NOTÍCIAS

NULL

Justiça Desportiva: Martorelli ataca clubes, governo e legislação

<div><font face=’Verdana’ size=’2′>&ldquo;Passei a vida sendo chamado de frangueiro, mas n&atilde;o posso criticar um juiz que deu senten&ccedil;a errada&rdquo;. Em tom de desabafo e contesta&ccedil;&atilde;o, o ex-goleiro e presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de S&atilde;o Paulo (Sapesp), Rinaldo Jos&eacute; Martorelli, faz do microfone uma &ldquo;metralhadora girat&oacute;ria&rdquo; nas palestras sobre Direito Desportivo que ministra Pa&iacute;s afora.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Luvas e chuteiras penduradas h&aacute; 13 anos, o ex-goleiro do Palmeiras – com breve passagem pelo Noroeste -, foi diplomado em Direito ap&oacute;s se afastar dos gramados. P&oacute;s-graduado em Direito Desportivo, exerce fun&ccedil;&otilde;es em importantes institui&ccedil;&otilde;es do setor, entre elas a de membro titular do Comit&ecirc; de Lit&iacute;gios da Fifa. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>A veia sindicalista &eacute; presente nas suas confer&ecirc;ncias, e n&atilde;o foi diferente em Bauru, onde participou do Congresso Nacional de Educa&ccedil;&atilde;o F&iacute;sica, promovido, no final de setembro, no audit&oacute;rio do Sesc, por estudantes da disciplina da Unesp. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Sem poupar farpas ao atual modelo de gest&atilde;o (ou &agrave; inexist&ecirc;ncia dele) no futebol brasileiro, tampouco ao incentivo governamental, em tese, aos esportes ol&iacute;mpicos, Martorelli pautou o discurso em prol da profiss&atilde;o que exerceu por 22 anos.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><strong><font face=’Verdana’ size=’2′>Lei Pel&eacute;</font></strong></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Sob a &oacute;tica do ex-jogador, a dificuldade dos clubes em digerir a legisla&ccedil;&atilde;o que enterrou o antigo passe resulta da acomoda&ccedil;&atilde;o dos times. &ldquo;Os clubes, t&atilde;o acostumados a essa &lsquo;muleta&rsquo; financeira, n&atilde;o se prepararam e n&atilde;o se preparam, preferem reclamar&rdquo;, disse em entrevista ao JC. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>A liga&ccedil;&atilde;o, feita pela maioria dos dirigentes e torcedores, entre o fim do passe e o &ecirc;xodo de atletas para o exterior, na opini&atilde;o de Martorelli, &eacute; descabida. Para ele, al&eacute;m da falta de adapta&ccedil;&atilde;o do futebol brasileiro &agrave; normatiza&ccedil;&atilde;o, o Pa&iacute;s ainda sustenta a &ldquo;cultura da morda&ccedil;a&rdquo;. &ldquo;As pessoas querem suas liberdades, mas n&atilde;o se importam com a liberdade dos outros. Todos buscam melhor proposta de emprego&rdquo;, defende Martorelli, que prega: &ldquo;Alto sal&aacute;rio n&atilde;o significa exce&ccedil;&atilde;o de direitos.&rdquo;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><strong><font face=’Verdana’ size=’2′>Ingest&atilde;o</font></strong></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Ele atribui falta de afinidade, amadorismo e contradi&ccedil;&otilde;es do Governo com o setor. &ldquo;Cada vez que o presidente se manifesta, fica claro que n&atilde;o tem nenhum conhecimento da &aacute;rea. Ele tem o foco no amparo &agrave;s classes menos favorecidas. S&oacute; que no esporte, sempre luta pelo patr&atilde;o&rdquo;, protesta. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Para o sindicalista, o dito esporte amador tem incentivo financeiro do Governo Federal, apesar de contratos &ldquo;obscuros&rdquo; firmados entre clubes/empresa e atletas. &ldquo;O futebol concentra recursos, sem monopolizar dinheiro p&uacute;blico, exceto a recente Timemania&rdquo;, considera. &ldquo;O seu Nuzzman (Carlos Arthur, presidente do COB) colocou essa obrigatoriedade para pegar recursos p&uacute;blicos. Em S&atilde;o Caetano tem o v&ocirc;lei, onde as meninas s&atilde;o contratadas mediante agente. N&atilde;o h&aacute; assinatura de jogadora, algo sem l&oacute;gica&rdquo;, exemplifica.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><strong><font face=’Verdana’ size=’2′>Legisla&ccedil;&atilde;o</font></strong></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Em suas palavras, algumas senten&ccedil;as s&atilde;o tidas como &ldquo;burras&rdquo;. Ele cita o epis&oacute;dio envolvendo o atacante Leandro Amaral, for&ccedil;ado pela Justi&ccedil;a a voltar para o Vasco ap&oacute;s ser contratado pelo Fluminense. &ldquo;O Leandro foi obrigado a trabalhar para o Vasco&rdquo;, reprova. &ldquo;Se o atleta deu causa ao rompimento de contrato, o clube tem de ser indenizado&rdquo;, pondera. &ldquo;Mas ele (jogador) n&atilde;o &eacute; obrigado a trabalhar para quem n&atilde;o quer&rdquo;, ressalva.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>As legisla&ccedil;&otilde;es falham tamb&eacute;m, acentua, nas puni&ccedil;&otilde;es em casos de doping. Ao inv&eacute;s de recuper&aacute;-lo, contesta Martorelli, a lei incentivaria reincid&ecirc;ncia e at&eacute; mesmo o agravamento de situa&ccedil;&otilde;es. &ldquo;Ao inv&eacute;s de ser retirado do ambiente de trabalho, que lhe d&aacute; sustento, ele (atleta) tinha que ser mandado para tratamento&rdquo;, defende. &ldquo;Mas a&iacute; (os tribunais) v&atilde;o l&aacute; e d&atilde;o dois anos de penalidade. Ele vai fazer o que. Matar e roubar?&rdquo;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><strong><font face=’Verdana’ size=’2′>Extenua&ccedil;&atilde;o</font></strong></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Falando a estudantes da &aacute;rea, Martorelli, que chegou a freq&uuml;entar o curso, atribuiu &agrave; m&aacute; forma&ccedil;&atilde;o &agrave;s les&otilde;es dos atletas. &ldquo;Tinha preparador f&iacute;sico que arrebentava jogador, at&eacute; hoje tem&rdquo;, relaciona. &ldquo;Estourava tend&atilde;o, joelho, porque achavam que aplicar o treino era sobrecarregar o atleta&rdquo;, condena.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Al&eacute;m da sobrecarga, os jogos realizados sob sol escaldante foram lembrados pelo ex-goleiro, que, como sindicalista, recorda seu papel decisivo na implanta&ccedil;&atilde;o dos intervalos para reidrata&ccedil;&atilde;o observados no &uacute;ltimo Campeonato Paulista.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Apesar dos riscos aos jogadores atestada por especialistas, organizadores diretos e indiretos da disputa, a princ&iacute;pio, recha&ccedil;aram a iniciativa, diz. &ldquo;Fui na Federa&ccedil;&atilde;o e n&atilde;o queriam. Ent&atilde;o falei assim: Vou sair e falar para a imprensa que a responsabilidade &eacute; da Globo e Federa&ccedil;&atilde;o Paulista&rdquo;, revelou. &ldquo;Ap&oacute;s isso, ent&atilde;o, ficou certo uma vez (durante o jogo) e, no ano que vem, duas&rdquo;, antecipa. &ldquo;Tem que ser assim no Brasil&rdquo;, lamenta.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><strong><font face=’Verdana’ size=’2′>Do campo ao j&uacute;ri</font></strong></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Martorelli &eacute; lembrado pela maioria dos torcedores por sua trajet&oacute;ria no Palmeiras, clube que defendeu entre 1979 e 1988, numa &eacute;poca escassa de t&iacute;tulos no Palestra It&aacute;lia.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Apesar de cotado, nos anos 80, entre os melhores do Pa&iacute;s, o goleiro defendeu o clube numa &eacute;poca triste para a torcida palmeirense, que vivenciava um jejum de t&iacute;tulos, quebrado apenas em 1993, cinco anos ap&oacute;s deixar o Parque Antarctica. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Tanto a sa&iacute;da do clube quanto o encerramento precoce da carreira s&atilde;o atribu&iacute;dos por ele mesmo &agrave; postura incisiva que adotava, j&aacute; como atleta, nas discuss&otilde;es trabalhistas com dirigentes. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Ap&oacute;s comprar o pr&oacute;prio passe – auxiliou na luta para extingu&iacute;-lo, se desvinculou do Palmeiras, em 1988, e rodou por clubes como Portuguesa, Goi&aacute;s, Taubat&eacute; e passando pelo Noroeste, em 1994. Dos tempos de Alvirrubro, o ex-goleiro recorda um fator que o municiou na luta por melhores condi&ccedil;&otilde;es de trabalho aos atletas. &ldquo;Jogar sob o sol em Bauru, &agrave;s 4h da tarde n&atilde;o &eacute; f&aacute;cil&rdquo;, lembra.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>&nbsp;</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Por Luiz Beltramin </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Jornal da Cidade (Bauru), 06/10/2008</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>www.jcnet.com.br</font></div><div>&nbsp;</div>

Compartilhar:

+ NOTÍCIAS

Social

WhatsApp Image 2025-04-23 at 16.10.37 (1)

Sindicato de Atletas SP recebe visita de representantes do projeto social Meninas em Campo

Institucional

CONVITE-A4-INDIVIDUAL

Premiação A4

Institucional

B81A5860 copiar

Sindicato abre 45 vagas de trabalho para atletas acima de 23 anos e anuncia premiação da Bezinha