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Jogadores bolivianos pedem intervenção do presidente Evo Morales no futebol


Redação Sapesp (com FIFPRO)

Santa Cruz de la Sierra  (BOL) – O comemorado empate frente a Argentina  na última sexta-feira (11), em jogo válido pelas eliminatórias da Copa 2014, significou muito mais que o primeiro pontinho na tabela para a seleção boliviana de futebol. Foi um resultado de superação, diante do caos vivido pelo país dentro das quatro linhas.

Prova disso foi a carta assinada antes do confronto pelos 24 jogadores convocados ao presidente Evo Morales, com apoio dos clubes do país, solicitando uma audiência para que haja intervenção do Estado no futebol local. 
 

A carta solicitando o encontro foi escrita em Santa Cruz de la Sierra. O documento foi assinado por todos os 24 jogadores convocados para o time nacional atual e também é apoiado por doze equipes da liga nacional.

"Queremos que o estado trabalhe em conjunto com o futebol e traga alguma ordem nisto. Jogadores de futebol são as únicas pessoas que se levantam em tempos de crise. Então eles decidiram dar um lembrete do documento apresentado em 2009, que ainda não teve resposta da gestão. É por isso que estamos pedindo ao Governo para intervir no futebol ", disse David Paniagua, secretário-geral do sindicato dos atletas profissionais da Bolívia. (Fabol).

 
Na opinião do sindicalista, as gestões são as verdadeiras culpadas pelo estado atual do futebol no país: "Estamos na parte inferior da classificação para a Copa de 2014 no Brasil. Desde 2001, nossos clubes foram eliminados durante a primeira etapa da Copa Libertadores de América. ", argumentou o dirigente ao site oficial da FIFPRO (Sindicato Mundial de Atletas).

"Tendo em conta esta realidade cruel e miserável, estamos pedindo uma audiência pública o mais rapidamente possível com Sua Excelência, o Presidente do Estado Plurinacional da Bolívia, Don Evo Morales Ayma, para que possamos pedir-lhe de uma vez por todas para intervir no futebol – como todos os governos dos outros países têm feito – ao fornecer os mecanismos e os recursos econômicos necessários para o nosso futebol e assumir com mais importância seu desenvolvimento ", diz o documento.

Ele também busca a aprovação de leis que permitirão que o Governo investigue sobre o trabalho dos executivos, que devem ser obrigados a cumprir os regulamentos do clube em vigor. "Esta será a única forma de competir em igualdade de condições", finalizou Paniagua.

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