DA ASSESSORIA
O Itaquerão terá um dia diferente em sua rotina de obras no próximo dia 30 de outubro, terça feira. Nessa data,das 9 as 17 Hs, todos os 1.400 funcionários responsáveis pela construção do novo estádio do Corinthians serão mobilizados para fazerem gratuitamente o teste rápido da Hepatite C, doença que ataca o fígado sem apresentar sintomas e que possui cerca de 3 milhões de brasileiros contaminados, uma prevalência 5 vezes maior do que o HIV.
“Gostaria de divulgar esta ação para os jogadores da área futebolística.Posteriormente faremos a testagem nos funcionários da construção civil de todas as sedes da Copa do Mundo. Estamos iniciando este trabalho e o objetivo é testar todos os torcedores durante a Copa do Mundo”, explica Virgínia Alves Coordenadora Social da ABPH – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS PORTADORES DE HEPATITE .
Para reforçar a causa, estará presente no evento o lendário goleiro do Corinthians, Tobias, campeão paulista em 1977 quando o time estava sem conquistar esse titulo há 23 anos
RESULTADO NA HORA
O resultado sai na hora e os casos positivos serão encaminhados de imediato para exames complementares e tratamento, tudo de graça pelo sistema único de saúde. A maioria das pessoas nem desconfiam que estão contaminadas pela Hepatite C , daí a importância dessa ação que pode contribuir para o salvamento de vidas humanas.
Esse evento social no estádio que vai ser palco da abertura da Copa do Mundo de 2014 foi possível graças a uma parceria entre a empresa responsável pela obra do Itaquerão e a Associação de Pacientes formada por Portadores de Hepatite C , chamada C TEM QUE SABER C TEM QUE CURAR www.ctemquesaber.com.br , com o apoio da Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite – ABPH www.hepatite.org.br . Oito enfermeiros farão os testes e médicos especialistas em Hepatites estarão acompanhando o evento para os eventuais encaminhamentos
Objetivos da Ação:
1) Medir a prevalência da Hepatite C nos trabalhadores da construção civil, que podem ser vulneráveis a enfermidade .
2) Alertar os atletas do passado a realizarem o teste da Hepatite C, pois era comum entre eles o compartilhamento de seringas e agulhas nos anos 70 e 80 , como uma forma de reabastecimento energético antes das partidas. Esse procedimento contaminou atletas e muitos tiveram a cirrose hepática ( consequência da Hepatite C) ,pois embora era um procedimento lícito, não havia naquela época a prevenção dessa enfermidade. Portanto muitos atletas podem ter a Hepatite C e não sabem.
3) Mostrar a sociedade brasileira o impacto social que a Hepatite C proporciona, com os cerca de 12 óbitos precoces diários no Brasil por conta da detecção tardia de uma doença silenciosa.