<div><span style=’FONT-SIZE: 10pt; COLOR: #333333′>Não é a primeira vez que acontece, mas, a escolha das partidas finais para Vila Belmiro e Pacaembu demonstra uma vez mais o despreparo e a irresponsabilidade de nossos dirigentes.<br /><br /></span></div><div><span style=’FONT-SIZE: 10pt; COLOR: #333333′>Primeiro, pelo aspecto da segurança, seja para os torcedores ou atletas. O espaço reduzido, tanto no estádio como no entorno, apresentado principalmente na Vila Belmiro põe em risco a vida de muitas pessoas considerando a rivalidade protagonizada pelas torcidas que, por si só, deveria ser ponto de relevância para que se tomasse outra decisão a esse respeito.<br /><br /></span></div><div><span style=’FONT-SIZE: 10pt; COLOR: #333333′>Segundo, se analisarmos a capacidade física da Vila Belmiro (cerca de 18.000 lugares) e Pacaembu (cerca de 34.500) percebemos que o prejuízo financeiro, ou melhor, a incapacidade de um ganho maior sob a infeliz justificativa da busca de resultado esportivo favorável, tanto para Santos quanto para o Corinthians é decisão tacanha que nos dá a certeza que estamos longe, muito longe do caminho ideal. É sempre muito mais fácil reclamar da legislação que os atletas saem e os clubes não lucram, que, aliás, é uma grande mentira.</span></div><div><span style=’FONT-SIZE: 10pt; COLOR: #333333′><br />Culpar a Lei Pelé é uma tática que está mais do que ultrapassada, mas que não deixa de ser sempre usada, diferente do que acontece com os fatos mostrados que mostram o despreparo dos dirigentes, e esse é só mais um deles.</span></div><div><span style=’FONT-SIZE: 10pt; COLOR: #333333′><br />Deixar de jogar no Morumbi (capacidade 68.000 lugares), sob qual pretexto se pretenda, é a mostra mais clara de burrice e irresponsabilidade no trato com as coisas do futebol; como se lá houvesse algum favorito no campo de jogo, ou se as condições de trabalho da polícia na repressão da violência não fossem mais, muito mais favoráveis.</span></div><div><span style=’FONT-SIZE: 10pt; COLOR: #333333′><br />O pior é que entra ano, sai ano e as coisas tendem a permanecer assim, porque essa atitude absurda não é um desprivilegio dos dirigentes dos times em questão; não há entre seus pares uma mente arejada capaz de raciocinar com coerência e responsabilidade que o esporte necessita. </span></div><div> </div><div><span style=’FONT-SIZE: 10pt; COLOR: #333333′>Cada vez temos mais a certeza que estamos no caminho certo na condução do nosso trabalho quando pedimos a profissionalização do gerenciamento esportivo e a responsabilização civil e criminal daqueles que assinam pelos clubes. Só com esses dois aspectos teríamos a sonhada mudança na organização do futebol.</span></div><div><span style=’FONT-SIZE: 10pt; COLOR: #333333′><br />Quem sabe algum dia alguém coloca mão firme nisso. Enquanto não acontece ficamos na “torcida”.</span></div><div> </div><div><span style=’FONT-SIZE: 10pt; COLOR: #333333′>Rinaldo Martorelli</span></div><div><span style=’FONT-SIZE: 10pt; COLOR: #333333′>Presidente do Sapesp</span></div>