<div><span style=’COLOR: black’><font face=’Verdana’ size=’2′>Quem conhece nossa posição sabe perfeitamente que temos buscado um caminho de desenvolvimento e equilíbrio cujas considerações tem de acontecer baseada nas condições humanas dos trabalhadores em igualdade de condição com os aspectos negociais e esportivos da atividade e todas as suas demais repercussões.</font></span></div><div><span style=’COLOR: black’><font face=’Verdana’ size=’2′>Assim, duas notícias que foram veiculadas em todo mundo, no mês passado, retratam bem os conflitos a serem dirimidos pelos próprios agentes esportivos, urgentemente.</font></span></div><div><span style=’COLOR: black’><font face=’Verdana’ size=’2′>Enquanto o Tribunal Federal Suíço ratificou todas as decisões dos órgãos da FIFA, o Tribunal belga anulou decisão de suspensão a três jogadores, supostamente envolvidos em manipulação de resultados porque ela afetava diretamente sua condição de trabalhador e porque também teriam os atletas a um processo "justo". </font></span></div><div><span style=’COLOR: black’><font face=’Verdana’ size=’2′>Obvio que a posição do Tribunal Belga põe em cheque todo ordenamento esportivo mundial que assim pode se transformar em um caos se não agirmos depressa.</font></span></div><div><span style=’COLOR: black’><font face=’Verdana’ size=’2′>Temos defendido que as medidas punitivas exarcebadas – exemplo:suspensão de até 720 dias em caso de agressão – na verdade não são punições, são sentenças de morte.</font></span></div><div><span style=’COLOR: black’><font face=’Verdana’ size=’2′>Você poderia perguntar. Então o Sapesp é favorável à impunidade? Evidente que não. Só que defendemos que cada caso tem de ser tratado individualmente e que seria mais "coibidor" mexer no bolso do atleta do que lhe tolher a possibilidade real de sustento e atirá-lo à marginalidade.</font></span></div><div><span style=’COLOR: black’><font face=’Verdana’ size=’2′>Imagine que num debate em audiência dois advogados se desentendam e cheguem às vias de fato. Haverá as conseqüências civis e criminais, mas dificilmente eles ficarão tanto tempo impedidos de trabalhar (e se ficarem, eles só não assinariam as petições porque o resto do desenvolvimento do trabalho continuaria o mesmo). Ou até de dois motoristas de ônibus que por uma "fechada" no trânsito descem e se esbofeteiam, de novo as implicações civis e criminais, mas o trabalho continua.</font></span></div><div><span style=’COLOR: black’><font face=’Verdana’ size=’2′>Dessa forma temos a necessidade de revermos nosso CBJD. Somos a entidade que mais faz proposta de mudanças, para adequar nossas punições em um nível que os atletas, mesmo respondendo por seus atos, possam manter seu sustento juntamente com sua família.</font></span></div><div><span style=’COLOR: black’><font face=’Verdana’ size=’2′>Evidente que todas as mudanças, sob o ponto de vista jurídico, começam na Europa e um dia acaba por chegar aqui.</font></span></div><div><span style=’COLOR: black’><font face=’Verdana’ size=’2′>Esperamos que não seja preciso.</font></span></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><span style=’COLOR: black’><font face=’Verdana’ size=’2′>Rinaldo Martorelli</font></span></div><div><span style=’COLOR: black’><font face=’Verdana’ size=’2′>Presidente do Sindicato de Atletas Profissionais </font></span></div><div><span style=’COLOR: black’><font face=’Verdana’ size=’2′>do Estado de São Paulo – Sapesp</font></span></div>