Redação Sapesp
São Paulo (SP) – O caso João Vitor acabou se tornando um divisor de águas no futebol, e a partir desta sexta-feira (21/10), os atletas de três dos quatro grandes clubes de São Paulo tomarão medidas inéditas em relação aos casos de violência na modalidade.
Jogadores de Santos (representado por Arouca e Edu Dracena), Palmeiras (todo o elenco) e Corinthians (representado por Paulo André e Alessandro), em ação conjunta, decidiram que em novo caso de violência de torcedores contra atletas, os três elencos se recusarão a entrar em campo na rodada seguinte, independente qual for a competição. A ação foi intermediada pelo Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo, que manteve freqüente contato com os jogadores desde o problema enfrentado pelo volante palmeirense, na última semana.
O trio aguarda agora a posição oficial dos atletas do São Paulo F.C. O capitão e goleiro da equipe, Rogerio Ceni, já está ciente da decisão dos companheiros dos outros clubes. Espera apenas a decisão de seu elenco, que segundo ele, será anunciada o quanto antes. A expectativa é que o arqueiro dê sinal positivo e junte-se ao movimento ao lado dos demais profissionais. O sindicato espera ainda contar com a adesão dos demais clubes de São Paulo (capital) e interior. O presidente da entidade, Rinaldo Martorelli, também articula com os sindicatos de outros estados afim de expandir o movimento. Pré-temporada com 20 dias Aproveitando o encontro dos líderes, os atletas revelaram que além da decisão contra a violência, poderão fazer uma manifestação pacífica para solicitar ao menos 20 dias de preparação na pré-temporada, que acontece sempre no início do ano no Brasil. A extensão do período de preparação tem como objetivo construir uma base física e muscular mais sólida para dar suporte ao restante da temporada, além de promover melhora significativa à qualidade do espetáculo.