E o famoso chip na bola não foi testado.
O gramado sintético foi avaliado pelo comitê técnico da Fifa no Mundial Sub-17 do Peru. Durante o torneio foram distribuídos pela entidade formulários para os atletas de todas as delegações opinarem sobre o gramado artificial.
Segundo a opinião dos jogadores e dos técnicos a inovação do novo piso não deve vingar. "Os garotos reclamaram muito sobre o piso que é muito duro e quase todos sentiram dores musculares após as partidas. A bola também ficou muito rápida e quicava demais, o que comprometeu o desempenho técnico deles", avaliou o técnico da seleção holandesa, Ruud Kaiser.
Os atletas da seleção brasileira também não aprovaram o novo tipo de gramado e concordaram com as reclamações do plantel holandês quanto às dificuldades de jogar, desgaste físico e as dores físicas ocasionadas pelo duro piso.
A intenção da Fifa segundo comunicado oficial é padronizar os campos de jogos em todos os lugares do mundo. A medida já será adotada no Mundial da Alemanha, em que todas as sedes terão o mesmo tipo de gramado e a grama escolhida foi à holandesa.
A entidade também esperava por fim às dificuldades de muitos países que não conseguem manter campos em bom estado, casos dos africanos, asiáticos e alguns europeus. Em regiões da Espanha, devido ao clima árido, há grama natural apenas nos estádios e nos centros de treinamentos dos principais clubes. Nas regiões mais frias do continente as dificuldades são as mesmas para se conservar a qualidade do piso.
Chip sem teste
Já em relação à segunda inovação que seria aplicada pela Fifa no torneio do Peru, não existe avaliação alguma, pois em nenhum caso o chip, inserido dentro da bola de jogo, foi testado. O dispositivo serviria para acusar em casos de dúvida se a bola teria entrado ou não no gol.
Site Cidade do Futebol
Por Wendel Caballero de Mello