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A Cláusula Penal Desportiva sob uma ótica democrática

<div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Por Rinaldo Jos&eacute; Martorelli</font><a title=” name=’_ftnref1′ href=’#_ftn1′><span style=’VERTICAL-ALIGN: baseline’><span><span><span style=’FONT-SIZE: 12pt; VERTICAL-ALIGN: baseline’><font face=’Verdana’ size=’1′>[1]</font></span></span></span></span></a></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><strong><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Resumo</font></span></strong></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Tema de relevo e grande controv&eacute;rsia a clausula penal desportiva vem suscitando cada vez mais necessidade de an&aacute;lises mais aprofundadas. A pol&ecirc;mica em torno de sua exist&ecirc;ncia legal, tanto o regulamento em vigor moment&acirc;neo quanto sua aplicabilidade, vem ganhando contorno acad&ecirc;mico e jurisdicional t&atilde;o significantes, mas, ao mesmo tempo t&atilde;o d&iacute;spares quanto fragmentado que se torna extremamente necess&aacute;ria uma reavalia&ccedil;&atilde;o e reexame. Este ensaio prop&otilde;e algumas reflex&otilde;es sob um prisma ainda n&atilde;o visto, por isto reputado de fundamental import&acirc;ncia que visa &agrave; busca de um equil&iacute;brio ainda n&atilde;o atingido, embora plenamente precisado, nessa esfera social. </font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>O mundo esportivo por ser fonte incipiente de estudo requer um tratamento mais racional e menos passional, que sabemos, muito dif&iacute;cil atingir. Por&eacute;m, esta &eacute; nossa inten&ccedil;&atilde;o.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><strong><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>1. Democracia</font></span></strong></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Tratar de democracia atualmente n&atilde;o &eacute; tarefa das mais f&aacute;ceis e quando a plataforma &eacute; a do esporte a trabalho fica ainda mais dificultado.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Defender o respeito aos direitos civis, &agrave;s liberdades e garantias individuais dos cidad&atilde;os &agrave;s vezes parece mero discurso desprovido da mais simples efic&aacute;cia frente ao capitalismo sempre e muito mais expansivo e agressivo.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Prudentemente sempre de bom alvitre adotar que a democracia baseia-se nos princ&iacute;pios em que o Estado se v&ecirc; obrigado a preservar todos direitos individuais, </font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>sejam eles de qualquer faixa social, das maiorias e minorias, dos negros aos brancos, passando por mulatos, cafusos ou &iacute;ndios, dos abastados e miser&aacute;veis, dos crist&atilde;os e ateus, enfim, democracia n&atilde;o contempla nenhum tipo de discrimina&ccedil;&atilde;o tem sempre seu vetor apontado para a dignidade humana em todas as suas formas. Na democracia, embora seja respeitada a vontade da maioria, somente se concretiza ao proteger escrupulosamente os direitos fundamentais dos indiv&iacute;duos, unitariamente considerados, e das minorias.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Como magistralmente proposto pelo professor Jos&eacute; Afonso da Silva</font><a title=” name=’_ftnref2′ href=’#_ftn2′><span><span><span style=’FONT-SIZE: 12pt’><font face=’Verdana’ size=’1′>[2]</font></span></span></span></a><font face=’Verdana’ size=’2′> &ldquo;Democracia &eacute; conceito hist&oacute;rico. N&atilde;o sendo por si s&oacute; um valor-fim, mas meio e instrumento de realiza&ccedil;&atilde;o de valores essenciais de conviv&ecirc;ncia humana, que se traduzem basicamente nos direitos fundamentais do homem…&rdquo;, corrente que me filio prontamente porque democracia tem esse contorno humano, e o fator humano significa, e expandindo a id&eacute;ia da &eacute;tica de Arist&oacute;teles &eacute; o &ldquo;fa&ccedil;a aos outros o mesmo que deseja seja feito a voc&ecirc;&rdquo;.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>&Eacute; esse o modelo que entendo necess&aacute;rio que seja absorvido rapidamente, ressalte-se j&aacute; intempestivamente, nas rela&ccedil;&otilde;es esportivas, seja a de trabalho, seja a disciplinar, ou qualquer outra rela&ccedil;&atilde;o que a mat&eacute;ria contemple, porque a falta de respeito &agrave; condi&ccedil;&atilde;o de outrem gera injusti&ccedil;a, a injusti&ccedil;a gera viol&ecirc;ncia, mais moral do que f&iacute;sica no caso analisado &ndash; mas uma extrema viol&ecirc;ncia, que gera problemas na administra&ccedil;&atilde;o no neg&oacute;cio esportivo. Considere que a falta de um &oacute;timo gerenciamento no setor agride de plano e frontalmente a democracia que se pretende alcan&ccedil;ar, aquela difundida desde a promulga&ccedil;&atilde;o da constitui&ccedil;&atilde;o a chamada &ldquo;Constitui&ccedil;&atilde;o Cidad&atilde;&rdquo; desde 1988.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Sobre o tema se continua a posi&ccedil;&atilde;o do Professor Jos&eacute; Afonso da Silva &ldquo;democracia &eacute; um processo de conviv&ecirc;ncia, primeiramente para denotar sua historicidade, depois para real&ccedil;ar que, al&eacute;m de ser uma rela&ccedil;&atilde;o de poder pol&iacute;tico, &eacute; tamb&eacute;m um modo de vida, em que o relacionamento interpessoal, h&aacute; de verificar-se o respeito e a toler&acirc;ncia entre os conviventes&rdquo;<font size=’1′> </font></font><a title=” name=’_ftnref3′ href=’#_ftn3′><span><span><span style=’FONT-SIZE: 12pt’><font face=’Verdana’ size=’1′>[3]</font></span></span></span></a><font face=’Verdana’ size=’2′> que assim resume e fundamenta todo o pensamento que defendemos em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s atitudes factuais e conceitos doutrin&aacute;rios que nos propomos a propagar. Democracia &eacute; conviv&ecirc;ncia com equil&iacute;brio, onde um respeita a condi&ccedil;&atilde;o de ser humano do outro n&atilde;o podendo ser considerado nenhum outro fator.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>A democracia n&atilde;o pode servir como pano de fundo para defesa de nossos interesses pessoais em detrimento, &agrave;s vezes at&eacute; nas mesmas rela&ccedil;&otilde;es, de interesses de terceiros, ela deve ter somente uma via que fundamente todos os respeitos, todos os interesses em p&eacute; de igualdade. A democracia n&atilde;o aceita fracionamentos, tampouco ocasi&otilde;es onde pode ou n&atilde;o pode ser considerada, ela &eacute; una e indivis&iacute;vel e tem que se prestar a defender sempre a dignidade da pessoa humana seja qual for a ocasi&atilde;o. Tem que ser mais observada e considerada, ainda, quando em uma rela&ccedil;&atilde;o existe uma parte de flagrante hipossufici&ecirc;ncia. Qualquer retalho proposto em com qualquer fundamento &eacute; quebrar o regime que nos parece mais justo e que pode nos levar ao equil&iacute;brio nas rela&ccedil;&otilde;es sociais, aquilo que todos desejam para si, que na pr&aacute;tica n&atilde;o pode ser ut&oacute;pico, mas, nosso dever.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><strong><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></strong></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><strong><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></strong></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’><font size=’2′>2. <strong>Trabalho e Esporte</strong></font></font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Um dos principais desafios a ser enfrentados pelos juristas de nosso tempo &eacute; conseguir uma posi&ccedil;&atilde;o que seja equilibrada das rela&ccedil;&otilde;es de trabalho inseridas no esporte.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Trata-se de duas mat&eacute;rias de grande relevo no cen&aacute;rio nacional que envolvem sentimentos, afli&ccedil;&otilde;es e ansiedades.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>O cidad&atilde;o necessita do trabalho para sua sobreviv&ecirc;ncia e do esporte para seu lazer, esse &eacute; o senso comum. Mas, como distinguir, ou refletir quando os dois temas est&atilde;o associados? Como valorarmos cada segmento e dar-lhe o peso merecido?</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Responder a essas quest&otilde;es torna-se tarefa das mais complicadas porque, geralmente, os cidad&atilde;os, quase em sua totalidade, t&ecirc;m apenas experi&ecirc;ncia em um dos segmentos, basicamente no esporte admitido e usufru&iacute;do como lazer, que &eacute; a &uacute;nica vertente jur&iacute;dico-constitucional admitida. E s&atilde;o pessoas que est&atilde;o inseridas nos mais diversos contextos, desde na administra&ccedil;&atilde;o das entidades de pr&aacute;tica &agrave; entidade de administra&ccedil;&atilde;o do esporte at&eacute; nos mais altos cargos do Poder Executivo, passando pelos Poderes Legislativo e Judici&aacute;rio.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>A falta de uma vis&atilde;o mais ampla e arejada, juntada com o ran&ccedil;o totalitarista da recente &eacute;poca da ditadura que atravessamos, a falta de uma vis&atilde;o verdadeiramente democr&aacute;tica de agentes de um Estado Social que foi a proposta escolhida em nosso ordenamento jur&iacute;dico maior e, em tese, nas rela&ccedil;&otilde;es humanas trabalhistas comuns, imp&otilde;em a urg&ecirc;ncia em tentarmos fazer um resgate de nossa cidadania atrav&eacute;s de um estudo refletido com sua conseq&uuml;ente diferencia&ccedil;&atilde;o entre os valores do trabalho e do esporte.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Tentemos.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Nossa constitui&ccedil;&atilde;o j&aacute; em seu primeiro artigo diz a que veio quando d&aacute; a extrema import&acirc;ncia ao trabalho elegendo-o, agrupado a seus valores sociais, como um dos fundamentos de nosso Estado Democr&aacute;tico de Direito</font><a title=” name=’_ftnref4′ href=’#_ftn4′><span><span><span style=’FONT-SIZE: 12pt’><font face=’Verdana’ size=’1′>[4]</font></span></span></span></a><font face=’Verdana’ size=’2′>&middot; E o coloca em p&eacute; de igualdade com a dignidade da pessoa humana e da cidadania outras duas caracter&iacute;sticas que podem atingir o individuo em sua face humana.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>E assim come&ccedil;a. </font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Como nosso pa&iacute;s ainda figura na lista daqueles sub-desenvolvidos, com alt&iacute;ssimos &iacute;ndices de pobreza nosso diploma maior reconhece que uma das poucas formas de manuten&ccedil;&atilde;o sadia, honesta e digna do individuo se faz atrav&eacute;s do trabalho, al&eacute;m de ser uma das identidades deste pa&iacute;s batalhador e por isso mesmo vencedor. Sabemos que historicamente e desde sua descoberta o pa&iacute;s vem sendo cedido irresponsavelmente pelos governantes e explorado por interesse de poucos, motivo pelo qual s&oacute; resta ao cidad&atilde;o brasileiro o destaque pelo exerc&iacute;cio de seu trabalho.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Vejamos que nossa constitui&ccedil;&atilde;o o acolhe de arranque, como principio fundamental que &eacute; o destinado ao cap&iacute;tulo 1&ordm;. E por princ&iacute;pio esclarece Celso Bandeira de Mello</font><a title=” name=’_ftnref5′ href=’#_ftn5′><span><span><span style=’FONT-SIZE: 12pt’><font face=’Verdana’ size=’1′>[5]</font></span></span></span></a><font face=’Verdana’ size=’2′> que por defini&ccedil;&atilde;o &ldquo;&eacute; mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposi&ccedil;&atilde;o fundamental que se irradia sobre diferentes normas compondo-lhes o esp&iacute;rito e servindo de crit&eacute;rio para sua exata compreens&atilde;o e intelig&ecirc;ncia, exatamente por definir a l&oacute;gica e a racionalidade do sistema normativo, no que lhe confere a t&ocirc;nica e lhe d&aacute; sentido harm&ocirc;nico&rdquo;. Assim, partindo dos princ&iacute;pios &eacute; que temos o norte para o entendimento de toda a norma. Do principio que surge a norma, assim sua elevada import&acirc;ncia. E quando se tem por principio a dignidade da pessoa humana, a cidadania, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa que toda a norma que contrariar esse trin&ocirc;mio de deve ser desconsiderada. </font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Evidente considerarmos que n&atilde;o h&aacute; cultura e educa&ccedil;&atilde;o suficiente para esse alcance ainda, mas n&atilde;o podemos nos resignar quando a viola&ccedil;&atilde;o se faz presente. O preocupante que essa falta de cultura e educa&ccedil;&atilde;o atinge &agrave;queles que por obriga&ccedil;&atilde;o teriam que proteger o povo, por&eacute;m, nos cabe o papel de debater e tentar mostrar a verdadeira raz&atilde;o de nossa exist&ecirc;ncia.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Continuando, segundo capitulo, artigo quinto destinado &agrave;s garantias e direitos individuais do cidad&atilde;o que garante o direito a inviolabilidade &aacute; vida, &agrave; liberdade, &agrave; igualdade e &agrave; seguran&ccedil;a um dos termos para essa sustentabilidade tem pleno apoio no livre exerc&iacute;cio do trabalho, of&iacute;cio ou profiss&atilde;o</font><a title=” name=’_ftnref6′ href=’#_ftn6′><span><span><span style=’FONT-SIZE: 12pt’><font face=’Verdana’ size=’2′><font size=’1′>[6</font>]</font></span></span></span></a><font face=’Verdana’ size=’2′>.&nbsp;Ent&atilde;o o trabalho, como j&aacute; sabido, &eacute; garantia e direito individual n&atilde;o podendo ser atacado sob nenhum pretexto. &Eacute; forma de dar liberdade e seguran&ccedil;a ao brasileiro, de lhe tornar &uacute;nico e respeitado.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Em seguida apresenta um artigo, o de numero seis</font><a title=” name=’_ftnref7′ href=’#_ftn7′><span><span><span style=’FONT-SIZE: 12pt’><font face=’Verdana’ size=’1′>[7]</font></span></span></span></a><font face=’Verdana’ size=’2′>, elevando e oficializando o trabalho como um dos direitos sociais que sustentam a na&ccedil;&atilde;o.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>E porque um direito social? Foi a maneira encontrada e por fim positivada para dizer aos governantes e legisladores que n&atilde;o se pode arranhar com atos pol&iacute;ticos ou a&ccedil;&otilde;es governamentais a regra de prote&ccedil;&atilde;o que o trabalho sempre deve ter, uma caracter&iacute;stica que passa a lhe acompanhar desde a constitui&ccedil;&atilde;o cidad&atilde; e como nos faz crer para toda a eternidade, pois, a tend&ecirc;ncia &eacute; que melhoremos nossas rela&ccedil;&otilde;es dentro de aspectos democr&aacute;ticos, sem retrocesso.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Depois no artigo s&eacute;timo, com seus trinta e quatro incisos, pelo qual se ocuparam em destin&aacute;-lo por inteiro ao trabalho, ou &agrave; atividade laboral, e organizar suas conseq&uuml;&ecirc;ncias pr&aacute;ticas impondo &agrave; legisla&ccedil;&atilde;o ordin&aacute;ria toda uma renova&ccedil;&atilde;o de vis&atilde;o obrigando-a se adaptar &agrave; vanguarda democr&aacute;tica.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Adiante, os artigos oitavo</font><a title=” name=’_ftnref8′ href=’#_ftn8′><span><span><span style=’FONT-SIZE: 12pt’><font face=’Verdana’ size=’1′>[8]</font></span></span></span></a><font face=’Verdana’ size=’2′>, nono, d&eacute;cimo e d&eacute;cimo primeiro disp&otilde;em da organiza&ccedil;&atilde;o sindical e direito de greve, temas pr&oacute;prios do direito do trabalho.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>No restante da Constitui&ccedil;&atilde;o Federal temos v&aacute;rios outros pontos de destaque e relevo ao trabalho como atividade de sustent&aacute;culo do individuo. Desde o artigo cento e quatorze que cria e d&aacute; compet&ecirc;ncia &agrave; Justi&ccedil;a do Trabalho</font><a title=” name=’_ftnref9′ href=’#_ftn9′><span><span><span style=’FONT-SIZE: 12pt’><font face=’Verdana’ size=’1′>[9]</font></span></span></span></a><font face=’Verdana’ size=’2′> para resolver todos os lit&iacute;gios das rela&ccedil;&otilde;es de emprego, passando pelo artigo cento e noventa e tr&ecirc;s</font><a title=” name=’_ftnref10′ href=’#_ftn10′><span><span><span style=’FONT-SIZE: 12pt’><font face=’Verdana’ size=’1′>[10]</font></span></span></span></a><font face=’Verdana’ size=’2′> que reza que a justi&ccedil;a social em nosso pa&iacute;s tem de ser embasada por primazia no trabalho &ndash; outra grande mensagem que prop&otilde;e a maneira de subsist&ecirc;ncia de nosso povo, at&eacute; artigo duzentos que regulamenta a previd&ecirc;ncia p&uacute;blica e disciplina o meio ambiente do trabalho</font><a title=” name=’_ftnref11′ href=’#_ftn11′><span><span><span style=’FONT-SIZE: 12pt’><font face=’Verdana’ size=’1′>[11]</font></span></span></span></a><font face=’Verdana’ size=’2′>. Fora outras quest&otilde;es como reintegra&ccedil;&atilde;o ao mercado de trabalho no cap&iacute;tulo destinado &agrave; assist&ecirc;ncia social e salienta, quando trata da educa&ccedil;&atilde;o, que ela deve ser promovida no sentido de preparar o cidad&atilde;o para a vida profissional</font><a title=” name=’_ftnref12′ href=’#_ftn12′><span><span><span style=’FONT-SIZE: 12pt’><font face=’Verdana’ size=’1′>[12]</font></span></span></span></a><font face=’Verdana’ size=’2′>, al&eacute;m de prever um piso m&iacute;nimo nacional para os profissionais da educa&ccedil;&atilde;o escolar p&uacute;blica.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>E deixamos propositadamente este artigo para o final, o de numero cento e setenta, que trata sobre princ&iacute;pios gerais da ordem econ&ocirc;mica</font><a title=” name=’_ftnref13′ href=’#_ftn13′><span><span><span style=’FONT-SIZE: 12pt’><font face=’Verdana’ size=’1′>[13]</font></span></span></span></a><font face=’Verdana’ size=’2′> – sobre princ&iacute;pios j&aacute; nos manifestamos. Ele imp&otilde;e comando, dentro do contexto financeiro, aspecto esse que tanto nos aflige, de que n&atilde;o se pode privilegiar nenhum aspecto, nenhuma situa&ccedil;&atilde;o sem que se considere a valoriza&ccedil;&atilde;o do trabalho, da dignidade da pessoa e da justi&ccedil;a social. N&atilde;o haveria mensagem mais clara.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Assim e na harmoniza&ccedil;&atilde;o dos princ&iacute;pios e normas constitucionais podemos definir que o trabalho &eacute; atividade locomotora de subsist&ecirc;ncia do cidad&atilde;o, fonte de liberdade e unicidade do individuo. Que n&atilde;o permite nenhum subterf&uacute;gio ou pretexto que possa criar travas &agrave; livre elei&ccedil;&atilde;o de op&ccedil;&atilde;o de emprego ou rela&ccedil;&atilde;o de trabalho &ndash; aqui e seguindo enfoque da Emenda Constitucional 45</font><a title=” name=’_ftnref14′ href=’#_ftn14′><span><span><span style=’FONT-SIZE: 12pt’><font face=’Verdana’ size=’1′>[14]</font></span></span></span></a><font face=’Verdana’ size=’2′>, do cidad&atilde;o brasileiro. </font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Liberdade de trabalho significa que ningu&eacute;m &eacute; obrigado contratar aquele que n&atilde;o deseja (o empregador) como tamb&eacute;m a livre escolha por parte do empregado de escolher as condi&ccedil;&otilde;es que lhe s&atilde;o mais favor&aacute;veis para a cess&atilde;o de sua m&atilde;o de obra.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Somente ter&aacute;s liberdade se tiveres op&ccedil;&atilde;o de escolha, esse &eacute; o mandamento maior. Desta forma, fica claro o enfoque com a necessidade e obriga&ccedil;&atilde;o de prestarmos aten&ccedil;&atilde;o ao trabalho e todas suas rela&ccedil;&otilde;es impostas constantemente em nossa vida constitucional. Mesmo existindo aqueles que n&atilde;o queiram aceitar tal disposi&ccedil;&atilde;o a vida em sociedade, a conviv&ecirc;ncia, apenas se constr&oacute;i quando todos seus participantes possam ter, guardadas as habilidades e empenhos individuais &agrave; parte, as mesmas condi&ccedil;&otilde;es de sobreviv&ecirc;ncia.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Ent&atilde;o o que &eacute;, o que significa o trabalho na vida de cada um de n&oacute;s? Uma excelente resposta nos d&aacute; o professor Gabriel Chalita quando preleciona &ldquo;o trabalho possui estreita conex&atilde;o com o processo evolutivo dos seres humanos na medida em que simboliza o extremo oposto do comodismo, da passividade, da neglig&ecirc;ncia, do desleixo. Em outras palavras, o trabalho oferece ao ser humano os mecanismos de efetiva&ccedil;&atilde;o de sua liberdade de a&ccedil;&atilde;o e de pensamento&rdquo;.</font><a title=” name=’_ftnref15′ href=’#_ftn15′><span><span><span style=’FONT-SIZE: 12pt’><font face=’Verdana’ size=’1′>[15]</font></span></span></span></a></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>E continua &ldquo;O trabalho nos torna seres sociais na medida em que, no exerc&iacute;cio de nossa profiss&atilde;o, entramos em contato com outros indiv&iacute;duos e aprendemos a estabelecer rela&ccedil;&otilde;es com pessoas com id&eacute;ias e opini&otilde;es diferentes das nossas. Em outras palavras, o trabalho nos ensina e fortalece em n&oacute;s valores indispens&aacute;veis como &eacute;tica, justi&ccedil;a e respeito &agrave;s diferen&ccedil;as&rdquo; </font><a title=” name=’_ftnref16′ href=’#_ftn16′><span><span><span style=’FONT-SIZE: 12pt’><font face=’Verdana’ size=’1′>[16]</font></span></span></span></a><font face=’Verdana’ size=’2′>, finalizando &ldquo;O povo n&atilde;o precisa de esmola. Quer dignidade. Trabalho &eacute; dignidade&rdquo; </font><a title=” name=’_ftnref17′ href=’#_ftn17′><span><span><span style=’FONT-SIZE: 12pt’><font face=’Verdana’ size=’1′>[17]</font></span></span></span></a></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Muito diferente do que foi na origem quando a palavra trabalho derivava de um terr&iacute;vel instrumento de tortura (do latim<em> tripalium) </em>hoje &eacute; visto, principalmente, como fonte de liberta&ccedil;&atilde;o porque com ele o ser humano se mant&eacute;m e &eacute; respeitado.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Portanto, nossa fonte de balizamento maior que &eacute; a Constitui&ccedil;&atilde;o Federal recepciona a import&acirc;ncia contempor&acirc;nea do trabalho que se sobrep&otilde;e a tantas outras quest&otilde;es impondo forte resist&ecirc;ncia &agrave;s tenta&ccedil;&otilde;es capitalistas fazem das rela&ccedil;&otilde;es humanas um tanto quanto fr&aacute;geis e sem sentido. Querendo os interesseiros no consumismo sem regula&ccedil;&atilde;o ou n&atilde;o.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Agora, passemos ao esporte.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Um &uacute;nico artigo, o duzentos e dezessete</font><a title=” name=’_ftnref18′ href=’#_ftn18′><span><span><span style=’FONT-SIZE: 12pt’><font face=’Verdana’ size=’1′>[18]</font></span></span></span></a>&nbsp;<font face=’Verdana’ size=’2′>, regulamenta, n&atilde;o o esporte, mas, a atividade ou pr&aacute;tica desportiva. O caput reza que o Estado fomente e incremente a pr&aacute;tica de tal modo que possa chegar ao maior n&uacute;mero de brasileiros e, depois, combinado com o par&aacute;grafo terceiro, podemos concluir que se motive o esporte, essencialmente, como uma forma de lazer.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Cria a Justi&ccedil;a Desportiva para as quest&otilde;es disciplinares do esporte, e pede aten&ccedil;&atilde;o para a distin&ccedil;&atilde;o entre desporto profissional e n&atilde;o profissional. Da&iacute; dizer que o mandamento constitucional se preocupa somente com aspectos esportivos deixando a rela&ccedil;&otilde;es profissionais nele existente para os outros comandos j&aacute; vistos nesta an&aacute;lise. Enfatizando, se obriga uma diferencia&ccedil;&atilde;o para o desporto profissional &eacute; exatamente porque h&aacute; uma preocupa&ccedil;&atilde;o com os aspectos do trabalho e sua deriva&ccedil;&atilde;o, contrariamente ao que muitos tentam a querer propagar.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Assim, numa rela&ccedil;&atilde;o trabalho-desportiva, a an&aacute;lise versa, sem via de d&uacute;vida, seguindo todos os passos do Direito do Trabalho e sua import&acirc;ncia s&oacute;cio-cultural. L&oacute;gico que numa confronta&ccedil;&atilde;o de direitos, os aspectos esportivos, as especificidades, podem ser considerados, mas, com seu devido peso na rela&ccedil;&atilde;o, que como ora demonstrado &eacute; quase nenhum.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><strong><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>2.1 Trabalho, Esporte e Especificidade.</font></span></strong></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><strong><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></strong></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>A especificidade nas rela&ccedil;&otilde;es de trabalho dentro do futebol.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Uma r&aacute;pida pincelada sobre o tema se faz necess&aacute;rio.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Tudo o que n&atilde;o se pode fundamentar na rela&ccedil;&atilde;o de trabalho desportiva passa a ser uma &ldquo;especificidade&rdquo;, que geralmente, quase na totalidade, imp&otilde;e s&eacute;rio desconforto ao hipossuficiente.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Entendendo o que &eacute; uma especificidade.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Segundo o dicion&aacute;rio Michaelis &eacute; &ldquo;uma qualidade ou estado de ser espec&iacute;fico&rdquo;. Espec&iacute;fico por sua vez, no mesmo dicion&aacute;rio, &ldquo;&eacute; tudo o que relativo &agrave; esp&eacute;cie; que constitui categoria especificada, ou cabe dentro dela; restrito por natureza a um indiv&iacute;duo, situa&ccedil;&atilde;o, rela&ccedil;&atilde;o ou efeito particulares; peculiar, caracter&iacute;stico; exclusivo, especial&rdquo;.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>At&eacute; aqui e entendendo a defini&ccedil;&atilde;o do que &eacute; especificidade, nada de novo. S&atilde;o circunstancias que ocorrem de acordo com cada situa&ccedil;&atilde;o individual, &uacute;nica.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Remetendo ao cen&aacute;rio da atividade do trabalhador tamb&eacute;m se mant&eacute;m a id&eacute;ia de que em uma profiss&atilde;o h&aacute; aspectos diretos que dizem respeito somente &agrave; sua fun&ccedil;&atilde;o. Mas para por a&iacute;.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Na verdade n&atilde;o se vislumbra, nenhum, o m&iacute;nimo resqu&iacute;cio que uma especificidade possa ser amparada em uma fundamenta&ccedil;&atilde;o que contrarie um direito. Especificidade n&atilde;o pressup&otilde;e, jamais poder&aacute; pressupor, qualquer supress&atilde;o de um direito. </font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Usar esta argumenta&ccedil;&atilde;o &eacute; entrar em um universo de matan&ccedil;a ao Estado Democr&aacute;tico de Direito, &eacute; privilegiar um Regime de Exce&ccedil;&atilde;o</font><a title=” name=’_ftnref19′ href=’#_ftn19′><span><span><span style=’FONT-SIZE: 12pt’><font face=’Verdana’ size=’1′>[19]</font></span></span></span></a><font face=’Verdana’ size=’2′>, que c&aacute; pra n&oacute;s, e espero sensibilizado por isso, ningu&eacute;m mais deseja.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Vejamos alguns exemplos pr&aacute;ticos.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>O vigilante noturno tem como especificidade o trabalho noturno, nada mais &oacute;bvio, mas ele percebe o adicional noturno como os demais trabalhadores</font><a title=” name=’_ftnref20′ href=’#_ftn20′><span><span><span style=’FONT-SIZE: 12pt’><font face=’Verdana’ size=’1′>[20]</font></span></span></span></a><font face=’Verdana’ size=’2′> que n&atilde;o t&ecirc;m tal ponto como espec&iacute;fico.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>O rep&oacute;rter esportivo</font><a title=” name=’_ftnref21′ href=’#_ftn21′><span><span><span style=’FONT-SIZE: 12pt’><font face=’Verdana’ size=’1′>[21]</font></span></span></span></a><font face=’Verdana’ size=’2′> quando acompanha o clube em viagens percebem com tal sua remunera&ccedil;&atilde;o adicionada com o pagamento de horas extras por estarem enquadrados no disposto da legisla&ccedil;&atilde;o vigente. Isso tamb&eacute;m se passa com os m&eacute;dicos, massagistas, mordomos</font><a title=” name=’_ftnref22′ href=’#_ftn22′><span><span><span style=’FONT-SIZE: 12pt’><font face=’Verdana’ size=’1′>[22]</font></span></span></span></a><font face=’Verdana’ size=’2′>, pessoal administrativo que se ocupam em organizar quest&otilde;es como fiscaliza&ccedil;&atilde;o de bilheteria, por exemplo, etc. E esse acompanhamento &eacute; inerente, espec&iacute;fico, deste tipo de atividade, mas, n&atilde;o deixa de ser respeitado.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>E temos tantos outros exemplos de especificidades dentro das profiss&otilde;es ou atividades laborais sem, no entanto, que firam de morte os direitos legais adquiridos.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Em se tratando de especificidade, j&aacute; que n&atilde;o temos nenhum estudo mais aprofundado acerca do tema, podemos usar um precioso vetor que adv&ecirc;m do acordo assinado entre a duas entidades mundiais representativas do mundo do futebol, a <strong>FIFA</strong> &ndash; <em>F&eacute;d&eacute;ration Internationale de Football Association</em>, que &eacute; a representante dos clubes (patr&otilde;es) e a <strong>FIFPro</strong><em> &ndash; F&eacute;d&eacute;ration Internationale Des Association de Footballeurs Profesionels, </em>que representa os futebolistas de todo o globo (o sindicato mundial dos atletas profissionais de futebol).</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Neste acordo, de reconhecimento m&uacute;tuo, assinado em 02 de Novembro de 2006, h&aacute; a seguinte vis&atilde;o:</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><strong><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>1)&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; PRINC&Iacute;PIOS DESTE ACORDO</font><a title=” name=’_ftnref23′ href=’#_ftn23′><span><span><strong><span style=’FONT-SIZE: 12pt’><font face=’Verdana’ size=’1′>[23]</font></span></strong></span></span></a></span></strong></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><strong><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>…</font></span></strong></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’><font size=’2′><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’>1.1</span><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’>&nbsp;A FIFA e a FIFPro, ambas institui&ccedil;&otilde;es de perfil global, reconhecem-se mutuamente e resolvem refor&ccedil;ar a sua coopera&ccedil;&atilde;o e di&aacute;logo nas quest&otilde;es principais sobre o futebol atual.</span></font></font></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>…</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>1.3 De forma mais espec&iacute;fica, em rela&ccedil;&atilde;o ao futebol profissional a FIFA e a FIFPro reafirmam seu compromisso com:</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%; TEXT-ALIGN: justify’><font face=’Verdana’><font size=’2′><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’>&middot;<span style=’FONT-WEIGHT: normal; FONT-SIZE: 7pt; LINE-HEIGHT: normal; FONT-STYLE: normal; FONT-VARIANT: normal’ times=” new=”>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; </span></span><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’>O equil&iacute;brio entre o futebol de clube e o internacional, ambos indispens&aacute;veis e interdependentes, com a oferta de vitalidade para um setor profissional sadio em solidariedade com todos os n&iacute;veis do futebol. Mais al&eacute;m, com a expans&atilde;o do futebol ao redor do mundo, com respeito ao ritmo de desenvolvimento de cada pa&iacute;s, e em cada um dos continentes onde o esporte &eacute; praticado,</span></font></font></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%; TEXT-ALIGN: justify’><font face=’Verdana’><font size=’2′><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’>&middot;<span style=’FONT-WEIGHT: normal; FONT-SIZE: 7pt; LINE-HEIGHT: normal; FONT-STYLE: normal; FONT-VARIANT: normal’ times=” new=”>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; </span></span><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’>Buscar solu&ccedil;&otilde;es para as principais quest&otilde;es do futebol com todos aqueles envolvidos (jogadores, clubes, ligas, federa&ccedil;&otilde;es, confedera&ccedil;&otilde;es e a FIFA) dentro de estruturas leg&iacute;timas, favorecendo a consulta e resolvendo disputas dentro de uma estrutura futebol&iacute;stica e utilizando m&eacute;todos de di&aacute;logo social, tais como acordos coletivos.</span></font></font></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%; TEXT-ALIGN: justify’><font face=’Verdana’><font size=’2′><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’>&middot;<span style=’FONT-WEIGHT: normal; FONT-SIZE: 7pt; LINE-HEIGHT: normal; FONT-STYLE: normal; FONT-VARIANT: normal’ times=” new=”>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; </span></span><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’>O equil&iacute;brio entre a legisla&ccedil;&atilde;o nacional e internacional, particularmente em rela&ccedil;&atilde;o ao direito ao trabalho, e levando em conta as caracter&iacute;sticas espec&iacute;ficas do futebol, assim como a autonomia dos organismos dirigentes do esporte.</span></font></font></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%; TEXT-ALIGN: justify’><font face=’Verdana’><font size=’2′><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’>&middot;<span style=’FONT-WEIGHT: normal; FONT-SIZE: 7pt; LINE-HEIGHT: normal; FONT-STYLE: normal; FONT-VARIANT: normal’ times=” new=”>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; </span></span><em><u><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’>A preval&ecirc;ncia da legisla&ccedil;&atilde;o de emprego sobre quaisquer outros assuntos relacionados &agrave;s rela&ccedil;&otilde;es contratuais entre os clubes e os atletas profissionais, levando em conta a especificidade do esporte e os m&eacute;todos de resolu&ccedil;&atilde;o de diferen&ccedil;as, dentro de uma estrutura de futebol em bases de uma representa&ccedil;&atilde;o justa. (grifei)</span></u></em></font></font></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><strong><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></strong></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>O texto do acordo deixa claro que em primeiro lugar deve se respeitar todo ordenamento que regula a atividade laboral, depois, se observa qualquer especificidade e com respeito &agrave;s condi&ccedil;&otilde;es humanas do trabalhador.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Percebe-se que, em definitivo, n&atilde;o serposs&iacute;vel apenas deixar de enfrentar os problemas jur&iacute;dicos que decorrem do futebol sob o argumento da especificidade.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Existem normas constitucionais, em primeiro lugar, que devem ser contempladas, depois, normas infraconstitucionais e somente poderemos sair desta esfera, e quando n&atilde;o houver nenhum outro balizamento legal. Mas, quando o fizermos tal posi&ccedil;&atilde;o deve estar em conson&acirc;ncia e diretamente integrado com os demais dispositivos legais. N&atilde;o h&aacute; como ser de outra forma.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Parafraseando um grande mestre e professor de Direito Ambiental Celso Antonio Fiorillo, argumentar que &ldquo;est&aacute; na lei &eacute; med&iacute;ocre, &eacute; tentativa de quem n&atilde;o tem fundamento&rdquo;, e se embasa numa gama enorme de dispositivos na legisla&ccedil;&atilde;o brasileira que s&atilde;o inconstitucionais. De acordo com o ultimo comunicado oficial do Supremo Tribunal Federal, em torno de oitenta por cento das A&ccedil;&otilde;es Diretas de Inconstitucionalidade ajuizadas naquela casa est&atilde;o contaminadas com o vicio inconstitucional. </font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Portanto, podemos multiplicar por dois o n&iacute;vel de mediocridade quando o argumento: &ldquo;&eacute; uma especificidade do futebol&rdquo;. O jurista cioso de sua responsabilidade e que tem interesse em ajudar a melhorar as rela&ccedil;&otilde;es humanas deve priorizar todos os aspectos envolvidos no tecido social em que se encontra. </font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><strong><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>3. &ldquo;Passe&rdquo;</font></span></strong></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Antes de entrarmos na cl&aacute;usula penal desportiva e necess&aacute;rio discorrermos um pouco sobre a hist&oacute;ria do futebol e tratarmos de um outro instrumento jur&iacute;dico &nbsp;que vinculava o atleta profissional ao clube.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Embora os desavisados entendam se tratar de um antecedente da cl&aacute;usula penal desportiva ficar&aacute; vis&iacute;vel sua distin&ccedil;&atilde;o. Ao bem da verdade, a antecedeu no imagin&aacute;rio popular que n&atilde;o devia ter como part&iacute;cipe nenhum profissional do ramo do direito, mas, como n&atilde;o &eacute; assim, nos obriga a examin&aacute;-lo.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>A defini&ccedil;&atilde;o jur&iacute;dica de passe se encontrava no artigo 11 da Lei 6.354 de 24 de Setembro de 1976, a que regulamentou a profiss&atilde;o de atleta profissional de futebol.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Que assim apontava:</font></span></div><div style=’MARGIN-LEFT: 210pt’><span style=’FONT-SIZE: 10pt; COLOR: #333333′><font face=’Verdana’>Art. 11 Entende-se por passe a import&acirc;ncia devida por um empregador a outro, pela cess&atilde;o do atleta durante a vig&ecirc;ncia do contrato ou depois de seu t&eacute;rmino, observadas as normas desportivas pertinentes.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Destarte, o atleta profissional, como a nitidez da reda&ccedil;&atilde;o do artigo imp&otilde;e, s&oacute; poderia se transferir para novo empregador com pagamento de import&acirc;ncia definida por esse ultimo. </font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Mas, essa era a &uacute;nica regra legal, as demais foram acontecendo pelo costume e pela no&ccedil;&atilde;o patrimonial que os clubes tinham sobre os futebolistas, amparada pelas, Confedera&ccedil;&atilde;o nacional e federa&ccedil;&otilde;es estaduais do futebol. E o costume era ter o futebolista como mercadoria. Se n&atilde;o houvesse uma defini&ccedil;&atilde;o amig&aacute;vel, caso o atleta mostrasse interesse em sua transfer&ecirc;ncia, ele teria o valor de &ldquo;passe&rdquo; arbitrado na Federa&ccedil;&atilde;o estadual de futebol a qualquer valor. E sempre acontecia desse arbitramento chegar a valores estratosf&eacute;ricos, que proibia qualquer tentativa de transfer&ecirc;ncia. Ou seja, n&atilde;o havia uma regula&ccedil;&atilde;o de mercado que pudesse responder &agrave;s ansiedades do trabalhador e o clube a seu bel prazer poderia lan&ccedil;ar m&atilde;o do valor que bem entendesse impossibilitando qualquer mudan&ccedil;a. E o pior, n&atilde;o tinha responsabilidade nenhuma em pagamento de qualquer tipo de remunera&ccedil;&atilde;o. O trabalhador ficava, literalmente, encostado, sem possibilidade de se sustentar. E nesse contexto estavam jogadores desde o mais alto n&iacute;vel aos praticamente desconhecidos. </font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Era a total priva&ccedil;&atilde;o de liberdade de trabalho jamais vista nas rela&ccedil;&otilde;es de trabalho no Brasil, ficando atr&aacute;s, verdadeiramente, s&oacute; da escravid&atilde;o.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Nos debates que corriam ao tempo de discuss&atilde;o da nova lei que se propunha a arejar mais o desenvolvimento esportivo, na d&eacute;cada de noventa, muitos confundiam a situa&ccedil;&atilde;o com a id&eacute;ia que o futebolista era um verdadeiro trabalhador privilegiado, portanto, n&atilde;o careciam de amparo estatal digno. Carregavam o estigma de que &ldquo;s&atilde;o milion&aacute;rios e ainda querem ter a possibilidade de escolher seu empregador&rdquo;. E j&aacute; est&aacute;vamos sob o regramento da nova constitui&ccedil;&atilde;o cidad&atilde;.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Uma quest&atilde;o que pairava no ar.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Como sustentar um segmento financeiramente &agrave; custa da total priva&ccedil;&atilde;o de liberdade contratual de seu principal agente? </font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>E no intuito de resposta a grande decep&ccedil;&atilde;o.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Havia, como infelizmente ainda h&aacute;, pessoas que entendem esse aspecto destrutivo da personalidade humana como normal. E entendem como normal porque n&atilde;o est&atilde;o diretamente inseridos no cerne do problema. N&atilde;o se trata da vida deles ou de seus filhos. Normal porque, enquanto desfrutam prazerosamente de seu lazer que &eacute; torcer por um time de futebol, outros, que neste caso nem se pode chamar de semelhante, t&ecirc;m seus direitos individuais violados.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Aspecto que nos faz lembrar Michael Moore, irreverente documentarista norte-americano que quando, ao acabar a sess&atilde;o do Senado dos EUA que aprovaram a participa&ccedil;&atilde;o daquele pa&iacute;s na guerra no Iraque, abordava os congressistas pedindo para que eles assinassem o alistamento militar de seus filhos. &Oacute;bvio que todos se afastaram dele e n&atilde;o assinaram. A &eacute;tica contempor&acirc;nea n&atilde;o exclui cidad&atilde;os, nem os classifica por camadas.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>E qual era o custo humano da manuten&ccedil;&atilde;o desse mecanismo, &ldquo;o passe&rdquo;?</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Filio-me ao enunciado exarado pela &eacute;tica de Arist&oacute;teles. </font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Se n&atilde;o desejo para mim, seria bom, ao menos, que ficasse calado. Pior ainda defender tal tese contra terceiros. Muita hipocrisia. </font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>No Brasil, sempre nos deparamos com a quest&atilde;o cultural de baixo n&iacute;vel e de ignor&acirc;ncia quase totalmente arraigada. Tristemente o assombro de nossa na&ccedil;&atilde;o.</font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Mas como, felizmente, n&atilde;o h&aacute; mal que sempre dure, come&ccedil;ou a vir da Europa, nos meados da d&eacute;cada de noventa, uma nova tend&ecirc;ncia nas rela&ccedil;&otilde;es esportivas com a senten&ccedil;a do &ldquo;Caso Bosman&rdquo;</font><a title=” name=’_ftnref24′ href=’#_ftn24′><span><span><span style=’FONT-SIZE: 12pt’><font face=’Verdana’ size=’1′>[24]</font></span></span></span></a><font face=’Verdana’ size=’2′>. </font></span></div><div style=’MARGIN: 0cm 0cm 0pt 2cm; LINE-HEIGHT: 150%’><span style=’LINE-HEIGHT: 150%’><font face=’Verdana’ size=’2′>Uma imposi&ccedil;&atilde;o feita pela Comiss&atilde;o Europ&eacute;ia</font><a title=” name=’_ftnref25′ href=’#_ftn25′><span><span><span style=’FONT-SIZE: 12pt’><font face=’Verdana’ size=’1′>[25]</font></span></span></span></a><font face=’Verdana’ size=’2′> (a gest&atilde;o da Comunidade Europ&eacute;ia ainda conta com o Parlamento Europeu e com o Conselho da Uni&atilde;o Europ&eacute;ia) ap&oacute;s a senten&ccedil;a Bosman fez com que a FIFA viesse a reconhecer a livre circula&ccedil;&atilde;o dos atletas sem pagamento de indeniza&ccedil;&atilde;o, e evidente, esse sistema teria que ser adotado por todas as Associa&ccedil;&otilde;es membros (a Confedera&ccedil;&atilde;o Brasileira de Futebol, no nosso caso). Desta feita n&atilde;o tardou para as resist&ecirc;ncias internas do Parlamento brasileiro (designada equivocadamente como a bancada da bola; equivocadamente porque aqueles senhores somente se aproveitavam da bola e como tratamos e

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