MILÃO (Reuters) – A Liga Italiana fez uma proposta de paz aos jogadores de futebol do país nesta quinta-feira, com a qual espera encerrar uma ameaça de greve que adiou o início dos jogos da Série A, previstos para começar no último fim de semana. A Liga Série A, representando os 20 clubes da primeira divisão, disse num comunicado que está disposta a implementar seis novas medidas, que em princípio foram aprovadas com o Sindicato dos Jogadores Italianos (AIC) em dezembro. A entidade acrescentou que também está preparada para se encontrar com o AIC mais uma vez para negociar o chamado artigo sete, que diz respeito a jogadores não mais desejados por seus clubes — o principal ponto de divergência. O presidente do AIC, Damiano Tommasi, disse querer tempo para avaliar a nova proposta. "Avançamos um grande passo", disse o presidente do Napoli, Aurelio De Laurentiis, a jornalistas após a reunião de quinta-feira. "Se houver qualquer tipo de greve depois disso, será somente por causa de Tommasi."
O AIC quer uma garantia de que os jogadores não mais desejados por seus clubes sejam autorizados a treinar com o time principal até o fim de seus contratos. Os clubes dizem que a decisão cabe aos técnicos de cada clube.
A Liga e o AIC têm recebido críticas pela greve. O presidente da federação italiana, Giancarlo Abete, disse estar impressionado sobre como o artigo sete atraiu tanta atenção.Muitos italianos consideram a greve inútil e responsabilizam tanto a Liga como os jogadores. Em seu comunicado, a Liga acrescentou que propôs que Abete tenha a palavra final, caso os lados não cheguem a um acordo sobre o artigo sete. Um acordo coletivo anterior expirou no final da temporada 2009/2010 e as negociações para sua renovação se arrastaram durante a temporada passada.
As greves foram evitadas por pouco em duas ocasiões. A segunda foi em dezembro, quando houve um acordo pelo qual o AIC acreditava ter resolvido a questão.