<p><font class=’not’><font face=’Verdana’ size=’2′>A frase de Edmílson caiu ontem como uma bomba na Academia, e atingiu em cheio alguns setores da sociedade. “Enquanto não acontecer um desastre, e que Deus nos livre dele, não vão parar com isso. Enquanto não matarem um jogador ninguém vai fazer nada nesse País. E se os caras da Mancha ou o Vagner Love estivessem armados? Poderia acontecer algo muito pior”, alertou o zagueiro, que até relutou em dar sua opinião sobre o assunto já sabendo que ela não seria branda. “Eu tenho minha verdade que às vezes é melhor não dizer, mas ficam me cutucando e eu acabo falando. É isso que penso”, completou o zagueiro.<br /><br />Edmílson referia-se à briga entre o jogador palmeirense e três integrantes da organizada do clube num banco da cidade. Love teve parte da roupa rasgada e todos foram parar na delegacia.<br /><br />Edmílson clamou por um basta. Ele acredita ser função do Sindicato dos Atletas Profissionais posicionar-se em relação ao incidentes, condenando a apatia das autoridades competentes. <br /><br />“Não sei quem é o presidente do sindicato dos atletas, quem é o dono lá. Só sei que é descontado do meu pagamento. Alguma atitude tem de ser tomada. É capaz que agora (com essa declaração) queiram marcar uma reunião comigo”, disse. <br /><br />Rinaldo José Martorelli, presidente do sindicato que representa os atletas profissionais de São Paulo, criticou a reação de Edmílson, mas garantiu que a entidade está aberta para o jogador fazer suas reclamações. “Não me chateia ouvir isso. Como ele ficou muito tempo fora do Brasil, não conhece o nosso trabalho”, disse Martorelli, que espera um pedido dos jogadores do Palmeiras para intervir junto ao Ministério Público. “Já deixei recado para o Marcos (goleiro). Queremos ajudar”, admitiu. <br /><br /></font><font face=’Verdana’><font size=’2′><strong>Eu não recomendo<br /></strong><br />A relação do atleta com o torcedor é para Edmílson o principal obstáculo à volta de muitos jogadores ao Brasil. “Se algum amigo me perguntasse se vale a pena retornar, diria de jeito nenhum. Tudo o que você conquista em uma carreira lá fora é jogado fora numa partida em que você atua mal aqui. Você fica preocupado não em jogar bem, mas sim nas consequências de uma derrota. A exposição é grande demais no Brasil”, explicou.<br /><br />Edmílson voltou ao futebol brasileiro no início da temporada, depois de nove anos na Europa, onde defendeu Lyon, Barcelona e Villarreal. “Eu não me arrependo de ter retornado. Tenho meus projetos aqui. O Ronaldo voltou e está bem. O Roberto Carlos pode voltar também, mas eu não recomendo que voltem.”</font></font></font></p><p><font face=’Verdana’ size=’2′>Por Bruno Winckler<br />Jornal da Tarde, 03/12/2009</font></p><p><font face=’Verdana’ size=’2′></font></p>