<div><font face=’Verdana’ size=’2′>Balanço de 2006 e débitos recentes mostram rombo de R$ 107,8 milhões, o que significa 56% de crescimento desde 2005.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Cenário será ainda pior se time alvinegro não receber dinheiro cobrado da MSI, cujo pagamento é duvidoso para auditores do clube Uma gastança desenfreada em 2006, combinada à torneira fechada da parceira MSI, fez a dívida do Corinthians alcançar a cifra de R$ 107,8 milhões.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Esse valor é a soma do débito ao final do ano (R$ 85,8 milhões) com a multa no caso Nilmar (R$ 22 milhões). </font><font face=’Verdana’ size=’2′>Esse é o tamanho do rombo da temporada passada quando considerado o passivo sem as receitas que o clube ganhará no ano. </font><font face=’Verdana’ size=’2′>Os números são do balanço de 2006, obtido pela Folha. A dívida do Corinthians com Nilmar foi determinada pela Fifa.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Ao final do ano passado, o clube tinha para receber apenas R$ 0,67 para cada R$ 1 que tem de pagar em 2007. Ou seja, se entregasse todos os seus créditos aos credores, não seria suficiente para cobrir o rombo. </font><font face=’Verdana’ size=’2′>Em 2005, havia R$ 1 a receber para cada R$ 1 a pagar. Daquela data até agora, o rombo total cresceu 56%, com acréscimo de R$ 39 milhões.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>"O clube está em uma situação de endividamento. Não recebeu recursos da MSI para pagar os salários. E todos os compromissos estão em nome do Corinthians", reconheceu o vice-presidente de finanças, Emerson Piovezan.<br /></font><font face=’Verdana’ size=’2′>O cenário mostrado pelo balanço só não é pior porque o clube prevê receber R$ 17,9 milhões da MSI. Mas o parecer da auditoria BDO Trevisan, contratada para analisar as contas, relata que a empresa não confirma o pagamento.<br /></font><font face=’Verdana’ size=’2′>Ao fechar a parceria, no final de 2004, o Corinthians tinha como um dos objetivos reduzir a sua dívida, que então girava em torno de R$ 60 milhões. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>O</font><font face=’Verdana’ size=’2′> dinheiro da MSI entrou, mas o débito aumentou. Agora, o clube corre em busca do magnata russo Boris Berezovski.<br /></font><font face=’Verdana’ size=’2′>Sem parceiro e sem troféus há mais de um ano -o último foi o do Brasileiro-05-, o presidente Alberto Dualib sofrerá pressão por causa das contas. <br /></font><font face=’Verdana’ size=’2′>Uma comissão da oposição deve reprovar o balanço no Conselho. O líder dos oposicionistas, Andrés Sanchez, fala em entregar o caso a advogados.<br /></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>"Para quem quer ser presidente do clube, o balanço é mais do que assustador. É desesperador", afirma Sanchez, que qualifica a situação corintiana como pré-falimentar.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Corinthians gasta mais em quase tudo </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Nem saída de estrelas do clube impede aumento do déficit no futebol, problema que se repete no departamento social </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Balanço de 2006 registra o crescimento de gastos com salários de jogadores, mas também mostra que rendas devem aumentar neste ano </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Para ultrapassar a barreira dos R$ 100 milhões em dívidas, a diretoria do Corinthians aumentou os gastos em quase todos os setores. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>No futebol, a política de continuar a agir como se o clube ainda contasse com o dinheiro de Kia Joorabchian gerou um déficit de R$ 17,9 milhões. Em 2005, o rombo fora cerca de R$ 2 milhões mais baixo.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>A diferença é que em 2005 a MSI ainda cumpria com suas obrigações contratuais. No segundo semestre de 2006, porém, Kia fechou a mão.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Mas o atrito com o iraniano não fez Alberto Dualib desistir de contratar profissionais caros, como Emerson Leão, dono de um salário de R$ 500 mil. </font><font face=’Verdana’ size=’2′>Tanto que está registrado no passivo que o clube terá de pagar em torno de R$ 11,2 milhões em direitos de imagem em 2007. Esse valor é mais do que o dobro do que foi gasto com este item no ano passado.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>"Pela nova legislação, contabilizamos os salários a serem pagos neste ano como dívida", explica o vice-presidente de finanças, Emerson Piovezan.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Na atual temporada, também aumentaram as despesas do clube com obrigações e encargos sociais. Em 2007, o clube alvinegro tem compromissos a pagar de R$ 15,4 milhões, contra R$ 8,6 milhões de 2006.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>O problema é que, desde meados do ano passado, a MSI cortou a verba. Forneceu menos de um terço dos R$ 30 milhões dados em 2005.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Sem dinheiro para honrar os contratos com os atletas, a diretoria abusou da prática de tomar emprestado. O clube deve R$ 15 milhões em empréstimos, o triplo de um ano antes.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>No montante, estão incluídos valores tomados a bancos e antecipações de cotas de TV, feitas na Federação Paulista de Futebol e no Clube dos 13.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Apesar da crise com a MSI, os dados do balanço mostram que os dirigentes também não se esforçaram para economizar na área social. O déficit desse departamento, incluindo os esportes amadores, foi de R$ 6,5 milhões, contra R$ 1,09 milhão do exercício de 2005.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Chama a atenção o item que é o principal responsável por esse gasto: despesas gerais e administrativas. Esse lançamento registrou despesa de R$ 12,04 milhões. É o triplo do que foi gasto no ano anterior.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>A diretoria reconhece que houve crescimento em alguns dos gastos do Corinthians.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>"Essa [dívida] é fruto dos empréstimos, que incluem antecipações de cotas, e das folhas de pagamento do futebol. O clube aumentou bastante o valor pago por meio de direito de imagem, como o salário do Leão", conta Piovezan.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>O dirigente aponta uma melhoria nas receitas porque o clube contabilizou que tem R$ 44 milhões a receber neste ano, entre patrocínios e televisão. É duas vezes mais do que em 2006. "Aumentaram as cotas de patrocínio e de TV."</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′></font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Ainda assim, o clube admite gastar pelo menos R$ 300 mil/ mês com um novo técnico. O preferido é Abel Braga. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Ricardo Perrone e Rodrigo Mattos</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Painel FC – Folha de S. Paulo, 15/04/2007</font></div>