Na quarta-feira à noite, segundo Wallace, uma torcedora o chamou de "macaco" várias vezes durante uma partida da Superliga contra o Minas Tênis, na Arena Vivo, em Belo Horizonte. A segurança do ginásio não conseguiu identificar a autora da ofensa. Mas mesmo assim o Minas poderá ser responsabilizado, porque o fato ocorreu dentro de suas dependências.
Em nota, o Minas também lamentou e repudiou o ato de racismo, mas destacou "que se tratou de manifestação individual, impossível de ser controlada e que em nada reflete a filosofia e valores do Minas". A assessoria do Minas informou que ainda está tentando identificar a mulher que teria xingado Wallace por meio de imagens do jogo.
Wallace foi orientado pela direção do Sada/Cruzeiro a não dar entrevistas.
Não é o primeiro caso de racismo na Superliga. Deivid, do São Bernardo, no ano passado, foi chamado de "macaco" em partida contra o Londrina, na casa do adversário. O clube não foi punido e os autores da ofensa, por serem menores de idade, também não foram.
A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) diz que ainda está reunindo toda a documentação do caso do "possível" ato de racismo dirigido ao jogador Wallace, do Cruzeiro, para, "se necessário, encaminhar ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD)".