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EXEMPLO DA COPA

Martorelli defende criação de zona mista no futebol brasileiro.
Presidente dos sindicatos dos atletas de SP diz que Copa deixou bons exemplos que poderiam ser utilizados no país.

O presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo, Rinaldo José Martorelli, acompanhou toda a primeira fase da Copa do Mundo na Alemanha e fez um balanço de medidas que poderiam ser adotadas nas organizações dos torneios nacionais para melhorarem as condições do espetáculo e de trabalho dos jogadores de futebol brasileiros.

Uma das sugestões é sobre o trabalho da imprensa em campeonatos nacionais. Para Martorelli, o ideal seria adotar o modelo das Copas do Mundo e dos torneios da Fifa. Com isso, a imprensa só teria acesso aos atletas após os jogos, na zona mista ou nas coletivas e não mais no gramado ou na entrada dos vestiários.

"Sei que isto não agrada a um setor da imprensa, mas evitaria muitos problemas que ocorrem aqui no país, como o de atletas e técnicos falarem de cabeça quente e dos conflitos entre repórteres e estes profissionais", diz o dirigente.

Martorelli lembra que "esta proposta não restringiria o trabalho da imprensa, ao contrário; garantiria o atendimento a todos os veículos com os trabalhos liberados na zona mista e na coletiva".

Outro fator destacado pelo presidente do sindicato como prejudicial ao espetáculo e pelo fraco nível técnico é o horário das partidas. Neste Mundial boa parte dos jogos foi realizada às 16h, com temperatura média acima dos 28 graus.

"Mesmo problema que acontece no Brasil, porém na Copa é mais complicado, pois a Fifa tem que atender exigências mercadológicas e às TVs de todo o mundo. Mas acho que aqui no país, sobretudo durante o horário de verão, os jogos deveriam ser jogados mais tarde, às 18h. Não é possível tem um bom espetáculo, com partidas disputadas às 15h, com temperatura acima dos 34 graus", avalia.

Craques no poder

Na opinião de Martorelli outro ponto positivo neste Mundial foi o ótimo trabalho do comitê organizador da Copa, presidido pelo ex-jogador Franz Beckenbauer. Para ele, isso comprova a competência dos ex-boleiros como cartolas e vislumbra a possibilidade de ex-craques assumirem o comando de entidades importantes do futebol, como a Fifa a Uefa e a CBF.

"Platini já havia feito ótimo trabalho em 1998 na França, agora foi a vez de Beckenbauer. E seria ótimo se estes ex-atletas pudessem assumir a presidência da Fifa ou da Uefa, pois por já terem vivido todas as dificuldades como jogadores, poderiam melhorar muito a administração destas entidades", projeta.

Gramado sintético

Na avaliação do sindicalista, uma mudança sugerida pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter, que preocupa é a da adoção dos gramados sintéticos para os próximos mundiais e já em algumas praças esportivas.

"Sou reticente neste sentido, porque a Fifa não pode se preocupar apenas com o estado do gramado sem se atentar com a nova a situação dos atletas. É necessário se fazer um estudo aprofundado para se saber se os jogadores seriam prejudicados ou beneficiados em relação ao número de contusões e outras conseqüências geradas por jogar neste novo tipo de piso", diz.

Ainda segundo Martorelli, a integridade física e a seqüência da carreira dos donos do espetáculo não podem ser negligenciadas pela Fifa, para se melhorar a condição de disputa de torneios em alguns países, em apenas algumas épocas do ano.

Por Wendel Caballero de Mello (Cidade do Futebol)

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