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Mais rápido, mais alto, mais forte: Lições Olímpicas para a Filantropia

Vinda da Grécia antiga, a palavra filantropia aponta para semelhanças com os Jogos Olímpicos. E há muito o que os filantropos e investidores sociais podem aprender com os atletas cuja ambição e tenacidade os levaram para Londres em 2012. Inspirada pelos cinco anéis – simbolizando os cinco continentes que participam –, Caroline Fiennes compartilha na Revista Alliance cinco lições dos jogos.

Atletas escolhem um esporte e o praticam por muitos anos sem dispersão, até que se tornam excelentes. É a seletividade que lhes permite sobressair. Grandes doadores se concentram da mesma maneira. O Wellcome Trust – maior instituição de filantropia do Reino Unido – funciona apenas para “melhorias extraordinárias na saúde humana e animal”. A Fundação Gates, a maior instituição doadora de todos os tempos, concentra-se em apenas três questões: saúde global, desenvolvimento internacional e ensino secundário e pós-secundário nos Estados Unidos. A Fundação Shell – uma das raras fundações que publicam detalhes sobre suas falhas – acredita que o foco em apenas uma questão (no seu caso, desenvolvimento de empresas sociais que trabalham com questões ambientais) permitiu-lhe saber o que não estava funcionando. Sua taxa de sucesso, portanto, quadruplicou-se ao longo do tempo.

Onde está o alvo?

Saber se você está obtendo sucesso e melhorar sua prática é fácil no salto em arco ou na natação. Por isso, os atletas sabem se os ajustes à sua técnica estão corretos. O feedback é curto e claro, como poucos doadores têm. Seus objetivos podem ser de longo prazo (por exemplo, encontrar curas para o câncer), seu impacto pode ser muito difuso para ser mensurável (bem-estar melhorando, por exemplo), e/ou há razões para que as pessoas não sejam claras a respeito de suas atividades (como reduzir a corrupção?).

No entanto, os doadores ambiciosos encontram o feedback necessário. Eles podem utilizar técnicas já comprovadas para o trabalho, como pedir a opinião de seus beneficiados por meio de relatórios.

Todos os esportes são atividades de equipe

As lágrimas da mãe de Andy Murray e sua namorada na final de Wimbledon são testemunho de que atletas individuais também são parte de uma equipe. Até mesmo os jogadores de tênis invariavelmente agradecem aos treinadores, fisioterapeutas e gestores de quem dependem. Da mesma forma, os grandes doadores trabalham com outras pessoas cujas habilidades se complementam.

Pernas por si só não ganham maratonas

Serena Williams disse que seu título em Wimbledon 2010 foi graças a seu saque. E, embora possa parecer que saques são executados pelos braços, eles dependem da força do corpo como um todo – em especial das pernas, o que muitas vezes surpreende os iniciantes.

Da mesma forma, as organizações doadoras (fundações, por exemplo) e organizações operacionais (organizações da sociedade civil) precisam de um conjunto de habilidades. Por isso, elas precisam de funções centrais fortes, para as quais muitas vezes necessitam de dinheiro sem restrições. Quanto mais uma organização investe em suas funções essenciais, maior é o seu desempenho.

Usando tudo o que podem

Os vencedores usam suas forças físicas e mentais, as fraquezas no arsenal de seus oponentes e até mesmo seus próprios pontos fortes de forma criativa em sua busca para ganhar, como fazem os bons doadores de qualquer escala. A Esmée Fairbairn Foundation tem salas de reuniões utilizadas por organizações da sociedade civil. Bill Clinton abre portas, então ele organiza eventos para inspirar doações. McKenzie Steiner, uma menina de 6 anos de idade, citada por Clinton em seu livro Giving, tinha tempo e amigos. Por isso organizou uma limpeza coletiva da praia.

Mais rápido, mais alto, mais forte?

A velocidade recorde mundial nos 100 metros rasos masculino aumentou 10% nos últimos 100 anos. Os problemas sociais e ambientais que a filantropia pretende resolver, como Warren Buffett diz, "já resistiram a grandes intelectos e muito dinheiro ". Melhorar a eficácia da filantropia em 10% seria fazer uma diferença notável.

Caroline Fiennes é autora do livro Ain’t What You Give, It’s The Way That You Give It.



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