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Está cada vez mais comum trabalhador pedir demissão para viver dos benefícios do governo

<div><font face=’Verdana’ size=’2′>Conversando com amigos, vejo que a corrup&ccedil;&atilde;o atingiu todos os n&iacute;veis sociais, morais e intelectuais. Se j&aacute; n&atilde;o &eacute; mais surpresa a pr&aacute;tica entre indiv&iacute;duos do alto escal&atilde;o, o que falar da classe mais humilde, que nunca p&ocirc;de ter a menor no&ccedil;&atilde;o de &eacute;tica e cidadania? N&atilde;o &eacute; preciso ir muito longe para perceber que a corrup&ccedil;&atilde;o est&aacute; generalizada. O pobre de hoje virou comodista, pois j&aacute; perdeu todos os seus sonhos e expectativas quanto a um futuro melhor. E como se n&atilde;o bastasse, percebeu que sem trabalhar consegue manter – e em alguns casos at&eacute; melhorar – o padr&atilde;o que tinha enquanto era um simples empregado. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>S&atilde;o cada vez mais comuns casos de trabalhadores que pedem para ser demitidos vislumbrando, por exemplo, o recebimento do seguro-desemprego, mesmo que por um pequeno per&iacute;odo. Nesse meio tempo, eles caem no mundo da informalidade fazendo alguns &quot;bicos&quot; e garantindo o sustento em casa. Outras vezes, chegam at&eacute; a arrumar um novo emprego, mas com a condi&ccedil;&atilde;o sine qua non de n&atilde;o serem registrados enquanto tiverem &quot;direito&quot; ao benef&iacute;cio. E assim, o que era para ser apenas uma &quot;assist&ecirc;ncia financeira&quot; excepcional, virou regra.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Infelizmente, essa corrup&ccedil;&atilde;o dos miser&aacute;veis tende a se expandir ainda mais. Outro dia, soube de uma hist&oacute;ria similar: O zelador de um pr&eacute;dio em Natal (RN) pediu a um amigo que intercedesse junto &agrave; administra&ccedil;&atilde;o do condom&iacute;nio onde trabalhava para que o demitissem. Estranhando o pedido – afinal, era com aquele emprego que o mesmo sustentava a esposa e os dois filhos -, o amigo quis saber o motivo. Qual n&atilde;o foi sua surpresa quando o colega lhe contou que seus dois cunhados desempregados, tamb&eacute;m em Natal, por conta da bolsa-escola, cart&atilde;o-cidad&atilde;o, cart&atilde;o-alimenta&ccedil;&atilde;o, vale-g&aacute;s, transporte gratuito, vale-refei&ccedil;&atilde;o (acreditem!) e demais benfeitorias dado a t&iacute;tulo de esmola pelo nosso probo governo, vivem melhor do que ele como zelador. O pior &eacute; que, se fizermos as contas, veremos que o trabalhador tem raz&atilde;o. Vejam:</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>- Bolsa-escola: R$ 175,00 para cada filho que freq&uuml;ente as aulas. Supondo que sejam somente dois, s&atilde;o R$ 350,00 (em dinheiro);</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>- Cart&atilde;o-cidad&atilde;o (cuja finalidade &eacute; restituir a cidadania): R$ 350,00 (tamb&eacute;m em dinheiro);</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>- Vale-g&aacute;s: R$ 70,00;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>- Transporte: R$ 8,00/dia. Considerando-se uma m&eacute;dia de quatro passagens di&aacute;rias, resulta em R$ 160,00;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>- Vale-refei&ccedil;&atilde;o: R$ 3,50/dia. Calculando-se para quatro pessoas (ele, a esposa e os dois filhos), soma R$ 420,00;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Total em dinheiro: R$ 700,00</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Total em servi&ccedil;os: R$ 650,00, equivalendo a R$ 1.350,00 mensais</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Motivo do pedido do zelador: O seu sal&aacute;rio acrescido de horas extras girava em torno de R$ 830,00. Como ele tem tr&ecirc;s filhos em idade escolar, descobriu ser mais vantajoso ficar desempregado e passar a fazer jus a todos esses benef&iacute;cios, j&aacute; que sua renda mensal subiria para aproximadamente R$ 1.525,00 – quase o dobro do que ganha trabalhando. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Hoje, com os supersal&aacute;rios recebidos, inclusive e principalmente por autoridades dos Tr&ecirc;s Poderes, quem poder&aacute; julg&aacute;-los? </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>E quem paga por isso? N&oacute;s trabalhadores, que batalhamos dia-a-dia para tentar garantir um m&iacute;nimo de dignidade para a nossa fam&iacute;lia. Sou favor&aacute;vel &agrave; distribui&ccedil;&atilde;o de renda, mas da forma como vem sendo conduzida &eacute; um exagero. Ou melhor, como diria Boris Casoy – expurgado dos canais de televis&atilde;o por se opor ao governo – &quot;&Eacute; uma vergonha!&quot;. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Por Sylvia Romano </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Advogada trabalhista, respons&aacute;vel pelo Sylvia Romano Consultores Associados, em S&atilde;o Paulo.</font> </div>

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