Redação Sapesp
Derlan estampou os noticiários do país inteiro após agredir o árbitro João Batista Cunha Brito no jogo entre Iranduba e São Raimundo, pelo Campeonato Amazonense. Agora, pode receber uma punição que pode chegar a 720 dias de suspensão. O jogador revela arrependimento e o choro por perder a cabeça e acusa o juiz de ofender sua mãe, que sofre de câncer.
À espera do julgamento na Justiça Comum, marcado para o próximo dia 23, o volante tenta retomar a vida com a ajuda dos companheiros de time e dos diretores do clube, que elogiam o desempenho em campo e a conduta disciplinar do funcionário.
Até uma psicóloga foi contratada para auxilar Derlan. Órfão de pai, vivendo longe da esposa e dois dois filhos, que segundo ele passam necessidade em Castanhal-PA, o atleta ainda une forças para lidar com o recente tumor descoberto em sua mãe, Raimunda. Ele afirma que foi ofendido pelo árbitro de todas as maneiras, com o pai (já falecido) sendo xingado. Ao tocar no nome da mãe de Derlan, o árbitro provocou a ira do atleta.
“A minha mãe não está bem, está faltando dinheiro para os meus filhos. E o que ele falou me tocou muito. As palavras doem mais que socos. Ele me chamou de safado, xingou meu pai que já morreu. Quando falou da minha mãe, veio um filme na minha cabeça. Me descontrolei e parti para cima dele”, contou.
Após levar uma cotovelada e ter um dente quebrado em um lance da partida, Derlan cobrou o árbitro e, segundo ele, foi prontamente xingado e advertido com cartão amarelo. O juiz teria se recusado a punir o adversário e dito ‘quer cartão amarelo? Então toma, seu safado, filho da p…”.
Arrependido, Derlan espera que a punição leve em consideração o momento pessoal vivido. "Se levar uma punição acaba minha carreira. Não sou um Jobson, um Edmundo, que pode viver enquanto aguarda. Seria o fim", lamenta.