, acha que é preciso mudar a legislação para manter o jogador por mais tempo no Brasil.
"Do jeito que está, o jogador acaba saindo com 19 ou 20 anos porque o clube não tem como segurá-lo". Atualmente, o contrato com o jogador não pode exceder cinco anos.

Fonte: Valor Econômico (20/07/2005)

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