<font face=’Arial’><p><font face=’Verdana’ size=’2′>Confirma-se o que foi anunciado há dois anos: as Olimpíadas Escolares, antigos e históricos JEBs, não serão realizados este ano. O impasse está na falta de verbas para a viagem das delegações. Até o ano passado, essa despesa era do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que agora quer dividir os gastos do evento com os governos estaduais. <br /><br />A proposta foi rejeitada solenemente. Não que falte dinheiro aos cofres dos estados. Mas político não se preocupa com projetos de esportes na escola. Ignora a atividade, que em países capitalistas ou não é usada como valorizado apoio para a educação e a formação intelectual dos jovens. <br /></font><font face=’Verdana’ size=’2′>…<br /></font><font face=’Verdana’ size=’2′><br />Dirigentes do COB e o presidente do Fórum de Secretários e Gestores do Esporte, Ricardo Gomide, até que tentaram acertar os ponteiros. Em vão. “Não vamos participar das Olimpíadas Escolares. Fechamos um bloco de não-participação com a adesão de 20 estados”, informou Gomide. <br />Seus colegas secretários e gestores de esportes estaduais alegam que o COB, além dos recursos que recebe das loterias federais — R$ 84 milhões, em 2007 (R$ 8,4 milhões para as Olimpíadas Escolares) —, tem outras fontes de renda, como a parceria da TV Globo e seis patrocinadores oficiais, que exploram a marca do evento anual. “Com tanto dinheiro”, os secretários avaliam que o COB pode assumir todos os gastos: passagem das delegações, hospedagem, alimentação e realização do evento. <br /></font><font face=’Verdana’ size=’2′>… <br /><br /></font><font face=’Verdana’ size=’2′>Esse é mais um capítulo — quem sabe derradeiro, nesse formato — de um evento que era da competência federal. E mostra como nos falta uma política para o setor. Prevista, aliás, na Constituição, que determina a destinação de recursos públicos prioritariamente para o desporto escolar. Também isso não temos. O que temos é uma política isolada, de discursos, com visão partidária de quem ocupa o Ministério do Esporte. Enquanto isso, o COB tenta salvar as Olimpíadas Escolares ao ampliar o prazo para a adesão dos estados. Mas com chances mínimas de sucesso. O aluno-atleta, alheio à discussão, fica com o prejuízo maior.</font></p><p> </p></font><font face=’Verdana’ size=’2′>Por J.Cruz<br />Correio Brasiliense, 22/05/2008</font>