Redação Sapesp (Com FIFPRO)
Por Fábio Giannelli
São Paulo (SP) – Preocupada com as condições precárias de alguns gramados pelo mundo afora, principalmente em países com menor poder de investimentos no esporte, a FIFPro realizou um estudo com 1.250 jogadores em todo o mundo para saber as reais condições dos gramados e a opinião dos atletas sobre o tema.
Nos últimos anos, a FIFPro buscou estreitar relações com a FIFA afim de melhorar a qualidade das superfícies do jogo. A FIFPro sempre lutou para que os atletas tenham a melhor condição de trabalho possível, melhorando a técnica de jogo além de ser um dos principais aliados contra o risco de contusões.
O estudo foi realizado em parceria com a Universidade de Loughborough (Reino Unido), que cuidou de toda estrutura da pesquisa.
FIFPRO AMÉRICA REALIZA ESTUDO NO CHILE
Durante as partidas do II Torneio de Jogadores Livres, realizado pela FIFPro América na última semana, no Chile, um total de 86 jogadores participou no estudo. Atletas de Chile, Brasil, Argentina, Uruguai e Peru ficaram entusiasmados com a possibilidade de expressar suas opiniões e darem sugestões em um dos elementos de maior impacto no rendimento: o campo.
"Os atletas tiveram a oportunidade de falar, debater o tema. É um assunto completamente pertinente, de segurança do atleta e que em breve será tratado no Brasil através da Fenapaf", afirmou Martorelli, que em 2011 assumiu o sindicato nacional e a divisão América da FIFPro.
Já o holandês Tijs Tummers, secretário do comitê técnico da FIFPro e que também esteve no Chile, falou "A ideia é saber em detalhes o que os jogadores consideram um campo de jogo ideal. Além disso, as diferenças enormes entre os campos naturais e a aceitação dos campos artificiais".
FIFA AGRADECE FIFPRO AMÉRICA
Em Zurique, o diretor do programa das superfícies de jogo da FIFA, Stuart Larman, comemorou a participação dos jogadores sulamericanos na pesquisa que aconteceu durante o torneio FIFPro América.
"O estudo é muito importante pois tentamos melhorar no mundo inteiro a qualidade da superfície do jogo para os jogadores, seja ele natural ou artificial. A informação que nós recebemos modelará a nossa investigação futura e às recomendações para a preparação do campo", elogiou Larman, que emendou.
"As respostas obtidas com sucesso no Torneio FIFPro América nos fornece uma visão original do que os jogadores da América do Sul consideram como uma boa ou má superfície do jogo. A FIFA é grata a FIFPro e a União Chilena de jogadores de futebol (SIFUP) por toda colaboração. Esperamos que outros membros de FIFPro de outras partes do mundo demostrem o mesmo grau de compromisso", finalizou o dirigente, que pertence ao mais alto escalão do futebol mundial.