RAFAEL REIS
O técnico Gilson Kleina tinha a intenção de transformar o rebaixamento prematuro em vantagem na preparação do Palmeiras para 2013.
Mas, devido a uma decisão judicial, não poderá antecipar as férias dos titulares e consequentemente iniciar mais cedo a preparação para o Paulista e a Libertadores.
A lei prevê que o período de 30 dias de férias de jogadores de clubes que disputaram a Série A começa um dia após o fim do campeonato.
Ou seja, mesmo rebaixado com duas rodadas de antecedência para a segunda divisão nacional, o Palmeiras só poderá liberar os atletas para recesso em 3 de dezembro.
A multa para o time que descumprir essa ordem judicial é de R$ 10.000 por jogador a cada dia de violação.
Clubes com calendários excepcionais, como o Corinthians, que só terminará sua participação no Mundial de Clubes no dia 16, precisam de autorização para fugir dessa janela obrigatória de férias.
Mas o Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo, que poderia dar esse aval ao Palmeiras, já afirma que não acatará esse pedido.
"A gente tem que preservar a integridade da competição. Se a gente permite que o Palmeiras saia de férias mais cedo, a gente prejudica os outros clubes. Queremos dar a igualdade que a organização do campeonato não dá", disse o presidente da entidade, Rinaldo Martorelli.
O desejo de antecipação de férias foi revelado por Kleina em entrevista à TV Bandeirantes. O plano do treinador era liberar os principais jogadores do time para tê-los à disposição logo após o Natal.
Os times da Série A do Brasileiro só iniciarão os treinos na primeira semana de 2013.
A rodada inaugural do Paulista está marcada para 19 e 20 de janeiro. O Palmeiras estreia contra o Bragantino.
"Não tem jeito. Esse é um assunto que não pode ser tratado com leviandade, porque podemos ser multados", afirmou o vice Roberto Frizzo.
Mesmo sem poder antecipar férias, Kleina deve escalar contra o Atlético-GO um time de garotos para observá-los visando o próximo ano.