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A menos de dez dias dos Jogos Olímpicos, conheça dez fatos curiosos na história da competição

Ascom – Ministério do Esporte

De acordo com registros históricos, os primeiros Jogos Olímpicos da antiguidade aconteceram no ano de 776 a.C. Naquela época, o evento era dedicado aos deuses do Olimpo e tinham como cenário a cidade de Olímpia, na Grécia. Vários séculos depois, os jogos ganharam uma roupagem nova. Inspirado na Grécia, o Barão Pierre de Coubertin foi o responsável pelo resgate dos Jogos Olímpicos tendo como base o ideal grego de que a educação física era um fator determinante na educação moral. Assim, Coubertin realizou os primeiros Jogos Olímpicos da chamada Era Moderna, em 1896, na cidade grega de Atenas.

Com tantos anos de história, o principal evento multiesportivo do mundo acumula vários fatos curiosos, desde competições de cabo de guerra até lutadores que se enfrentaram por mais de 11 horas. A dez dias da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, o Ministério do Esporte destaca dez curiosidades e feitos da história das Olimpíadas. 

1.    O cabo de guerra esteve no calendário olímpico por cinco vezes seguidas: nos jogos de Paris 1900, S. Louis 1904, Londres 1908, Estocolmo 1912 e Antuérpia 1920. Os britânicos lideraram o pódio da prova com cinco medalhas no total: dois ouros, duas pratas e um bronze. Os Estados Unidos segue na segunda colocação com três medalhas, uma de cada cor.

2.    Na prova de arremesso de peso a bola tem cerca de 7,2 kg, enquanto no tênis de mesa pesa apenas 2,7 g.

3.    A primeira medalha de ouro brasileira na história das olimpíadas veio do tiro esportivo. Em 1920, o tenente do Exército Guilherme Paraense enfrentou uma viagem de quase um mês a bordo de um navio cedido pelo governo federal para chegar à Bélgica, sede dos Jogos. A saga do atleta não para por aí: para participar da competição, Paraense ainda precisou pegar emprestado um revólver Colt com a delegação norte-americana.

4.    A bandeira olímpica – com o fundo branco e os cinco anéis entrelaçados – foi idealizada pelo barão de Coubertin em 1913. O primeiro exemplar fabricado tinha 3×2 metros e sua primeira aparição ocorreu no ano seguinte. Apesar disso, a bandeira só viria a ser hasteada em um estádio nos Jogos da Antuérpia, em 1920.

5.    O Brasil quase ficou de fora dos Jogos de Los Angeles, em 1932, por falta de verba. O governo brasileiro buscou uma saída bastante inusitada: os atletas deveriam trabalhar em um navio da marinha mercante transportando 55 mil sacas de café, com o compromisso de vender o produto em todos os portos do caminho até chegar em Los Angeles. Infelizmente, os atletas não venderam a quantidade de café necessária. Ao chegar ao porto de San Pedro, perto de Los Angeles, os dirigentes da delegação brasileira descobriram que as autoridades locais cobravam o valor de um dólar por passageiro que desembarcasse e, como os recursos eram escassos, decidiram que só desceriam aqueles que tinham chances de medalha.

Por cavalheirismo, uma exceção foi aberta para a nadadora Maria Lenk que, aos 17 anos, foi a primeira sul-americana a participar de uma competição olímpica. Ela nadou em três provas: 100m livre, 100m costas e 200m peito.

6.    A mais jovem campeã olímpica da história dos Jogos é a americana Marjorie Gestring, medalha de ouro nos saltos ornamentais em Berlim 1936, aos 13 anos e 267 dias.

7.    A luta mais longa da história aconteceu em Estocolmo 1912. Nas semifinais da luta greco-romana, o estoniano Martin Klein e o finlandês Alfred Asikainen se enfrentaram em um combate que durou 11 horas e 40 minutos. A cada meia hora de luta, os atletas tinham alguns minutos para descansar e recuperar o fôlego. Klein venceu mas, de tão cansado, abriu mão da disputa pelo ouro no dia seguinte contra o sueco Claes Johansson e se contentou com a prata. Asikainen também não apareceu para disputar o terceiro lugar.

8.    A Primeira Guerra Mundial influenciou por várias vezes os Jogos Olímpicos. Para os Jogos de 1920, Áustria, Bulgária, Alemanha, Hungria e Turquia – as nações derrotadas no conflito – não foram convidadas para participar. Oito anos depois, nos Jogos de Amsterdã, a delegação francesa alegou ter sofrido insultos por parte de holandeses pró-germânicos e não compareceu à cerimônia de abertura da competição.

9.    Após não ter sido um dos eleitos para desembarcar na sede dos Jogos de 1932, o brasileiro Adalberto Cardoso, inscrito nos 10 mil metros, viajou de carona os 600 km que dividiam o porto de São Francisco até a cidade de Los Angeles. Adalberto chegou ao estádio dez minutos antes da prova, vestiu o uniforme e correu. Ficou em último lugar, mas foi bastante aplaudido e deixou a competição com a fama de homem de ferro.

10.    Considerada pelos gregos antigos como o fogo sagrado, a chama olímpica percorrerá até Londres um trajeto de 12.875 km em uma jornada de 70 dias. A primeira vez que um brasileiro participou do revezamento da tocha foi em 1992, quando a estudante de educação física Lara Leite, então com 19 anos, ganhou um concurso e se tornou uma das 9.661 pessoas que carregaram a tocha durante 43 dias naquele ano. 

Como tradição, o nome do último cidadão, aquele que vai acender a pira olímpica, é mantido em segredo e só é anunciado segundos antes dele entrar no estádio.

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