Antes da eleição, o presidente Lula atacou a CBF e seu comandante, Ricardo Teixeira. Mas, no meio de 2004, aceitou as tentativas de aproximação do dirigente da confederação.
Em menos de dois anos, o presidente petista já se encontrou com o cartola por cinco vezes. Houve até audiências privadas, como na segunda.
Na gestão de Fernando Henrique Cardoso, Teixeira só tinha acesso ao Planalto em eventos protocolares.
Na campanha, em entrevista à Folha, Lula afirmou que "as CPIs do Congresso apontaram uma série de problemas na CBF". E classificou Teixeira como o "cartola tradicional".
Até o meio de 2004, recusou investidas do dirigente, que nem conseguiu entregar o convite da festa de 100 anos da Fifa. Teixeira também não mostrava boa vontade com o presidente.
Mas, na negociação do jogo com o Haiti, melhorou o relacionamento entre os dois, já no primeiro encontro em junho.
Antes da partida, os dois posaram para fotos juntos, com a taça do Mundial. Mais tarde, Teixeira levou o troféu da Copa América para o presidente. Ainda se encontraram na edição da MP da Timemania e na última segunda.
Por José Alberto Bombig (Painel FC) e Rodrigo Mattos (Reportagem Local)
Folha de S. Paulo, 07/04/2006