<div><font face=’Verdana’ size=’2′>Os principais clubes brasileiros estão mais dependentes da TV e lucram menos com a venda de jogadores. E quase todos acumulam dívidas maiores do que seus patrimônios líquidos. <br /><br /></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Os dados que revelam o tamanho do buraco das maiores equipes do país estão em um estudo feito pela Casual Auditores e apresentado na Federação Paulista de Futebol. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Especializada em balanços de clubes, ela esmiuçou as contas das 21 agremiações com mais receitas no ano passado. Concluiu que a transferência de atletas deixou de ser a principal fonte de ganhos, perdendo para as cotas de TV. Em 2006, o dinheiro das transmissões representou 29% do que os clubes arrecadaram, um crescimento de três pontos percentuais em relação a 2005. Ao mesmo tempo, a arrecadação com a venda de jogadores caiu oito pontos de um ano para o outro: 23% contra 31%. <br /><br /></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>"Isso mostra a dificuldade dos dirigentes em gerar receitas", afirmou Amir Somoggi, analista da Casual. <br /><br /></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Mesmo com a redução no montante obtido com as negociações, desfazer-se de seus jogadores continua vital para as equipes evitarem rombos ainda maiores. Excluindo o Barueri (16ª maior arrecadação), todos os 21 pesquisados teriam apresentado déficit se não vendessem seus destaques. </font></div><div><br /><font face=’Verdana’ size=’2′>O São Paulo, dono da melhor arrecadação em 2006, com R$ 122,9 milhões, teve um superávit de R$ 3,2 milhões. Mas, caso não tivesse se desfeito de atletas, o clube do Morumbi teria fechado o ano com um prejuízo de R$ 19,3 milhões. </font></div><div><br /><font face=’Verdana’ size=’2′>Quem puxa a fila dos mais dependentes de venda é o Atlético-PR, com 47% de seus recursos provenientes disso. Esse percentual, entretanto, é bem menor do que o do campeão de vendas em 2005, o Santos, quando a saída de talentos representou 69% da receita – a principal transação foi a de Robinho com o Real Madrid. </font></div><div><br /><font face=’Verdana’ size=’2′>Já em 2006, foi justamente o Santos, entre os clubes paulistas, quem mais aumentou a sua dependência em relação à TV. Recebeu R$ 22 milhões, contra R$ 19 milhões em 2005.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> <br />Os corintianos, que dividem as melhores cotas com o Flamengo, ficaram em segundo lugar no ranking das receitas de TV, atrás do São Paulo. Faturaram R$ 22,35 milhões, contra R$ 27,78 milhões do rival. <br /><br /></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Outro dado alarmante do estudo da auditoria: a maioria dos clubes teve seu patrimônio liquido – resultado da subtração entre ativo e passivo- diminuído. Apenas 6 dos 21 clubes estudados (São Paulo, Atlético-PR, Cruzeiro, Atlético-MG, Botafogo e Paraná) apresentaram crescimento nesse índice. </font></div><div><br /><font face=’Verdana’ size=’2′>Mas até a situação do clube que menos comprometeu o seu patrimônio, o Atlético-PR, não é das mais confortáveis. Pelo estudo, os débitos do time correspondem a 49% de seus recursos. Na outra ponta, está o Vasco, com um grau de endividamento em 2006 de 14.620%. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Por Ricardo Perrone (Painel FC)<br />Folha de S. Paulo, 06/07/2007</font></div>