O zagueiro Júnior Baiano ganhou ação trabalhista movida contra Inter. O recurso, embora parcial e passível de recurso, foi concedido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). O parecer descaracteriza a demissão por justa causa imposta pelo clube ao jogador, em 2002, amparada por sentença da 7ª Vara do Trabalho de Porto Alegre. A decisão determina o pagamento de verbas rescisórias e multa contratual no valor de R$ 2,5 milhões. O Departamento Jurídico do Inter trabalha para evitar o pagamento da pena.
O parecer do TST anula decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (com jurisdição no Rio Grande do Sul), que havia validado a dispensa do zagueiro na ocasião.
De acordo com o ministro Horácio Pires, não ficou evidente a indisciplina e insubordinação apontadas para a sua dispensa.
Júnior Baiano chegou ao Inter para a temporada de 2002, com salários de R$ 25 mil mensais. No dia 21 de agosto, foi intimado para uma audiência na 1ª Vara de Família e Sucessões da Regional 1 de São Paulo. Na mesma data, o clube jogaria pelo Campeonato Brasileiro, no Maracanã, contra o Botafogo.
O zagueiro não foi liberado da audiência e lá compareceu, tendo embarcado em seguida para o Rio de Janeiro e chegado ao Maracanã minutos após o início da preleção do técnico do Inter. O fato não impediu que o jogador fosse relacionado para o banco de reservas, cujo resultado foi empate (2×2). Após a partida, seguiu para a residência de sua família e não para o hotel da delegação.
No dia seguinte, embarcou atrasado para Porto Alegre e não participou do treino.
A diretoria comunicou ao atleta, na mesma data, seu desligamento por justa causa, o que provocou o ajuizamento de reclamação trabalhista pelo jogador.
Do site Pelé.Net