Em protesto contra o atraso de quase três meses nos salários, os jogadores do Juventude não treinaram nesta terça-feira.
O grupo chegou normalmente para as atividades por volta das 15h, mas saiu do vestiário cerca de uma hora e meia depois, sem uniforme de treino
O técnico Lisca foi o único autorizado a falar com a imprensa, mas preferiu não comentar nada sobre a paralisação.
— Essa é uma situação do clube, prefiro não me manifestar, é assunto da direção com os jogadores. Espero que não interfira nada na preparação, estou preocupado com a parte tática, em neutralizar os principais jogadores do Ypiranga (próximo adversário nas quartas de final da Copa Hélio Dourado) — declarou o treinador.
Em entrevista coletiva, o superintendente de futebol Alexandre Barroso e o superintendente administrativo Emir Alves da Silva buscaram explicar o movimento orquestrado por algumas lideranças do vestiário alviverde.
— Fomos pegos de surpresa. O Juventude tem um histórico de honrar compromissos. Pontualmente vivemos um momento de dificuldades, face às várias conjecturas econômicas. Estamos com dificuldade de arcar com o pagamento de salários dos jogadores. É prerrogativa da direção pagar os salários e eles serão quitados em questão de dias, senão horas — esclareceu Barroso.