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ESTUDO PÕE BOLA, SÓ COMO PERFUMARIA, NA COTA DE TV

Imagine um campeonato virtual em que o time que fizer mais gols ganha uma premiação. Uma zaga bem fechada renderia recursos. Cada ponto seria bonificado com uma bolada. E até evitar pancadas nos rivais geraria dinheiro.
Em escala reduzida, essa realidade até foi ensaiada para a divisão do dinheiro da TV do Brasileiro, em estudos técnicos de consultorias contratadas pelo Clube dos 13. No total, são R$ 300 milhões anuais a serem divididos.
Mas, na prática, Corinthians e Flamengo devem concentrar mais as receitas, seguidos por Palmeiras, Vasco e São Paulo.
Se for respeitada a maior parte dos trabalhos, pouco mudará nas fatias dos bolos de televisão. Atualmente, os cinco ficam com com cerca de 50% do total da TV.
Nos bastidores, esses cinco clubes já começaram a se digladiar para manter ou aumentar seus quinhões. Isso deve gerar um racha na reunião do Clube dos 13, hoje, em São Paulo.
A pedido da entidade, as consultorias Informídia e TNS elaboraram estudos para sugerir uma nova divisão de contas. Teria três critérios: 1) participação fixa, baseada na tradição. 2) exposição de cada clube na mídia; 3) premiação por desempenho.
A primeira empresa sugeriu o conceito mais inovador, e mais questionado pelos cartolas. Do total a ser distribuído, 5% vai ser destinado à performance no Brasileiro, sendo 4,9% à pontuação.
Mas 0,1% seria dado aos melhores ataques, defesas e disciplina. O time mais goleador embolsaria 0,05% do total, ou R$ 150 mil. Melhor zaga e time com menos cartões dividiriam o mesmo valor.
Mas 95% do total seria destinado à participação (torcida, média de público, pay-per-view) e à exposição do time na televisão.
Somados os critérios, o Corinthians ficaria com 11,9% do total, 2% a mais do que o Flamengo. São Paulo, Palmeiras e Vasco teriam percentuais próximos, em torno de 6,7%.
Hoje, os cinco ganham a mesma coisa, em torno de 6,75% ou R$ 21 milhões. Os times cariocas e os são-paulinos protestam.
"Peso de renda e PIB da cidade do time não podem influenciar", ataca Eurico Miranda, do Vasco, que quer seguir ganhando a mesma coisa que os outros quatro.
Mais conservador, o estudo da TNS foi mais bem aceito por todos, e tem mais chance de emplacar. Mantém uma cota fixa, igual à atual, para 75% do total do dinheiro da TV. Separa 20% para o item de exposição de mídia. E também dá 5% para a performance no campeonato.
Por este critério, em 2005, o Corinthians saltaria de R$ 21 milhões de ganho para R$ 25,4 milhões. O Flamengo viria atrás, com R$ 22,3 milhões, R$ 1,3 milhão mais do que atualmente. São Paulo, Palmeiras e Vasco teriam perdas de receitas de até R$ 2 milhões, no caso tricolor.
Aplicado a 2004, o critério daria mais dinheiro ao Flamengo do que ao time de Parque São Jorge, pois o carioca teve mais jogos exibidos. Os outros três viriam em um degrau abaixo.
Dirigentes são-paulinos argumentam que não é possível que tenham índices de exibição em TV menores do que corintianos em 2005. Afinal, alegam que o Mundial teve maior repercussão do que o Brasileiro.
Sexto que mais recebe hoje, e que se manteria na mesma posição pelos estudos, o Santos defende maior participação da premiação na divisão da fatia.
"Acho que a participação no campeonato tem que ter maior peso. Sempre defendo isso", ressaltou o diretor santista Dagoberto Lopes. Seu time tem obtido posições favoráveis recentemente.
Times médios, como o Atlético-PR, apóiam a iniciativa. Pois só assim têm chances de crescer.
A questão será decidida em votação na Assembléia Geral do Clube dos 13, hoje. Vinte clubes associados votam.

Por Rodrigo Mattos (Folha de S. Paulo 13/03/20063)

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