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RECEITAS PARA O ESPORTE SAIR DA CRISE

Não se pode desvincular os problemas do futebol com as novas legislações esportivas. Nesse contexto, a primeira pergunta que vem à cabeça do torcedor e dos clubes é: como sair da crise financeira no atual cenário econômico do país e dos times?
No seminário "O impacto da nova Legislação na indústria do Esporte", sobraram críticas e faltaram propostas para mudar estruturalmente o futebol brasileiro. No entanto, sob o argumento de que o país precisa de "novas idéias" para causar uma reviravolta na organização do futebol, várias autoridades apontaram falhas no modelo instalado por aqui.
Mauro Holzmann, diretor de marketing do Clube dos 13, mostrou um caminho para progredir adotando-se um arquétipo ideal. "Na Holanda, o Ajax montou uma estrutura de preparar jogadores para o mercado europeu. Eles ganham o Campeonato Holandês, mas não conseguem ser competitivos nos torneios europeus. Essa foi a alternativa alcançada por eles para buscar receita", disse.
"O futebol europeu está quebrado. O italiano está falido. Talvez a única exceção seja o Barcelona, pois o povo catalão banca o time como bandeira política", adicionou. Holzmann ainda afirmou que, na sua concepção, apenas os quatro grandes de São Paulo e o Flamengo têm patrocinadores reais. Até o Cruzeiro, campeão brasileiro, estaria atravessando problemas com anunciantes.
Muitos dirigentes brasileiros apontam o fim do passe como grande responsável pela crise. Mas para o Presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo, Rinaldo Martorelli, a manutenção da lei é o primeiro passo na recuperação das equipes. "O passe é um mecanismo de dominação e irresponsabilidade. Com ele, o atleta tinha de se submeter à vontade dos clubes. Os defensores da volta do passe querem que o atleta não receba e permaneça no clube", afirmou.
Para exemplificar sua idéia, ele leu um trecho da proposta dos clubes para o Estatuto do Esporte. "O atleta é obrigado a notificar o clube após três meses de salários atrasados para se desvincular. Se o time pagar em 15 dias, garante o vínculo com o jogador. Isso é a institucionalização do calote", esbravejou.
O fim das multas contratuais em transferências como grande fonte de renda também foi apontado por ele como um passo à frente. Segundo Martorelli, a Liga Norte-americana de Beisebol extinguiu esse recurso em 1975 e, desde então, vem alcançando consecutivos lucros.
A autonomia dos clubes também entrou na discussão. "Precisamos de soluções caseiras. Não é possível que ocorra essa terceirização no futebol. As empresas vêm por caridade? Se elas chegam para ganhar, por que os clubes não podem ganhar? Por que essa receita tem de ir para terceiros?", lembrou, citando o caso da Portuguesa, que agora é administrada por uma empresa.

GAZETAESPORTIVA.Net

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