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JOGADORES ARMAM OFENSIVA PARA COBRAR VERBA DA CBF

Sindicatos de jogadores profissionais de quatro Estados tentam na Justiça receber da CBF o dinheiro que a entidade tem em bancos e a receita de TV da seleção. Informam que já bloquearam duas contas-correntes e agora buscam ampliar esse número.
A ofensiva visa cobrar cerca de R$ 2,5 milhões pelo não-cumprimento de acordo sobre a cessão de direitos de arena -valor que os atletas recebem para que sua imagem possa ser transmitida durante torneios. O processo corre na 23ª Vara Cível do Rio.
A CBF, por meio de sua assessoria de imprensa, declarou que não tem dívidas com os jogadores. Mencionou também que nenhuma conta está bloqueada.
Jogadores alegam ter, por lei, direito a 5% do valor do contrato de transmissão dos campeonatos.
Os sindicatos de São Paulo, Rio, Minas Gerais e Rio Grande do Sul relatam que a CBF aceitou pagar valores dos direitos de arena referentes à Copa do Brasil no período compreendido entre 97 e 2000.
Informam, contudo, que os R$ 2,5 milhões que englobam o torneio e a extinta Copa dos Campeões em 2001 e 2002 não foram depositados. Para assegurar o valor, descrevem que conseguiram bloquear duas contas-correntes da confederação. Somadas, ambas continham R$ 700 mil.
"Como o valor do débito é de aproximadamente R$ 2,5 milhões, pedimos para que novas medidas fossem tomadas. É uma forma de armazenarmos esse montante que exigimos", explica o advogado Washington Rodrigues, que representa os sindicatos de RS, SP e RJ no processo.
Essa investida foi esquadrinhada em três frentes. Em primeiro lugar, representantes dos jogadores pediram ao Banco Central novos números de contas-correntes utilizadas pela CBF. A idéia é fazer a Justiça bloquear outras quatro, além das duas que alegam ter conseguido paralisar.
Além disso, os sindicatos querem impedir a confederação de utilizar o dinheiro que recebeu das TVs pelos direitos de transmissão da Copa do Brasil e da Copa dos Campeões.
Por último, solicitaram o bloqueio da verba arrecadada pela CBF com partidas da seleção brasileira principal. "Fizemos um acordo e a confederação pagou os valores referentes entre 1997 e 2000. Não sei por que eles pararam de cumprir o que haviam assinado. Assim, só nos resta buscar os bloqueios para lutarmos por esse dinheiro", relata Rodrigues.
O advogado conta ainda que o sindicato paulista tentou uma aproximação com a CBF para tentar resolver as pendências de 2001 e 2002, mas não houve concordância entre as partes.
O juiz titular da 23ª Vara Cível, Fernando Foch, começou a apreciar as novas solicitações referentes ao processo ontem. Não há previsão, todavia, para que deliberações sejam tomadas.
"Essa situação mostra que a CBF está preocupada só em fazer os jogos da seleção e pegar as suas cotas", disse Rinaldo Martorelli, presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo.

Por Guilherme Roseguini e Ricardo Perrone
Jornal Folha de S. Paulo (31/08/2005)

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