<div><font size=’2′ face=’Verdana’>Ficou mais caro tornar-se dono de time de futebol em São Paulo. A partir desta semana, a FPF (Federação Paulista de Futebol) elevou para R$ 500 mil a taxa de filiação de novos clubes, um aumento de 150% em relação ao valor anterior.</font></div><div><br /><font size=’2′ face=’Verdana’>A explicação da FPF para a medida é impedir a atuação de grupos sem condições para bancar a estrutura de um time de futebol ou que não sejam clubes formadores de atletas.</font></div><div><br /><font size=’2′ face=’Verdana’>De fato, a federação majora seu registro em um momento em que há um boom de times no Estado, o que pode significar aumento em sua receita total.</font></div><div><br /><font size=’2′ face=’Verdana’>Nos últimos dez anos, período em que vigora a Lei Pelé, foram criados 23 clubes que estão disputando uma das quatro divisões do Paulista. Hoje, os novatos representam 21,9% dos times de SP em atividade em campeonatos profissionais.</font></div><div><br /><font size=’2′ face=’Verdana’>São times criados ou administrados por empresários, por companhias ou sócios, alguns apoiados pelas prefeituras.</font></div><div><br /><font size=’2′ face=’Verdana’>A maioria deles se distribui pela Segunda Divisão, primeiro acesso aos torneios profissionais. Nessa, 14 dos 45 times foram criados a partir da Lei Pelé.</font></div><div><br /><font size=’2′ face=’Verdana’>Só em 2007 foram cinco times registrados no Estado, que disputarão o campeonato a partir de 19 de abril. Com a taxa antiga, representaram R$ 1 milhão nos cofres da federação.</font></div><div><br /><font size=’2′ face=’Verdana’>Se o novo valor já estivesse em vigor, a FPF arrecadaria R$ 2,5 milhão. O acréscimo de R$ 1,5 milhão representaria 12,6% a mais na receita total da FPF em 2007, segundo seu balanço.</font></div><div><br /><font size=’2′ face=’Verdana’>A federação já vinha ganhando mais com filiações e registros. De 2006 a 2007, o valor saltou de R$ 2,6 milhões para R$ 3,1 milhões. </font></div><div><br /><font size=’2′ face=’Verdana’>Além da filiação, os clubes pagam renovações anuais, no valor de R$ 6 mil. </font></div><div><br /><font size=’2′ face=’Verdana’>Como há 105 filiados em torneios profissionais, a FPF já garante mais R$ 630 mil só com esse item. São mais 26 filiados não-incluídos em campeonatos adultos.</font></div><div><br /><font size=’2′ face=’Verdana’>Ainda há taxas por registro de jogadores, por vistoria de estádios e da Justiça Desportiva.</font></div><div><br /><font size=’2′ face=’Verdana’>Entre os representantes do novo boom, Júlio Mariz, da Traffic, que controla o Desportivo Brasil, aprova o aumento. Filiado, o clube ainda não disputa torneios profissionais.</font></div><div><br /><font size=’2′ face=’Verdana’>"A taxa maior não deixa que qualquer um monte um clubezinho. Quem entrar precisa ser sério, senão queima dinheiro."</font></div><div><br /><font size=’2′ face=’Verdana’>Entre os novatos, o único na Série A1 do Paulista é o Guaratinguetá. Há ainda um time na Série A2 e sete na A3.</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’> </font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>Por Ricardo Perrone (Painel FC) e Rodrigo Mattos (Reportagem Local)</font></div><div><font size=’2′ face=’Verdana’>Folha de S. Paulo, 05/04/2008</font></div>