<div><font face=’Verdana’ size=’2′>O Tribunal Regional Federal da 3ª Região negou recurso de Nojan Bedroud e manteve a prisão preventiva dele e as dos demais réus estrangeiros do caso MSI-Corinthians: Boris Berezovski e Kia Joorabichian.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>As prisões foram decretadas em julho deste ano pelo juiz Fausto Martin de Sanctis, da 6ª Vara Federal de São Paulo. Eles são acusados pelos crimes de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, Berezovski seria o dono dos US$ 32 milhões investidos pela MSI no Sport Club Corinthians Paulista.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>O dinheiro teria origem criminosa. Os iranianos Kia e Nojan eram os administradores do fundo de investimento MSI. Berezovski é processado na Rússia por apropriação de dinheiro público e outros crimes. Com pedido de prisão em seu país, ele vive na Inglaterra, onde recebeu asilo político.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Berezovski, ex-professor de matemática, montou um império petroleiro e de comunicação, aproveitando-se da onda de privatizações que se seguiu à queda do regime comunista na Rússia. Tido como homem de confiança do ex-presidente russo, Boris Yeltsin, caiu em desgraça com a chegada ao poder de Vladimir Putin.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Berezovski, Kia e Bedroud não compareceram ao interrogatório marcado para novembro e respondem ao processo a revelia.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Também são réus, mas respondem em liberdade, o ex-presidente do clube, Alberto Dualib, os ex-diretores Nesi Curi, Renato Duprat Filho e Paulo Angioni, e o advogado Alexandre Verri.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>No recurso, a defesa de Nojan pediu liminar para que fosse declarada a inépcia da denúncia, a extinção do processo e a revogação do decreto de prisão preventiva. A liminar foi negada de pronto.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>No mérito, a desembargadora Cecília Mello, relatora, refutou os argumentos dos advogados e manteve as prisões decretadas. Ela foi acompanhada pelos demais desembargadores da 2ª Turma do TRF.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Segundo Cecília, a denúncia não é inepta, pois "há firme descrição fática". Quanto a Nojan, a denúncia revelou que ele assinou contratos de câmbio, registros de empréstimos estrangeiros e investimentos externos diretos. A desembargadora afirmou que sequer é possível conferir a residência atual do réu.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Para a desembargadora, os réus estrangeiros tentaram iludir as autoridades ao maquiar quem eram os reais investidores do Corinthians. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>"Todos os denunciados estrangeiros demonstram já de antemão não possuírem qualquer intenção de colaborarem para a aplicação da lei penal. Em liberdade, certamente tudo farão para inviabilizar a persecução criminal, além de continuarem na prática de tais atividades, circunstância esta que desde logo coloca em grave risco a ordem pública e a credibilidade da Justiça", afirmou.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>2007.03.00.088924-0</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Revista Consultor Jurídico, 17/12/2007</font></div>