<div style=’BACKGROUND: white; LINE-HEIGHT: 15.35pt’><span style=’FONT-SIZE: 10pt; COLOR: #333333′><font face=’Verdana’>Actualmente a importância desportiva e financeira de qualquer Liga de Futebol, avalia-se pelas receitas televisivas que o conjunto dos seus clubes consegue gerar. A venda colectiva de direitos TV e a justa divisão de receitas, potenciam 3 dos factores mais relevantes do futebol; o interesse dos adeptos, o nível competitivo e a estabilidade financeira dos clubes.</font></span></div><div style=’BACKGROUND: white; LINE-HEIGHT: 15.35pt’><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div style=’BACKGROUND: white; LINE-HEIGHT: 15.35pt’><strong><span style=’FONT-SIZE: 10pt; COLOR: #333333′><font face=’Verdana’>1 – Venda colectiva dos direitos televisivos</font></span></strong></div><div style=’BACKGROUND: white; LINE-HEIGHT: 15.35pt’><span style=’FONT-SIZE: 10pt; COLOR: #333333′><font face=’Verdana’>A maioria das ligas Europeias rendeu-se à venda colectiva dos direitos TV; Inglaterra, Alemanha, Itália, França, Escócia, Grécia, Bélgica e Polónia, já adoptaram o sistema e os seus clubes vêm todos os anos aumentar as receitas provenientes dessa venda. No último ano as receitas TV da Premier Ligue aumentaram 60%, atingindo os £815 milhões<em> (mantemos os valores em £ devido às variações cambiais</em>). Nas últimas 2 épocas a Ligue 1 Francesa aumentou as suas receitas TV em 43%, para os 566 milhões de Euros.</font></span></div><div style=’BACKGROUND: white; LINE-HEIGHT: 15.35pt’><span><font face=’Verdana’><br /><strong>2 – Método de repartição das receitas</strong></font><br /><font face=’Verdana’>As duas ligas anteriores são exemplos a seguir em termos de direitos TV, não só pelos valores obtidos, mas também pelo equilíbrio na repartição dos mesmos, salvaguardando e respeitando a grandeza de cada clube, o número dos seus adeptos e o mérito desportivo. Como são repartidas as receitas na Premier League:</font></span></div><ul type=’disc’> <li style=’BACKGROUND: white; COLOR: #333333′><font face=’Verdana’><span>56% (£456,4 milhões) são divididos em partes iguais por todos os clubes, o que garante à partida £22,8 milhões a cada clube. <em>(<strong>capacidade orçamental e verba para investimento</strong>)</em> </span></font></li> <li style=’BACKGROUND: white; COLOR: #333333′><font face=’Verdana’><span>22% (£179,3 milhões) são distribuídos mediante a performance das equipas na competição. <em>(<strong>salvaguardado o mérito desportivo de cada colectividade)</strong></em> </span></font></li> <li style=’BACKGROUND: white; COLOR: #333333′><font face=’Verdana’><span>22% (£179,3 milhões) são distribuídos consoante a audiência televisiva e do nº de jogos transmitidos na TV. <em>(salvaguardada a grandeza dos clubes e o nº de adeptos de cada)</em> </span></font></li></ul><div style=’BACKGROUND: white; LINE-HEIGHT: 15.35pt’><span style=’FONT-SIZE: 10pt; COLOR: #333333′><font face=’Verdana’>Estas percentagens são negociadas entre as Federações/Ligas de Futebol e os clubes, podendo diferir de liga para liga, no exemplo Francês a formula é de 50%, 30% e 20% respectivamente.</font></span></div><div style=’BACKGROUND: white; LINE-HEIGHT: 15.35pt’><span><font face=’Verdana’><br /><strong>3 – Sistemas de controle e fiscalização</strong></font><br /><font face=’Verdana’>São no entanto necessárias ferramentas que permitam a fiscalização e o controle dos negócios efectuados. Em França como já referimos num artigo anterior, existe o DNCG, organismo independente tutelado pelo governo Francês, que analisa e fiscaliza a gestão de todos os clubes da Liga, tornando públicos, os orçamentos, relatórios anuais e situação dos accionistas, além de analisar os riscos financeiros, avaliar as estruturas jurídicas e punir os clubes que não cumpram as regras.</font></span></div><div style=’BACKGROUND: white; LINE-HEIGHT: 15.35pt’><span style=’FONT-SIZE: 10pt; COLOR: #333333′><font face=’Verdana’><br />Nas duas Ligas, os direitos televisivos não podem ser vendidos apenas a uma entidade/operadora. Em Inglaterra os direitos TV estão repartidos pela BSkyB, Setanta e BBC, enquanto em França pelaOrange e Canal Plus. Evita-se desta forma o monopólio, dando terreno à livre concorrência, sendo as vendas dos pacotes TV efectuadas através de leilão, com propostas base fechadas e posterior negociação. Em ambos os casos a Liga de Clubes têm papel fundamental como centro de todos os processos.</font></span></div><div style=’BACKGROUND: white; LINE-HEIGHT: 15.35pt’><span><font face=’Verdana’><br /><strong>4 – A transição e implementação do novo sistema</strong></font><br /><font face=’Verdana’>Este é o mais difícil de aplicar dos 4 pontos, devido aos compromissos contratuais anteriormente assumidos pelos gestores desportivos dos clubes. Vamos utilizar Portugal e a Liga Sagres como exemplo de uma difícil transição. A Olivedesportos continua a manter o monopólio dos direitos TV em Portugal. Todos os clubes venderam os seus direitos à empresa, alguns até à temporada de 2013/14.</font></span></div><div style=’BACKGROUND: white; LINE-HEIGHT: 15.35pt’><span style=’FONT-SIZE: 10pt; COLOR: #333333′><font face=’Verdana’><br />Existem vários caminhos para chegar a um objectivo satisfatório para todas as partes, mas o factor comum e essencial para a venda de direitos TV colectivamente em Portugal, ou em outro qualquer país, é a união de todos os clubes no mesmo objectivo, liderados pela LPFP.</font></span></div><ul type=’disc’> <li style=’BACKGROUND: white; COLOR: #333333′><span style=’FONT-SIZE: 10pt’><font face=’Verdana’>A proposta menos lesiva para todas as entidades, seria a tentativa de renegociação de todos os contratos com a Olivedesportos, sensibilizando a empresa para as mais valias que a longo prazo poderia obter. </font></span></li> <li style=’BACKGROUND: white; COLOR: #333333′><span style=’FONT-SIZE: 10pt’><font face=’Verdana’>A intervenção do estado/governo na intenção de regular e fiscalizar o sector do futebol, criando regras que defendam o espectáculo e os adeptos, para além de controlo sobre a gestão. </font></span></li> <li style=’BACKGROUND: white; COLOR: #333333′><span style=’FONT-SIZE: 10pt’><font face=’Verdana’>A constatação da nulidade dos contratos, ao abrigo do artº 271, nº 1, do Código Civil, <em>(”…É nulo por impossibilidade legal e por ilegalidade de objecto o contrato em que um clube de futebol transfere, para uma empresa não autorizada a exercer a actividade o direito de captar e difundir imagens de um espectáculo de futebol…”)</em>, ou de outras leis vigentes. </font></span></li></ul><div style=’BACKGROUND: white; LINE-HEIGHT: 15.35pt’><span><strong><font size=’2′><font face=’Verdana’>A realidade</font><br /></font></strong><font face=’Verdana’ size=’2′>A Olivedesportos paga por ano entre 42/48 milhões de Euros pelos direitos TV de todos os clubes da Liga Sagres. O último classificado da Premier League recebeu 36 milhões de Euros em direitos TV no último ano. O último classificado da Ligue 1 têm garantidos pelo menos 15 milhões de Euros por ano. Os 3 grandes portugueses ganham anualmente entre 8 e 9 milhões de Euros cada em direitos TV. Os direitos colectivos da Liga Grega foram vendidos por 54 milhões de Euros no seu ano de arranque. Só o detentor dos direitos beneficia actualmente da venda dos direitos TV internacionais.<br /><br /></font></span><span style=’FONT-SIZE: 10pt; COLOR: #333333′>Uma coisa é certa, seja quais forem as posições tomadas pelos dirigentes desportivos no futuro, a venda colectiva dos direitos TV será a última alavanca capaz de proporcionar aos clubes a estabilização económica, aumentar a competitividade e fazer regressar os adeptos ao jogo.</span></div><div style=’BACKGROUND: white; LINE-HEIGHT: 15.35pt’><div style=’BACKGROUND: white; LINE-HEIGHT: 15.35pt’><span style=’FONT-SIZE: 10pt; COLOR: #333333′><br />Fonte: Futebol Finance.»</span></div></div><div style=’BACKGROUND: white; LINE-HEIGHT: 15.35pt’><span style=’FONT-SIZE: 10pt; COLOR: #333333′><font face=’Verdana’><strong>_______________</strong></font></span></div><div style=’BACKGROUND: white; LINE-HEIGHT: 15.35pt’><span style=’FONT-SIZE: 10pt; COLOR: #333333′><font face=’Verdana’>Numa altura de crise em que muitos clubes portugueses atravessam graves dificuldades financeiras por força da sua "<em>pequenez</em>" e em que outros, apesar da sua "<em>grandeza</em>", para lá caminham por força do seu (já crónico) insucesso desportivo cada vez me convenço mais que esta é uma das soluções que, a longo prazo, maiores vantagens acarretariam para os clubes portugueses e para o nosso campeonato.</font></span></div><div style=’BACKGROUND: white; LINE-HEIGHT: 15.35pt’><span style=’FONT-SIZE: 10pt; COLOR: #333333′><br /><font face=’Verdana’>O problema maior para a implementação de um sistema deste género no nosso país será a incapacidade de muitos dos dirigentes de clubes que se acham "<em>grandes</em>" de aceitar receber menos do que os outros apenas e só porque entendem ter direito a uma fatia maior do "<em>bolo</em>" por força da sua suposta grandeza.</font></span></div><div style=’BACKGROUND: white; LINE-HEIGHT: 15.35pt’><span style=’FONT-SIZE: 10pt; COLOR: #333333′><br /><font face=’Verdana’>O sistema proposto garante à partida três factores fundamentais:</font></span></div><ul type=’disc’> <li style=’BACKGROUND: white; COLOR: #333333′><font face=’Verdana’><span style=’FONT-SIZE: 10pt’>capacidade orçamental e verba para investimento</span><font size=’2′> </font></font></li> <li style=’BACKGROUND: white; COLOR: #333333′><span><font face=’Verdana’ size=’2′>salvaguarda do mérito desportivo de cada clube </font></span></li> <li style=’BACKGROUND: white; COLOR: #333333′><span style=’FONT-SIZE: 10pt’><font face=’Verdana’>salvaguarda da grandeza dos clubes e o nº de adeptos de cada</font></span></li></ul><div style=’BACKGROUND: white; LINE-HEIGHT: 15.35pt’><span style=’FONT-SIZE: 10pt; COLOR: #333333′><font face=’Verdana’>Em França e Inglaterra o sistema não só resultou como foi uma tábua de salvação para os clubes. Repare-se na crueza dos números:</font></span></div><ul type=’disc’> <li style=’BACKGROUND: white; COLOR: #333333′><span style=’FONT-SIZE: 10pt’><font face=’Verdana’>O último classificado da Premier League recebeu 36 milhões de Euros em direitos TV no último ano. </font></span></li> <li style=’BACKGROUND: white; COLOR: #333333′><span style=’FONT-SIZE: 10pt’><font face=’Verdana’>O último classificado da Ligue 1 têm garantidos pelo menos 15 milhões de Euros por ano. </font></span></li> <li style=’BACKGROUND: white; COLOR: #333333′><span style=’FONT-SIZE: 10pt’><font face=’Verdana’>Os 3 grandes portugueses ganham anualmente entre 8 e 9 milhões de Euros cada em direitos TV!!!</font></span></li></ul><div style=’BACKGROUND: white; LINE-HEIGHT: 15.35pt’><span style=’FONT-SIZE: 10pt; COLOR: #333333′><font face=’Verdana’>Porque não implementá-lo em Portugal??? Por certo a longo prazo os benefícios para todos os clubes seriam muito superiores aos eventuais e apartentes prejuízos iniciais aumentando efectivamente a capacidade financeira dos mesmos e, consequentemente, a competitividade real e a melhoria da nossa Liga.</font></span></div><div style=’BACKGROUND: white; LINE-HEIGHT: 15.35pt’><span style=’FONT-SIZE: 10pt; COLOR: #333333′><font face=’Verdana’>Eu sei que é só uma opinião mas <em>DEIXEM-ME SONHAR!!!</em></font></span></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′><strong> </strong></font></div><div><span style=’FONT-SIZE: 10pt’><font face=’Verdana’><strong>Autor: Santos AAC</strong></font></span></div><div><span style=’FONT-SIZE: 10pt’><font face=’Verdana’><strong>http://futebolar.portugalmail.pt/artigo/20090107/direitos-tv-receita-do-futebol</strong></font></span></div>