Parece que o próprio destino se encarrega de edificar os grandes. Não parece acaso que Telê tenha nos deixado neste dia 21 de abril, quando já comemoramos a morte de outro ilustre mineiro.
Se Tiradentes foi nosso grito de liberdade por um país livre e soberano, Telê não foi diferente para o futebol brasileiro.
Este mineiro de Itabirito foi um jogador diferenciado em seu tempo, sua aplicação tática era incomum as características do jogador brasileiro, mas foi como treinador que seu nome jamais será esquecido pelos adoradores do futebol em todo o mundo.
Telê foi, certamente, o defensor mais destemido do futebol-arte, do jogo limpo sem violência, se só por este motivo ele já deveria ser consagrado, outras razões não faltam.
Foi um técnico parternalista, no sentido mais amplo, com seu carisma sabia exatamente como extrair a essência de seus comandados e fora de campo um paizão preocupado com o estilo de vida de seus jogadores, com a forma de gastarem seus duros ganhos e orientado-os, sempre, para que formassem seus pés-de-meia.
Obrigado Telê, pelo grande profissional e amigo que você foi.
Da redação do Sapesp