<div><font face=’Verdana’ size=’2′>Camarotes em lugares indevidos atrapalhando os torcedores e falta de segurança na chegada dos atletas foram alguns dos problemas no Morumbi ontem.<br /><br />Para aumentar sua renda e agradar a parceiros, a CBF ignorou no Morumbi diversas normas da Fifa para o funcionamento de estádios. Para piorar, ainda houve descoordenação entre as autoridades envolvidas na organização do jogo.</font></div><div><br /><font face=’Verdana’ size=’2′>O problema maior foi com os camarotes VIPs e locais corporativos, negociados com empresas. Eles ocuparam o anel inferior, atrapalhando torcedores, jornalistas e atletas.</font></div><div><br /><font face=’Verdana’ size=’2′>Todo o anel inferior foi dividido por setores ocupados por diferentes espaços VIPs, onde havia boates e outros centros de entretenimento. Cada um era patrocinado por uma série de empresas. Com isso, ficava impossível o trânsito por todo o piso térreo do estádio, a não ser para quem tivesse credencial com poderes ilimitados. <br /><br /></font><font face=’Verdana’ size=’2′>Pelo menos dois desses locais corporativos foram explorados pelas empresas do Grupo Águia, que pertence a Wagner Abrahão. Sua empresa é responsável por toda a operação de viagens da CBF.<br /><br />Na CPI do Futebol, no Senado, uma empresa de Abrahão, a SBTR, foi apontada como um ralo de dinheiro da confederação. Levou R$ 30 milhões em três anos sem apresentar comprovantes de despesas.<br /><br />Era um espaço VIP da Top Service, com patrocínio de 18 empresas, que estava no caminho entre as áreas em que jornalistas assistiram aos jogos e onde fariam entrevistas.<br /><br /></font></div><div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Com isso, funcionários informaram que os repórteres teriam que sair do estádio e entrar por outro portão para ir ao local aonde os times chegariam. Só após o jogo foi liberada a passagem para os jornalistas. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>A Fifa manda que jornalistas tenham acesso direto, por área exclusiva, à zona mista -que era insuficiente para atender a demanda de repórteres- e de entrevistas coletivas.</font></div><div><br /><font face=’Verdana’ size=’2′>Sobre o assunto, a assessoria da CBF informou desconhecer ordem para vetar o acesso dos jornalistas até a área de entrevistas pelos camarotes.<br /><br /></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>No camarote da Federação Paulista de Futebol também foi apontada outra irregularidade. No lugar de lugares marcados, tinham cadeiras plásticas.<br /> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Outro desrespeito aos padrões da Fifa ocorreu na chegada dos times e dos árbitros ao Morumbi: não eram separados.<br /><br /></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Os ônibus dos dois times foram isolados por um portão, após entrarem na grade que circunda o estádio. Mas, em porta lateral, passavam torcedores destinados à área VIP.<br /><br /></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Um funcionário da Federação Paulista de Futebol, que participa da organização, disse que não houve coordenação com a CBF para a instalação dos espaços VIPs. O responsável da FPF pelo jogo, identificado como Narsio, foi contatado pela Folha, mas declarou não ter tempo para falar.</font></div><div><br /><font face=’Verdana’ size=’2′>Executivo da Traffic, José Hawilla, que negocia alguns direitos de jogos da CBF, disse desconhecer como foram comercializados os espaços VIPs.<br /><br />Afirmou que só cuidava das placas. Ninguém da CBF foi encontrado para comentar os fatos até as 22h30.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Folha de S. Paulo, 22/11/2007</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Por Rodrigo Mattos (PainelFC) </font></div></div>