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Manaus foi a primeira de quatro cidades escolhidas para a realização do 'Projeto de Avaliação do Impacto Fisiológico da Sobrecarga Térmica em Jogadores de Futebol Profissional', que é realizado pelo Sindicado de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo (Sapesp), a Federação Nacional de Atletas Profissionais (Fenapaf) e a Federação Internacional de Futebolistas (FIFPro). O projeto também passará por Fortaleza, Brasília e São Paulo, e todos os dados serão encaminhados para a Fifa, com o intuito de chamar à atenção da entidade máxima do futebol para os riscos de jogos em horários impróprios à integridade física dos atletas.
O primeiro 'jogo simulatório', que serviu como estudo para os membros do projeto, aconteceu na tarde desta quinta-feira (11), no CT Barbosa Filho, Zona Leste da cidade, em um amistoso entre os jogadores do Nacional-AM que não viajaram para Campinas, na partida pela Copa do Brasil, e um selecionado do Exército.
Durante a Copa das Confederações, que terminou no último dia 30 de junho, foi observado que os times europeus (Espanha e Itália) sofreram com a temperatura elevada nos jogos realizados em Recife, Salvador e Fortaleza, mesmo essas cidades estando situadas em regiões litorâneas.
– Com um monitor que pega um sinal de radiofrequência do sensor, a gente pode medir a temperatura do atleta enquanto ele atua. De quinze em quinze minutos, a equipe de pesquisadores entra em campo, sem interromper o jogo, e faz uma análise rápida do estado do atleta. A temperatura normal de cada um é 37,5 graus. E a partida de hoje (quinta) foi proveitosa para o nosso estudo. Todos os atletas colaboraram, e isso ajudou a conseguir sucesso nesse primeiro estágio do projeto – sublinhou.
Quando a temperatura do corpo ultrapassa 40 graus surgem sintomas considerados inconvenientes e perigosos, como: ânsia de vômito, tontura e o mal estar. Além disso, o estudo com os jogadores em Manaus também evidencia a exposição não apenas a alta temperatura, mas também a umidade relativa do ar. Em alguns dias do ano, a cidade registra uma incidência acima de 90%.
– Quanto mais úmido é o ar ambiente, mais dificuldade se tem de evaporar o suor e, consequentemente, mais difícil é resfriar o corpo. Então, aqui (em Manaus) a umidade relativa do ar é uma das preocupações. Registramos e medimos isso também. É algo que deve ser levado em consideração – emendou Turíbio, antes de reforçar a necessidade de parada técnica nos confrontos destinados ao Amazonas.
– Eu acredito que a importância da parada técnica era uma coisa já esperada, por todos os fatores identificados, e com toda a certeza é uma intervenção que merece ser considerada extremamente importante..