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EMPRESÁRIO ILEGAL AGENCIA MELHOR ATAQUE DA COPA SP

Destaques do mais letal ataque da Copa São Paulo de futebol de juniores, celeiro de novos talentos do esporte, três atletas do Goiás estão começando suas carreiras em uma situação nebulosa.

Os atacantes Welliton, 19, e Danilo Dias, 20, responsáveis por 12 dos 18 gols do time no torneio, e Leyrielton, 17, lateral-direito da equipe e da seleção brasileira vice-campeã mundial no Peru, em 2005, são empresariados por Igor de Queiroz, 24, que, além de ser filho do presidente do clube, é advogado do mesmo.

Segundo especialistas em direito esportivo ouvidos pela Folha, o fato de Queiroz ser funcionário do time torna seu trabalho como empresário de atletas irregular, pois fere o regulamento da Fifa.

Pelo artigo terceiro desta legislação, os agentes de jogadores não podem ter nenhuma função na Fifa, na confederação nacional, em clubes ou em instituições ligadas a um dos três órgãos. Segundo a regra, Queiroz não poderia sequer fazer prova na CBF para ser empresário. E procuradores sem licença não podem atuar.

"O advogado que exerce papel de agente não pode estar ligado a nenhuma entidade esportiva, como confederação ou clube. Pelo contrário, isso caracteriza irregularidade passível de advertência", explica Rogério José Pereira Derbly, advogado do Rio.

De acordo com ele, os clubes podem eleger agentes para seus atletas, mas "é antiético que eles sejam ligados à entidade esportiva para a qual trabalham".

Já o advogado gaúcho Marcílio Krieger cita os artigos 27 a 29 da Lei Pelé para afirmar que, caso os jogadores do Goiás sejam negociados por seu representante, a transferência destes poderá ser interpretada como nepotismo.

"Quem deve ganhar é o clube, e não o funcionário da equipe", afirma Krieger.

"Sou advogado do Goiás, filho do presidente e procurador dos jogadores. Não há problema nisso. É só eu não registrar meu nome na transferência dos atletas que está tudo bem", diz Queiroz.

"Não recebo nenhum tostão por ser procurador. É mais um meio de ajudar os atletas e evitar que empresários gananciosos tomem conta deles. Não ganharei nada em futuras transações, só o Goiás. E foram eles que me procuraram", completa Queiroz, que avalia o time em R$ 30 milhões.

Dos 20 jogadores do time goiano que disputam a Copa São Paulo, 12 têm empresários.

Por Kleber Tomaz
Folha de S. Paulo

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