Brasil é destaque negativo no tratamento com seu povo.
O Brasil é o campeão da desigualdade social na América Latina. Estudo apresentado recentemente pelo Bird – Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento, mais conhecido como Banco Mundial, coloca o país como destaque negativo e envolto num cenário que indica perpetuação deste problema.
O que ninguém consegue entender é porque o país apresenta esta situação, já que o Brasil possui a 14ª economia de todo o mundo.
As graves questões apontadas pelo Bird também podem, sem muito esforço de imaginação análoga, servir para o futebol brasileiro. Vejamos:
Falta de instrumentos de interação entre ricos e pobres – se os pobres estão cada vez mais pobres, no futebol os clubes pequenos desdobram-se para sobreviver, sem receitas da televisão e apelo comercial para sua marca.
Saúde e educação – entre os 500 clubes do Brasil, onde há futebol profissional, quantos conseguem atender seus atletas nessas questões?
Princípio de igualdade – as oportunidades de desenvolvimento para os pequenos clubes não passa de um sonho.
Armadilha da desigualdade – o Bird explica que este fenômeno ocorre com a perpetuação das elites no poder, que criam mecanismos para preservar o status-quo vigente e tirar vantagens da situação. Você consegue enxergar alguma relação com o futebol?
O Bird aponta várias situações, que poderiam até resultar num livro, como a questão dos políticos que aumentam os próprios salários, inexistência de linhas de crédito para os mais pobres etc.
Tal como acontece em outros segmentos da sociedade brasileira, o futebol também é afetado pelas decisões (ou ausência delas) por parte do poder constituído. Vale lembrar que na política o povo tem a arma do voto e no futebol, por ser algo privado, a linha de comando é escolhida sem levar em conta a vontade popular.
Site Cidade do Futebol
Por Antônio Afif