NOTÍCIAS

NULL

Justiça ou realização

<P>Analisemos a seguinte situação:<BR>Um Desembargador em cuja Câmara não possui um processo sequer atrasado, exerce a função auditor de um Tribunal Desportivo, fora de seu horário de trabalho, em trabalho voluntário, não recebendo qualquer remuneração para tal fato. Poderá fazê-lo?<BR>&nbsp;<BR>A questão tratada pelo Conselho Nacional de Justiça, ao analisar a possibilidade do Presidente do Superior&nbsp; Tribunal de Justiça Desportiva por acumular seu cargo juntamente com o de Desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, nos leva a crer que se instalou um novo grau de jurisdição no ordenamento jurídico vigente, e como tal, tomando decisões não para criar paradigmas para situações existentes ou que venham a ocorrer, mas sim para dirimir questões individuais. No caso de se tomar uma decisão pluralista e imparcial como ficariam os magistrados que integram o CNJ? </P><P>Ainda uma outra questão, o que temos de novo na legislação sobre o assunto? Não tem nada de novo, de novo somente uma decisão tomada pelo presidente do STJD que não tinha como agradar a todos. </P><P>Talvez se ao invés do Desembargador Luis Zveiter estivesse uma pessoa com o carisma do falecido Betinho, toda a discussão sobre a legalidade do fato, não estaria ocorrendo.<BR>Assim a indagação que nos resta: o CNJ não está procedendo a um julgamento jurídico ou político?<BR>&nbsp;<BR>A celeuma levantada pela anulação dos onze jogos do Campeonato Brasileiro, levou&nbsp; diversos torcedores e jornalistas a questionarem a legalidade da decisão. Pesquisas sobre o caso constataram que a maioria da população declarou-se favorável à medida. Agora, o que se constata pelos textos jornalísticos é o seguinte raciocínio: tudo bem que era a decisão correta, mas o Zveiter não podia ter feito o que fez….<BR>&nbsp;<BR>Oras as maiores lições do inigualável jurista brasileiro, Rui Barbosa, são no sentido de que Justiça tardia é injustiça, e que entre o legal e o justo devemos escolher sempre o justo. <BR>&nbsp;<BR>Não podemos aceitar que um órgão de tamanha importância como o Conselho Nacional de Justiça passe a tratar de assuntos banais. A orientação que deve emanar do CNJ não é analisar se o Desembargador Luis Zveiter pode ou não acumular os cargos de Desembargador do TJ com o de auditor do STJD, mas sim, a de determinar que todo o magistrado que seja síndico de condomínio, conselheiro de associações, voluntário em ONG, etc, deva se afastar.<BR>&nbsp;<BR>Mais um aspecto: a questão clubística pode prevalecer sobre a jurídica, já que é sabido que existe conselheiro que é torcedor do time que supostamente teria sido prejudicado pela decisão do STJD e está disposto à retaliação? <BR>&nbsp;<BR>A justiça é cega, e como tal deve sê-lo cada um dos membros do CNJ. A única decisão que se pode ter como correta do CNJ é no sentido de expedir ato normativo regulamentando toda a questão inerente ao engajamento dos magistrados junto às entidades civis, do contrário, estarão os membros do CNJ aplicando apenas a justiça dos torcedores, esta baseada apenas em critérios passionais. </P><P>Sobre esta questão Dr. Paulo Schmitti que é membro da Comissão de Estudos Jurídicos Desportivos do Ministério do Esporte e da Comissão Especial incumbida da elaboração do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, entre outras importantes funções que exerce na área jurídica desportiva,&nbsp; desenvolveu um trabalho que está disponibilizado no site do Sapesp.</P><P>Da redação.<BR></P>

Compartilhar:

+ NOTÍCIAS

Social

WhatsApp Image 2025-04-23 at 16.10.37 (1)

Sindicato de Atletas SP recebe visita de representantes do projeto social Meninas em Campo

Institucional

CONVITE-A4-INDIVIDUAL

Premiação A4

Institucional

B81A5860 copiar

Sindicato abre 45 vagas de trabalho para atletas acima de 23 anos e anuncia premiação da Bezinha