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Joaquim Evangelista manda presidente da Liga “ir dar aula em universidade”

Redação Sapesp

Os jogadores da União de Leiria, que nesta semana ameaçaram entrar em greve,  acertaram a rescisão de contrato em massa, anunciou o Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol do país. Ao todo 16 atletas deixaram o clube nesta sexta-feira. 

A situação chegou ao ponto de, no treino de sábado, apenas três atletas terem se apresentado para as atividades – dois cedidos pelo Benfica (Shaffer e Djaniny) e o goleiro Gottardi (que está lesionado). A sociedade anônima desportiva (SAD) da agremiação não reconheceu as rescisões e convocou todos para o jogo de domingo, mas o Sindicato dos Jogadores Profissionais já garantiu que os atletas não vão a campo.

Segurando a lanterna da competição, o União de Leiria ainda terá pela frente Benfica e FC Porto, e uma possível greve ou W.O, afetariam diretamente a disputa do título e lisura da competição.

Sem receber salários há cinco meses, jogadores se reuniram e mais uma vez solicitaram ajuda do Sindicato  local na última semana. As consquências tem sido graves para os jogadores no âmbiro pessoal, alguns chegando até a revelar problemas familiares. No entanto, os pedidos feitos a diretores do União de Leiria e da Liga foram todos em vão.

"Apesar de ser informado da gravidade da situação, a Liga de Futebol Profissional Português nunca tomou uma posição pública, nem forneceu uma solução para ajudar a minimizar este problema", disse Joaquim Evangelista presidente do SJPF (Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol), ao site da FIFPRO.

De acordo com Evangelista, há mais clubes que enfrentam semelhantes problemas financeiros, como Vitória de Guimarães e Setúbal Vitória (ambos da primeira liga), Leixões e Belenenses (ambos segunda liga) também tem problemas sérios de caixa em 2012.

“O principal responsável pelo que se está a passar é o presidente da SAD da União de Leiria. Mas isso não impede que este seja um problema que afeta outros clubes, a classificação e a verdade desportiva, pelo que o presidente da Liga não pode lavar as mãos”, realçou.

Joaquim Evangelista declara ainda que o principal fator que determinou o insucesso das negociações com Liga foi a “recusa do seu presidente em assumir uma dívida do Leiria”. “O problema é que a dívida é do Leiria, mas as consequências sobram para outros clubes e para o campeonato. Na Espanha isto seria impossível de acontecer, porque a Liga avança com o pagamento e depois acerta com o clube devedor. Ou retendo-lhe receitas, ou de outra forma coerciva, ou mesmo permitindo que outro clube a pague e assuma o lugar no campeonato, despromovendo o infrator”.

Sobre a alegada irregularidade processual no pré-aviso de greve, que não teria sido feito com os cinco dias úteis de antecedência, o presidente do SJPF diz que “já ninguém tem paciência para orgasmos intelectuais. Se é este tipo de pormenores que preocupa o presidente da Liga que vá dar aulas para a universidade. Os jogadores não querem saber de questões processuais, querem o problema resolvido e estão desesperados por não receberem há cinco e seis meses. Eles não querem jogar com o Feirense, metam isso na cabeça. E resolvam o assunto de uma vez por todas. Resolvam este, mas de forma a que, ao resolverem-no, resolvem o problema de fundo e para todos os clubes”, finalizou.

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