A Fifa, através de seu órgão que discute e regulamenta as regras do futebol, declarou guerra à falta de esportividade em campo. Em uma reunião nesta segunda-feira em Lausanne, na Suíça, a International Board divulgou nova orientação para a arbitragem no combate à perda de tempo, jogadas perigosas, simulações e falta de ética esportiva em geral.
De acordo com a resolução da International Board, entidade que reúne quatro membros de federações britânicas mais quatro representantes da Fifa, as novas orientações entrarão em vigor a partir da próxima Copa do Mundo, que começa no dia 9 de junho.
Já na Copa do Mundo, a arbitragem, terá a orientação clara de punir com cartões vermelhos lances de cotoveladas, entradas perigosas e faltas graves. Por sua vez, deve-se usar o cartão amarelo para atletas que recorrerem aos puxões de camiseta.
Além disso, será solicitado que os árbitros advirtam qualquer jogador que provoque uma confrontação com um adversário ao interferir deliberadamente com a bola depois de o juiz ter interrompido o jogo.
Essas diretivas serão explicadas com mais detalhes no seminário realizado entre as seleções participantes da Copa do Mundo em Düsseldorf, Alemanha, de 5 a 7 de março.
"A Copa do Mundo é a plataforma perfeita para enviar esta mensagem a todo o mundo do futebol, já que pessoas de todo o mundo acompanharão os 64 jogos na Alemanha. Os astros da competição servirão de modelos para centenas de milhões de outros jogadores em todo o mundo. Então é muito importante que a Alemanha 2006 seja um exemplo positivo", afirmou Joseph Blatter, presidente da Fifa.
Na mesma reunião, os responsáveis pelas regras e leis do futebol também aprovaram novos testes da tecnologia para o gol, que tem o objetivo de detectar se a bola ultrapassa ou não a linha final.
Entretanto, ficou claro após a reunião que a assistência tecnológica será permitida somente para determinar se um gol foi marcado e desde que dê uma indicação imediata.
A International Board também deu sinal verde para a continuação do experimento da tecnologia baseada em um chip colocado na bola.
A entidade também aprovou um experimento apresentado pela associação de futebol da Itália usando um sistema de câmera digital e a proposta da Uefa de um sistema de comunicação entre árbitros.
Por outro lado, uma solicitação da associação de futebol da França para testes com um sistema de auxílio por vídeo para árbitros foi rejeitada porque o sistema proposto e sua abrangência ultrapassavam o limite estabelecido pela Board, que alega que isso provocaria atrasos nas decisões do árbitro.
UOL (06/03/2006)
