<div><font face=’Verdana’ size=’2′>A trajetória do futebol nacional e sua importância na história cultural do Brasil têm um novo abrigo, o Museu do Futebol. Com previsão de inauguração para a última semana de setembro, o projeto ocupa uma área de 6,9 mil metros quadrados, embaixo das arquibancadas do Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho – mais conhecido como Pacaembu. O local fará parte da rede estadual de museus de São Paulo.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Orçado em R$ 37,5 milhões, a iniciativa é uma realização da Prefeitura de São Paulo – por meio da Secretaria Municipal de Esportes e da São Paulo Turismo – e da Fundação Roberto Marinho em parceria com Santander, Telefônica, Ambev, Visa e Rede Globo. O projeto também conta com o apoio da Samsung, Epson, SporTV, Carrier, Otis e da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, além da colaboração da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>"Tínhamos o desejo de construir o museu na cidade do Rio de Janeiro, mais precisamente no Maracanã, mas o projeto não seguiu em frente", conta Lucia Basto, gerente geral de patrimônio da Fundação Roberto Marinho. Ela destaca que a Lei de Incentivo à Cultura ajudou no processo do museu e que o conceito está ancorado em um tripé. "Conteúdo, museografia e arquitetura são os destaques do museu que mostra a força do futebol como expressão cultural do nosso povo", pontua.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>O projeto arquitetônico, que valoriza a estética original do Pacaembu e deixa aparente as estruturas do prédio, é composto por quatro alas e 10 salas. As salas estão divididas por ala e cada ala é assinada por um parceiro, sendo que a Ambev não assina uma ala, mas tem o bar do museu. Já o auditório Armando Nogueira, com capacidade para 180 pessoas sentadas, recebe a assinatura da Fundação Roberto Marinho. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>O passeio no museu tem início com as boas-vindas do rei do futebol, Pelé, na língua inglesa, espanhola e portuguesa. No hall de entrada, o visitante encontra uma maquete tátil orientativa que representa o estádio e seu entorno. Já na Sala do Torcedor o público pode admirar bandeiras, brasões, flâmulas e outros objetos dos mais variados times brasileiros. </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Uma das principais atrações da visita é a Sala dos Anjos Barrocos, cujo espaço é sonorizado por uma trilha de tambores tibetanos. A sala é escura e apresenta projeções sobre telas transparentes dos 25 maiores jogadores do Brasil como Pelé, Garrincha, Zico, Tostão, Romário, Bebeto, Rivelino, Zagallo, Djalma Santos e Gérson, entre outros gênios da bola. Estas projeções permitem a percepção dos diferentes posicionamentos dos atletas em momentos de ação como o drible, o cabeceio, o gol de bicicleta, entre outras genialidades que o craque brasileiro tem a destreza de realizar. "A sala parece uma catedral e é um lugar para elevar o visitante às alturas", resume Jair de Souza, sócio-diretor geral da agência Vinte Zero Um, que atua como diretor de arte multimídia e assina o projeto de comunicação do Museu do Futebol.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Outro espaço especial é a Sala dos Heróis, considerada o eixo conceitual do museu. "Misturamos música, arte, ciência, literatura, pesquisa e futebol nesta sala. Também procuramos mostrar a ruptura do povo brasileiro, que começou a se desvincular da cultura européia entre os anos 30 e 50", destaca Jair. Os rostos de 20 personalidades como Tarsila do Amaral, Portinari, Jorge Amado, Oscar Niemeyer, Orlando Villas-Boas, entre outras, são projetados em uma tela preta com linhas brancas que constroem seus rostos. Emoção, História e Diversão são os três eixos que norteiam a visita, que termina com a entrada do público a um trecho das arquibancadas do Pacaembu.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>A curadoria do museu conta com o jornalista Leonel Kaz e a museografia com a dupla Daniela Thomas e Felipe Tassara. Já o projeto de adaptação interna do estádio é de responsabilidade do arquiteto Mauro Munhoz. O logotipo do Museu do Futebol, criado por Jair de Souza, é representado por duas traves vistas em perspectiva na linha do horizonte, que busca traduzir o lugar do gol, o espaço do jogo e o campo.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Patrocinadores</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>A Ala Oeste do primeiro andar conta com as salas Pé na Bola e Gols e é assinada pela TV Globo, que veicula filmes produzidos pela Central Globo de Comunicação (CGCOM) e apresenta o banco de dados Futipedia. O segundo andar da Ala Oeste, por sua vez, recebe assinatura do Santander e é composto pelas salas Exaltação, Pelé e Garrincha, Origens, Heróis e Copas do Mundo. O Santander instala um caixa eletrônico (Rede 24 Horas) nesta ala, além de outros no bar da Ambev e na loja da Roxos e Doentes.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Já a Telefônica patrocina a Sala Jogo de Corpo, localizada no primeiro andar da Ala Leste. A companhia disponibiliza telefones públicos no interior do museu, implantação do serviço de TV com programação esportiva, Speedy (tótem com acesso a cabo), wi-fi na área da loja e bar, e cartões telefônicos da empresa que divulgam o museu. No jogo interativo Chute ao Gol, a Telefônica produz uma foto do visitante chutando à baliza.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Números e Curiosidades e A Dança do Futebol são as salas da Visa que compõem o segundo andar da Ala Leste. O sistema Visa Futebol Card possibilita a compra de ingressos do Museu do Futebol direto pela internet, tal qual utilizado em estádios como Engenhão, do Botafogo (RJ); Parque Antártica, do Palmeiras (SP); e Orlando Scarpelli, do Figueirense (SC). Os bilhetes de entrada ao museu serão trabalhados no verso institucionalmente pela Visanet. As visitas poderão ser feitas diariamente das 10hs às 18hs (exceto em dias de jogos no estádio) pelo valor previsto de R$ 6, sendo que estudantes pagam metade do preço.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>A loja Roxos e Doentes e o bar O Torcedor, da Ambev – que também não abrem em dias de jogos -, ficarão abertos até mais tarde e não cobram entrada, já que estão situados na saída do museu. O bar oferecerá ao visitante uma programação temática, bem como jogos nas mesas, exibição de partidas, entre outras atividades.</font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′> </font></div><div><font face=’Verdana’ size=’2′>Por André Lucena</font></div><div>Meio & Mensagem, 19/09/2008 </div>